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Centro de Zoonoses garante vacinação, consultas e cirurgias gratuitas para cães e gatos

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unnamed (1)Além das campanhas anuais antirrábicas, o Centro de Zoonoses de Rio Branco, CZ, que faz parte da estrutura da secretaria Municipal de Saúde, executa outros serviços gratuitos para a população, como consultas e cirurgias de cães e gatos, de forma a garantir também a saúde humana. O Centro conta com três veterinários e tem importantes parcerias, como a dos estagiários do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Acre e de associações protetoras dos animais.


Atualmente o Centro de Zoonoses executa a Campanha Anual de Vacinação Antirrábica, iniciada no último dia 3 de agosto. Dos mais de 40 mil animais que devem ser vacinados até o final de outubro, até o momento cerca de 22 mil já foram imunizados. As equipes já estiveram em mais de 50 bairros vacinado os animais de casa em casa. Outra estratégia utilizada é a vacinação, todos os sábados, em pontos de grande concentração ou passagem de pessoas, como o Horto Florestal e praças de bairros populosos, como o Tucumã. Moradores são previamente avisados por meio de carros de som e também pelos meios de comunicação. “Uma forma de garantir que as pessoas tenham acesso à vacinação para os seus animais, perto de suas residências”, explica Everton Arruda, diretor do Centro de Zoonoses.

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Para garantir o cumprimento da meta, de vacinar 39 mil cães e 8 mil gatos, o CZ vai fazer parceria com o Exército Brasileiro, que em anos anteriores já cedeu homens para a vacinação dos animais. Everton destaca que todos os esforços são para garantir que os animais e a população fiquem protegidos da raiva, a mais fatal das zoonoses. E relata que é crescente o hábito das pessoas da capital, criarem animais de estimação.


O secretário de Saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida, ressalta que o último caso de raiva humana na capital foi registrado na década de 90 e de raiva animal em 2003. Ele pede a colaboração da população para vacinar os animais e garantir que a doença não volte a ser registrada no Acre. “As pessoas precisam receber o vacinador em casa ou buscar nosso serviço, de forma que mantenhamos os animais e, por consequência, os humanos, protegidos da raiva”.


Consultas


O Centro de Zoonoses oferece 14 consultas gratuitas por semana, com atendimento às terças e quintas-feiras. O medicamento também é ofertado gratuitamente após a consulta. Esse é um serviço que tem agradado os donos de animais que não podem pagar consultas particulares, como a dona de casa Silvia Helena, que levou a cadela Bebê, com suspeita de cinomose, para a avaliação do veterinário.


A consulta, medicação aplicada no Centro e os medicamentos que levou para casa, deixaram D. Silvia Helena mais tranquila. “Agora sei que ela vai ficar boa. Ainda bem que existe esse serviço de graça porque veterinário particular é muito caro”.


Cirurgias


Diariamente a equipe do CZ realiza 13 cirurgias gratuitas de esterilização e outras, em cães e gatos de pessoas da comunidade e também animais levados por Associações Protetoras de Animais, que só doam os animais já castrados. Além das cirurgias de esterilização, também são realizadas retiradas de tumores e amputações.


Everton destaca que as associações protetoras de animais, têm dia certo para as cirurgias, com direito a esterilização de 5 animais por vez. Já a população em geral pode procurar o CZ, que fica na Estrada de Senador Guiomard (AC-40), para avaliação e agendamento do procedimento cirúrgico.


A presidente da Associação Resgataanimal, Adriana Souza, diz que as castrações podem variar entre R$ 150 e R$ 400 e que a entidade não poderia arcar com esse custo. Com a parceria com o CZ, ela garante a castração mensal de 20 animais, que entrega para adoção devidamente esterilizada. “Há muitos animais nas ruas se reproduzindo e temos que diminuir esse ritmo. A castração é importante para a saúde dos animais e das pessoas, que correm menos risco de contrair zoonoses”.


A cuidadora e protetora de animais, Maura Akino, também tem vaga semanal garantida no CZ para castrar os animais que recolhe nas ruas. Depois da esterilização, ela busca adoção para os bichos e diz que as pessoas preferem adotar animais já castrados. “Essa parceria com o CZ é fundamental para mim”.

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Everton Arruda faz questão de esclarecer que as consultas e cirurgias gratuitas atendem exclusivamente a população mais pobre. “ Atendemos os donos dos animais que não podem pagar veterinários particulares”.


Estágio


Atualmente 9 alunos do Curso de Medicina Veterinária da UFAC estagiam no CZ de Rio Branco, auxiliando nas consultas, cirurgias e todos os cuidados com os animais do CZ. Alguns cumprem o estágio como parte do curso e outros atuam de forma voluntária extracurricular. Iohana Bonan estuda o terceiro período do curso e diz que optou pelo estágio voluntário como forma de garantir um melhor aprendizado. “Estou aprendendo muito sobre a farmacologia e anatomia animal aqui no Centro de Zoonoses, o que vai me servir muito no andamento do curso e na minha futura prática profissional”.


Recolhimento de animais


O recolhimento de animais nas ruas, também é feito pela equipe do Centro de Zoonoses. O serviço é feito às terças e quintas-feiras de forma seletiva e sistemática, segundo o diretor do CZ, Everton Arruda. São recolhidos animais do centro da cidade e de bairros onde há muitos animais abandonados.


Arruda explica que, atualmente, muitos moradores de áreas de risco, que estão sendo levados para a Cidade do Povo, estão abandonados os animais, que ficam perambulando pelas ruas. No caso do recolhimento, os animais são levados para o CZ e depois de castrados, são entregues para adoção. No caso de o animal ter dono, o proprietário poderá buscar o cão no CZ.


O recolhimento, segundo Everton, é feito pelos Agentes de Zoonoses, utilizando apenas laços. Equipamentos como o cambão, feito de ferro, já não são mais utilizados na captura dos animais que são levados pela carrocinha.


CZ cuida de animais durante as alagações


O Centro de Zoonoses faz a diferença em períodos de alagação do Rio Acre. Os animais das famílias atingidas pela cheia, que são levados para os abrigos públicos, após cadastrados, são acomodados em um canil instalado no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, onde recebem ração e cuidados diariamente.


Depois da enchente, os animais são devolvidos aos proprietários. Em caso de abandono, os bichos são dados para adoção por meio das associações protetoras.


Eutanásia


Outro aspecto que precisa ser desmistificado, segundo Everton, diretor do CZ, é com relação a eutanásia dos animais, o que só acontece em casos específicos, como bichos que tenham sido atropelados e que não apresentem condições de recuperação ou para os casos de cinomose, que também não possa ser tratada. A cinomose é uma grave doença canina, que tem sintomas parecidos com os da raiva, pois afeta o sistema nervoso central dos animais.


O diretor explica que nesses casos, os animais recebem uma pré-anestesia, em seguida uma anestesia até receber uma injeção que faz o coração dos bichos parar, sem que eles sintam dor. “Já falaram que a gente matava os animais com crueldade, o que não é verdade. Eles não sofrem. E tudo é feito para proteger a saúde do homem”.


Para a professora universitária Júlia Lobato, a eutanásia do cão Capitão, foi um alívio para os dois. “Ele estava com câncer e já havia sofrido várias cirurgias. Nos últimos dias, estava sofrendo muito e não havia mais cura possível. Ele já não comia nem se levantava e gemia e dor. Então o trouxe para eutanásia no CZ porque tudo é feito com medicamentos e em dor. Sofri, mas foi um alívio para todos”.


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