As sessões da Câmara Municipal da Capital têm esquentado a cada dia. Se aproximam as eleições de 2016 que irá determinar quem volta ou não para a Casa. Além disso, a disputa pela prefeitura de Rio Branco promete ser bastante acirrada. Esse ingredientes fazem do parlamento mirim um ponto chave para as próximas ações políticas com consequências no próximo pleito.
Frente a frente no vídeo o líder do prefeito, vereador Gabriel Forneck (PT) e a vereadora de oposição Lene Petecão (PSD) debatem os avanços e as críticas contra a atual gestão do prefeito Marcus Alexandre (PT). E as perspectivas para a sua sucessão.
Assim é se lhe parece
Andei pela Câmara de Rio Branco conversando com algumas pessoas. Tem vereador importante ligado à FPA que não está mais tão convicto sobre os atuais rumos políticos dos governos do PT. Ainda podem ocorrer mudanças surpreendentes de lado antes da eleição.
Quando falta dinheiro…
O momento de crise pode ser um obstáculo ao prefeito Marcus Alexandre. Os recursos não chegam mais na mesma intensidade. Rio Branco é um município complexo e nem tudo dá para fazer imediatamente. Esse um ano que antecede a eleição será chave para o desempenho eleitoral do PT em 2016.
Permanência na base
O presidente da Câmara da Capital, Artêmio (PSDC), já está em busca de uma nova legenda conforme me revelou uma fonte. Não vai para a oposição e nem para a terceira via (se surgir). Quer permanecer na FPA. O problema é que se não houver uma janela para mudança de partido poderá perder o mandato.
Independência
Pelo que pude perceber a atuação política do vereador Marcelo Jucá (PSB) é independente. Não reza na cartilha integral da base de situação. Em alguns momentos o sangue de sindicalista fala mais alto que as conveniências.
Cobrança
O senador Gladson Cameli (PP) vai cobrar do seu aliado na Aleac, deputado estadual Nicolau Júnior (PP) uma postura mais oposicionista. Sobretudo, em relação ao atual Governo Estadual do PT. Gladson quer a bancada do PP com Nicolau e o deputado Gehlen Diniz (PP) na mesma sintonia.
Decisão correta
Gladson decidiu que não vai apoiar candidatos em municípios acreanos que tiverem mais de um candidato da oposição. Não quer queimar cartuchos antes do tempo. Vai ficar nos bastidores das eleições de 2016 somando apoios e não arrumando desafetos para 2018.
Disputa forte
Têm muitos políticos de oposição já de olho numa vaga ao Senado em 2018. O senador Sérgio Patecão (PSD) terá o direito natural de disputar a reeleição. Mas para segunda vaga aparecerão muitos nomes. Alguns podem surpreender.
Questão de lógica
Apesar do desgaste do PT nacional ainda acho que o senador Jorge Viana (PT) é favorito para continuar ocupando a sua vaga no Congresso Nacional. Mas não acredito que a FPA consiga eleger dois senadores em 2018.
Ações cirúrgicas
A postura de Jorge Viana tanto para a imprensa do Acre quanto nacional demostram o seu descontentamento com os atuais governos do PT. Tem se mostrado independente nas suas críticas. Se não fosse assim seria carta fora do baralho em 2018.
Ainda favorito
Não faço parte dos analistas políticos que consideram a reeleição de Petecão perdida. Ele faz política 24 horas por dia. Conseguiu em 2014 mais de 19 mil votos para a sua esposa, Marfisa (PSD), para deputada federal numa disputa muito difícil. Petecão terá todas as chances para se reeleger.
De dentro pra fora
Apesar do forte apoio do prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), o pré-candidato Ilderlei Cordeiro (PMDB) não está acomodado. Está em plena pré-campanha buscando apoio de todos os lados. Está fazendo a sua parte.
Não vai ter tempo fácil
Acredito que as disputas às prefeituras de Cruzeiro do Sul e de Rio Branco serão intensas. Quem se acomodar e se escorar no “já ganhou” pode despertar dentro de um pesadelo. A corrida pelos votos já começou na Capital e no Juruá.
Mudança de ares
O ex-prefeito de Mâncio Lima, Luiz Hellosman, trocou de partido. Saiu do PP de Gladson Cameli e foi para o PSD de Petecão. Não sei qual a sua intenção. Ele tem uma boa relação com o governador Tião Viana (PT) e a família Tota não quer mais saber de candidatos.
O fator Dêda
O ex-prefeito de Rodrigues Alves, Dêda (PROS), ainda faz barulho no Juruá. Promete ser candidato a prefeito em Mâncio Lima e indicar outro em Rodrigues Alves. Essa sua postura é a certeza de que a FPA não terá apenas um candidato nesses municípios.
Exemplos
Em Mâncio Lima o atual vice Eriton Maia (PC do B) deverá ser candidato pela FPA. Em Rodrigues Alves o atual prefeito Burica (PT), arquirrival de Dêda também terá candidato. A união nesses dois casos com o grupo político de Dêda é impossível.
Nem Tião na causa
Nem mesmo o governador Tião Viana (PT) conseguiria unir esses grupos políticos no Juruá. As divergências são regionais e incontornáveis. Isso também poderá significar o governador fora de qualquer palanque nesses municípios.
Chapa pura
Me informaram que em Rodrigues Alves o PT terá uma chapa pura com os atuais vereadores Evanildo (PT) e Josué (PT). Se assim for acredito que o candidato favorito será o empresário Sebastião Correia (PMDB), que já tentou duas vezes ser prefeito.
Correndo por fora
O ex-secretário de educação de Rodrigues Alves, Manuel Orleílson ainda estuda a possibilidade de ser candidato a prefeito. Pode se filiar ao PTB e ir para a disputa. Nesse caso seriam três candidatos da FPA no pequeno município.
Surge um nome da FPA em Cruzeiro do Sul
Existem especulações que o contabilista Romulo Grandidier pode se filiar ao PSB do deputado federal César Messias (PSB). Isso para ser candidato a prefeito do município pela FPA. Poderia ter o apoio de parte da família Cameli. Afinal, Romulo foi o contador do grupo empresarial do falecido ex-governador Orleir Cameli por muito tempo. Ou mesmo, ele pode ser um plano B para César Messias, que tem ainda seu nome cogitado para ser o candidato.
