Menu

Aeroporto Velho comemora 51 anos com muita festa no Lydia Hammes

????????????????????????????????????
Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

Os 51 anos do bairro Aeroporto Velho foram comemorados na noite deste domingo, 17, com uma grande festa que contou com apoio da Prefeitura de Rio Branco, através da Fundação Garibaldi Brasil, e do gabinete do senador Jorge Viana. Três grupos musicais – Euphônicos, Impacto do Forró e Federnei & Banda –agitaram o evento que reuniu centenas de moradores e lideranças da Baixada da Sobral em frente ao Centro Cultural Lydia Hammes.


O presidente da Associação de Moradores do Aeroporto Velho, José Adenilson, o Negão da Baixada, agradeceu a presença do prefeito Marcus Alexandre na solenidade e destacou os investimentos que a prefeitura de Rio Branco tem realizado para melhorar a vida dos moradores.

Publicidade

Com quase dez mil moradores, o bairro Aeroporto Velho é um dos mais antigos da capital, criado a partir de um movimento de modernização de Rio Branco que escolheu a região como sede do primeiro aeroporto do Acre. O bairro surgiu mesmo a partir de 1964 com a desativação da pista de aviação construída depois de uma grande mobilização do então interventor do Acre, Martiniano Prado. Um certo dia do final da década de 1940, Prado reuniu a população da capital em frente do Palácio Rio Branco para anunciar uma “supresa”. Quando todos estavam no pátio do Palácio, o interventor disse que todos participariam da construção do primeiro aeroporto do Acre e anunciou a concessão de lotes de terra para as famílias preparem para a instalação da pista de aviação. A região escolhida é exatamente onde iniciou-se o bairro.


A pista foi construída, mas o primeiro avião a pousar não o fez nela mas no Estirão do Taquari, a reta do Rio Acre que deu ao nome ao bairro do Segundo Distrito. Trata-se de um hidroavião a aeronave que inaugurou a estação de passageiros que hoje abriga o Centro Cultural Lydia Hammes. “A pista construída pelos moradores só recebeu avião tempos depois”, narrou ao público o historiador Marcos Vinicius, assessor do senador Jorge Viana.


A história do Aeroporto Velho tem outros detalhes. Com a falência dos seringais acreanos, que foram transformados em grandes fazendas, muitas pessoas procuravam a periferia da cidade de Rio Branco para se estabelecer. Nessa época, uma das primeiras áreas a receber moradores foi a rua do Terminal, assim chamada devido a existência de um terminal de combustível da Petrobrás. Os moradores foram se instalando no local, que fica na margem esquerda do rio Acre, nas terras do antigo Colégio Aprendizado.


O prefeito agradeceu a todos, parabenizando o bairro pelo tradicionalismo e importância histórica não só para Rio Branco como para todo o Acre. Destacou as obras da Prefeitura –o trabalho de recuperação pós-alagação, a reforma do Lydia Hammes, conclusão asfaltamento de ruas, criação da linha de ônibus Aeroporto Velho (antes os moradores dispunham da linha Ginásio Coberto, nome com o qual a comunidade não se identificava), além de novas obras, como o Centro Olímpico do Aeroporto Velho. “O trabalho não para por aí”, disse Marcus Alexandre, assegurando que permanecerá enfrentando as dificuldades para apoiar a comunidade.


“Aqui era lugar mais importante da cidade”, diz senador Jorge Viana


O nome Aeroporto Velho foi dado ao bairro em virtude da sua formação ter acontecido justamente nos arredores do antigo aeroporto. O terminal aeroportuário chamava-se Francisco Salgado Filho. Com o aumento da população, houve a necessidade de se pensar em uma escola para que as crianças pudessem estudar sem ter que se deslocar até o centro da cidade e nem atravessar catraia. Por isso, em 1961 foi fundada a primeira escola do bairro com o nome de São João do Prado, que viria depois a ser desativada e, dez anos mais tarde, construiu-se outra em seu lugar.


Além das atrações artísticas, a Associação de Moradores do Bairro Aeroporto Velho organizou também um bingo com vários prêmios e um show de calouros com moradores da região.


Revitalizado por Marcus Alexandre, centro de cultura é o emblema da comunidade


Administrado pela FGB, o Centro Cultural Lydia Hammes é emblemático para a história do bairro. Enquanto centro de cultura, o Lydia Hammes existe desde 1996 e contempla os moradores dos 19 bairros da Regional da Baixada – uma das maiores da cidade. O local, como citado, já abrigou a Estação de Passageiros Salgado Filho, cujo prédio foi construído pelos praças da Guarda Territorial do Acre. Entre idas e vindas acabou desativado em 1976 e mais tarde doado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) ocorreu em 1978, na administração de Geraldo Gurgel de Mesquita. A partir de então houve um esforço para arborizar o entorno com o plantio de frutas da região. Com a revitalização, o paisagismo foi reelaborado e as árvores passaram por um processo de condução adequada ao ambiente através de podas.


A instituição ocupou o imóvel até a metade da década de 1980, ocasião em que foi entregue a Rio Branco. Sem uso específico, o ex-prefeito Jorge Viana assume o município e começa a promover várias atividades aos moradores. O compromisso assumido no passado permanece até hoje.

Publicidade

O espaço sofreu com a alagação deste ano um mês depois de ter sido revitalizado pelo prefeito Marcus Alexandre, mas foi recuperado logo em seguida. Tal a dimensão da importância do prédio que o bolo do aniversário tinha o formato da edificação.


“Cada vez mais estamos lado a lado com a comunidade para valorizar este bairro que tem importância extraordinária para o Acre. Valorizar este bairro é valorizar a história de Rio Branco”, disse o presidente da FGB, Rodrigo Forneck.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido