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Ministro peruano quer aumento da relação entre Brasil e Peru pela Estrada do Pacífico

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unnamed (1)O vice-ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Edgar Vásquez Vela, destacou durante o encontro internacional Brasil-Peru, no Comfort Hotel, na Via Verde, em Rio Branco, na manhã desta sexta-feira, 24, que a importação e exportação de produtos pela Estrada do Pacífico seria mais barata e menos demorada que pelo oceanos Pacífico e Atlântico.


O vice-ministro peruano informou que atualmente só 10% do que o Peru importa do Brasil chega ao país por via terrestre. 90% chegam aos portos peruanos pela via marítima.

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“90% do comércio bilateral se dá pela via marítima saindo dos portos do Brasil pelo Oceano Atlântico até chegar nos portos peruanos, sendo que pela carretera Interoceânica levaria apenas 15 dias. Então é importante para nós difundir essa oportunidade, essas possibilidades, com esse intercâmbio entre os empresários dos dois países.”


A governadora em exercício do Acre, Nazaré Araújo, ressaltou que o processo bilateral de relações comerciais pelo Acre está amadurecendo. “Assim também o Peru tem a oferecer seus produtos, nós também temos a oferecer. As relações vão evoluindo e eu acho que agora nós vamos chegando no passo da concretização. Tivemos a necessidade da infraestrutura, da conclusão da Estrada do Pacífico, vivemos aqui a regularização fundiária com a abertura de espaços do agronegócio sem degradar, utilizando aquelas áreas através do Cadastro Ambiental Rural e de potencializar os organismos que nós temos como a Peixe S/A. Então é a maturação de um outro passo no nosso Estado que é a industrialização”, disse Nazaré.


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Edgar Vásquez também lembrou da participação do Peru na Expoacre. A delegação peruana chega com 70 empresários para expor através de um stand seus produtos na feira agropecuária que começa amanhã em Rio Branco e vai até o dia 02 de agosto.


“Estamos com uma expectativa bastante elevada com a nossa quarta participação na Expoacre. Estamos presentes com 70 empresários peruanos de 45 empresas, que vieram buscar consolidar a relação comercial com o Brasil. A relação de ida e volta. Porque essa relação tem que ser construída dos dois lados. Para que possamos buscar produtos que se fabricam no Brasil, como produtos peruanos que podem ingressar no mercado Acre, sobretudo. E dessa maneira potencializar o fluxo do comércio. Daí precisamos aproveitar melhor a carretera Interoceânica.”


Alta do dólar reduziu importação e serviços alfandegários ainda são precários

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Atualmente o Acre importa do Peru produtos como o tomate, a cebola, o trigo e a uva, além do cimento. Porém, a alta do dólar em relação ao real vem dificultando essa relação.


O empresário Adem Araújo, vice-presidente da Acisa, informa que se não fosse a alta da moeda norte-americana a importação seria bem maior, pelo menos três vezes mais que atualmente.


“Poderíamos hoje estar importando o triplo do que estamos importando. Mas com essa variação do câmbio, com essa alta do dólar em relação ao real, impossibilita essa importação. O trigo nós não estamos trazendo na mesma quantidade por causa dessa variação. Poderíamos estar trazendo a mesma quantidade que trouxemos o ano passado. O tomate, por exemplo, ainda não veio. A uva tá interessante, a cebola tá interessante. Alguns produtos como especiarias, o orégano são interessantes, mas isso também tá atrapalhando um pouco. A exportação das indústrias tem sido beneficiada com essa variação”, disse.


Já o presidente da Federação das Indústrias do Acre, José Adriano, cobrou o esforço dos governos dos dois países na melhoria dos serviços alfandegários na região de fronteira, além da revisão nas cobranças tarifárias.
“Precisa avançar nos serviços alfandegários. Se nós quisermos avançar nessa questão temos que rever essa questão das cobranças tarifárias tanto no Brasil como no Peru.”

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