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“Dr. Rey” e a Política nas “Tierras No Descubiertas”

Fabio Bolzoni
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Fabio Bolzoni

*Fabio Bolzoni

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O Acre, antes mesmo de se tornar Estado, sempre produziu suas figuras exóticas. Figuras emblemáticas: “Seus Heróis”!


O “herói acreano” não é formado com o espírito guerreiro, aquele idealizado nas “estórias” da “Marvel”. Mas o herói acreano é um sujeito ímpar: é um aventureiro inescrupuloso. É um mercenário em busca do holofote. Do interesse particular.


A fim de tentar uma explicação para esse fenômeno que, à primeira vista, parece desafiar toda a nossa razão e perturbar os nossos padrões lógicos, devemos começar pelo princípio. Ninguém pode esperar entender a origem, o caráter e a influência dos nossos “heróis políticos” sem responder antes a uma interrogação preliminar. Temos que saber quais interesses estão por trás da criação desses “heróis”. E, diga-se de passagem, sempre são movidos por um tipo de interesse.


São figuras diversas no imaginário acreano. Quem não lembra do “grande Imperador Luiz Galvez Rodrigues y Arias”? Um espanhol caridoso. Alguém com uma imensa empatia com o homem seringueiro. Homem esse que sem conhecer os costumes da região, sem falar bem a língua portuguesa, Declarou um “Acre Independente!” Um Acre que não pertencia mais nem à Bolívia e nem ao Brasil. O Acre agora era seu. Que coração mais generoso… Que homem mais belicoso.


Outra figura muito simpática é o “Grande líder da Revolução Acreana”, José Plácido de Castro, gaúcho. Estava lá Plácido de Castro, no Sul do País, noivo de uma jovem moça… Pensando no povo acreano. Nos seringueiros. Movido por sua imensa bondade, veio ele, o Jovem Plácido, lutar pelo povo Acreano. Veio ser o “grande líder” do exército de seringueiros. Veio sem interesse material. O que o motivou foi um ‘amor’ por uma terra desconhecida. Por um Povo desconhecido… Pela Revolução!


Vejo que essa “síndrome do Herói” empático já pertence ao imaginário acreano. Heróis que são frutos da imaginação de governantes despreocupados com o verdadeiro bem-estar do único herói: O POVO.


Nossa terra deveria ser fértil para outras produções. Mas vejo que o solo acreano é, tão somente, fértil para produzir essas figuras “mitológicas”.


Quem não lembra do “grande senador Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior”? Nascido em FORTALEZA. Empurrado na garganta do povo para ser um representante do ACRE no Congresso Nacional.


Agora, surge um novo herói, o “Dr. Rey”. Um coração generoso que busca “revolucionar” esse torrão. Um “Paulista” que irá trocar os holofotes midiáticos de Hollywood para ser o Representante do Povo Acreano! Onde estava “Dr. Rey” na greve da Educação? Onde estava “Dr. Rey” nos embates sociais vividos em solo acreano… Um Herói se faz com luta diária. Um herói é forjado no dia a dia de um povo. Quem ele realmente quer representar? O que podemos esperar nesse “joguinho de cartas marcadas”?


A representação política, assim como a própria ideia política, deve ser tratada com responsabilidade e seriedade. Representar alguém, representar um povo, é algo sério. Não pode ser visto como “jogo e esquemas”. A representação é uma maravilhosa simbologia, que é a investidura proporcionada pelo povo ao escolher seus representantes, transformando-os em titulares para agir com autoridade legítima em seu nome, no desempenho de funções “públicas”.

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O mandado é um gesto de confiança onde o povo firma um contrato com o sujeito que o irá representar. Estão de “manus data”, duas vontades, uma dando à outra a incumbência; a outra a aceitando, na realização de um ajuste. Não podemos delegar maravilhoso simbolismo nas mãos de “aventureiros”.


O povo Acreano não pode estar de “mãos dadas” com quem não tem uma história legítima no espaço real do dia a dia. Não podemos aceitar uma política de faz de contas. Mas, sempre, há uma solução… Vamos usar o “Dr. Rey” no Programa Mais Médicos!


 


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