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Em meio à crise, Expoacre 2015 foi “salva” por shows e rodeio

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Show do cantor sertanejo Lucas Lucco realizado no último sábado, 1 de agosto

Houve quem reclamasse que a Expoacre 2015 foi fraca, sem brilho, com pouco público na maioria das noites e com preços exorbitantes praticados no setor de alimentação, além da fraca movimentação financeira ocasionada pela propalada crise.

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“Muita fraca esse ano. Públicos mesmo só nos shows do Luan Santana e do Lucas Lucco. O resto pouca gente”, reclamou o taxista Mário Ney Nogueira Braga, que trabalhou todos os dias da feira, inclusive na cavalgada.


Mais uma vez, como ocorreu no ano passado, o principal evento do Acre não foi transmitido pelas TVs locais. A TV Gazeta, pioneira na transmissão da Expoacre, deixou de levar, ao vivo, aos seus telespectadores, o que ocorreu nas nove noites de feira. O motivo teria sido a falta de um equipamento digital para transmissões ao vivo. As TVs 05 (Band) e TV Rio Branco (SBT) participaram com flashes gravados.


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Beto Moretto, proprietário do Café Contri

Parte dos empresários comemora os resultados do evento. Para Beto Moretto, proprietário do Café Contri, a Expoacre 2015 foi “um sucesso”.


“Eu acho que foi muito boa. Não deixou nada a dever das feiras anteriores. Todos os dias bons públicos, as pessoas comparecendo em grande número. Aqui pelo menos em nosso stand tivemos muita gente. Foi muito. E se há crise a gente não tem que olhar para essa crise”, disse o empresário.


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Victor Hugo, do Ministério do Comércio Peruano

Entre os peruanos não se falou em crise durante a feira agropecuária. A soma da rodada de negociações no stand do Peru foi de cerca R$ 1 milhão, segundo o representante do Ministério do Comércio Exterior do Peru no Acre, Victor Hugo. “A maioria dos nossos negócios no setor de tecidos. Muitas encomendas de tecidos, roupas. Teve também compra de cimentos. Um sucesso”, comemora.


Os preços caros da alimentação nos restaurantes foi o alvo principal das reclamações de quem visitou a feira. Os estabelecimentos cobraram entre R$40 e R$ 70 pelo quilo da comida dentro do parque. O jeito foi aproveitar o preço mais acessível e popular praticado na feira de alimentação da Economia Solidária, que durante todas as noites do evento ficou lotada.


O governo do Acre ainda não fechou o balanço financeiro da feira, mas de acordo com o coordenador geral da Expoacre, Dudé Lima, a priori, pelo menos “R$ 60 milhões através de convênios e obtenção de créditos junto aos bancos foram assinados.”


“A Expoacre para nós foi uma surpresa. Eu até achei que ia ter um recesso de alguma coisa, mas se formos ver pelo menos cinco dias aqui na feira dos nove nós tivemos público acima de 30 mil pessoas todos os dias. E no sábado e na sexta-feira eram 50 mil pessoas, cada dia, com as pessoas até reclamando de lugar pra andar. No geral eu penso que mesmo algumas locais praticando preços exorbitantes existia espaço para todos os públicos.”

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Para Dudé, feira só “agropecuária” é coisa do passado

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Para Dudé, feira só “agropecuária” é coisa do passado

Outra crítica ao evento é a perda da essência de feira agropecuária, e isso inclui a cavalgada. Para muitos pecuaristas, a cada ano que passa a Expoacre vai perdendo a identidade rural. Mas, na opinião de Dudé Lima, o Estado cresceu e um evento apenas com exposição da pecuária “é coisa do passado”.


“Nós temos aqui dois dias de rankeamento do gado, que é nacional. Nós tivemos esse ano a ampliação do parque por causa do campus experimental da Seap. Definitivamente, o agronegócio está presente neste espaço. A feira agropecuária ela iniciou há 42 anos atrás em 1973, quando se dizia que os paulistas estavam invadindo o Acre, o setor da pecuária criou esse evento, mas isso é coisa do passado. Os próprios pecuaristas sabem que esse espaço aqui hoje não pode ser um espaço só da pecuária, porque o Acre mudou, no Acre há uma série de coisas acontecendo. E qual o papel governo? É trazer todos aqui pra dentro. E nós estamos conseguindo. A pecuária responde por 23% da economia do Estado. Ela consolidou a presença dela dentro do parque de exposição. Agora nós temos uma indústria forte que está sendo mostrada e eu acho que a gente consegue mostrar tudo isso”, disse Dudé Lima, que coordena a principal feira do Acre há 17 anos.


Na opinião geral, as duas noites de shows nacionais, ocorridos nas sexta e sábado e o rodeio, evento que sempre atrai multidões, salvaram a Expoacre deste ano.


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