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Toinho: “Não existem mais só as velhas alternativas políticas de sempre”

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Conversei com o poeta Toinho Alves, uma das principais lideranças da Rede no Acre. O papo girou em torno de especulações sobre uma possível candidatura própria em Rio Branco do recém aprovado partido pelo TSE. O nome de Toinho teoricamente seria uma das opções para disputar a prefeitura da Capital pela Rede. Mas Toinho, muito ocupado com as novas filiações que antecedem o prazo legal para se disputar as próximas eleições, explicou o motivo das especulações. “Como qualquer novo partido a Rede precisa fazer barulho. E os mais jovens falam no meu nome e do Dr. Julinho (Rede) como alternativas para disputar a prefeitura de Rio Branco, o que é natural, pelo fato de sermos os mais conhecidos. A mensagem é que temos nomes qualificados se quisermos ir para a disputa. Mas vale lembrar que a própria Marina Silva (Rede) tem o seu domicilio eleitoral em Rio Branco. Quer alguém mais preparada? Assim a nossa mensagem é que não tem mais só as velhas alternativas de sempre para entrar no debate eleitoral à prefeitura da Capital. Com a Rede existem novas possibilidades de escolhas,” afirmou Toinho.


Valorização da proposta
A divulgação do programa da Rede é muito mais importante do que as candidaturas em si. Foi isso que senti na conversa com Toinho. A Rede pode realmente ter candidatos à prefeitura de Rio Branco e de outros municípios do Acre. Mas isso não parece ser o mais importante ao partido nesse momento.

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Alternativa
Toinho coloca a Rede como uma alternativa para a velha política. “A melhor para o momento que estamos vivendo no Brasil, no Acre e em Rio Branco,” ressaltou. As palavras chaves da Rede são sustentabilidade e adaptação para os problemas sociais gerados pelos desiquilíbrios da natureza.


O drama das enchentes
Para ilustrar o seu ponto de vista, Toinho, lembra da recente enchente dos rios do Acre e de Rondônia. “A última alagação mostrou que é preciso criar alternativas reais para a sobrevivência da população. Vamos discutir o que tem que se fazer na cidade e no Estado para a mudança dessa situação,” analisou.


Minha opinião
A Rede deve se fortalecer no Acre. Afinal aqui foi plantada a semente original do seu projeto. O crescimento da Rede na Amazônia pode abrir novos caminhos políticos, inclusive, com repercussão internacional. A floresta é uma das pautas principais relativas à sobrevivência da espécie humana no planeta.


O jogo eleitoral
Se a Rede vai ou não apresentar candidatos a prefeitos no Acre é uma incógnita. Mas particularmente acredito que na Capital possa surgir sim um nome para entrar no debate pela Rede. Vejo esse fato como muito positivo politicamente.


Melhoria do quadro
Seja como for teremos uma disputa mais qualificada à prefeitura de Rio Branco, em 2016. Os nomes postos até agora têm perfis para elevar o nível do debate. O atual prefeito Marcus Alexandre (PT) é engenheiro com experiência em gestão pública. A professora Socorro Nery (PSDB) já foi pró-reitora da UFAC. A deputada estadual Eliane Sinhasque (PMDB) é comunicadora consagrada e publicitária. Toinho Alves  poeta e publicitário ou Dr. Julinho um médico de prestígio no Acre seriam os possíveis candidatos da Rede. Sem dúvida, se essas candidaturas se confirmarem será uma das melhores campanhas já vista em Rio Branco.


Simbologia
Toinho lembrou que Marina tem domicílio eleitoral na Capital. Não acredito que ela queira ser a candidata. Mas se fosse traria a mídia nacional e internacional para cobrir a eleição de Rio Branco. Uma possível candidatura de Marina Silva poderia ter um efeito simbólico para a divulgação dos propósitos da Rede.


Não entendi
O deputado estadual Éber Machado (PSDC) assumirá a direção do seu partido, mas não quer leva-lo à oposição. Prefere investir na Frente Alternativa de partidos nanicos. Mas esses partidos nanicos não querem sair da aba da FPA e do colo do governador Tião Viana (PT). Como vai ser isso?


Balcão de negócios
Uma pena que a atual reforma política eleitoral no Congresso não acabou com essa farra do boi de partidos nanicos no Brasil. Esses pequenos partidos lembram balcões de negócios onde quem dá mais leva mais.


O problema dos nanicos
Sem querer ofender ninguém. Mas qual é mesmo a ideologia desses partidos nanicos aqui no Acre? Qual o propósito? As suas metas sociais? Só vejo discussão por mais espaço no poder e acesso maior aos cargos comissionados.


Dormindo com o inimigo
Éber quer fortalecer a Frente Alternativa. Enquanto no final da semana o ex-deputado Tchê (PDT) se congratulava com o governador Tião Viana. Existe aí um descompasso de propósitos enorme. Está na hora do Éber acordar e trilhar o seu caminho.

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A possível terceira via
A Rede poderá ser uma terceira via da esquerda na política do Acre. Quem sabe o PSDC pode ser a mesma coisa à direita. Alternativa mais viável para o deputado Éber. Não pode é ficar insistindo com essa história de Frente Alternativa já cooptada pelas hostes do poder. Parece murro em ponta de faca.


Acertou na mosca
Tenho visto alguns erros políticos do governador Tião Viana. Mas nessa história dos nanicos ele acertou. Foi só retirar o objeto de desejo dos nanicos, ou seja, os cargos no Governo que a maioria voltou atrás nas suas convicções “ideológicas”.


Manda quem pode
Será que algum insano acharia que Tião Viana ficaria refém de meia dúzia de partidos nanicos? Ao primeiro grito mais firme da Casa Rosada praticamente todos voltaram à forma inicial. Viana colocou cada um no seu lugar.


Livre
O senador Gladson Cameli (PP) não assumiu a liderança natural da oposição. E na realidade o jovem político fez bem. Mesmo porque não existe um organismo chamado oposição. Mas vários partidos contra o PT que não se unem pelas suas naturais divergências ideológicas. Isso é da democracia.


Corrida às filiações
No momento os partidos tanto de oposição quanto da FPA estão preocupados com as novas filiações. O PMDB recebeu de volta ao Acre o seu líder maior deputado federal Flaviano Melo (PMDB) e no final de semana abonou mais dezenas de fichas dos novos peemedebistas. O prefeito Vagner Sales (PMDB) fez o mesmo em Cruzeiro do Sul durante o lançamento da pré-candidatura de Ilderlei Cordeiro (PMDB) à sua sucessão. O PC do B chegou perto das 500 novas filiações. O PT também renovou seus quadros com possíveis candidatos a vereadores. Gladson Cameli andou o Estado em vários eventos de filiações ao PP. Enquanto o senador Sérgio Petecão (PSD) também reforçou as fileiras do PSD com possíveis candidatos em todo o interior do Acre. É a campanha às prefeituras de 2016 que já começou para quem ainda não percebeu.


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