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O Filho de seringueiros que se formou pedagogo na UFAC aos 67 anos

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Uma história que serve de exemplo para todos no mundo. Um colono que nasceu nas entranhas da selva amazônica no Estado do Acre em abril de 1943, conseguiu realizar um sonho após passar por muitos sacrificios na vida, além de criar seus filhos com muita dificuldade.

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Felício Correia da Silva, ou simplismente, ‘Seu Felício’, hoje muito conhecido na cidade de Brasiléia como uma pessoa pacata e humilde, que foi morar na cidade aos 29 anos de idade.


Antes, nasceu no Seringal São Francisco, Colocação Amélia e aos oito anos, mudou com seus pais para Seringal Petrópolis Rio Iaco, até os 14 anos e voltar ao velho ‘Chico’.


Na década de 1970 do século passado, Seu Felício se mudou para a cidade onde começou uma nova vida. Após cinco anos em Brasiléia, conheceu o amor de sua vida, Maria das Graças Gurgel, com quem inicou o namoro e se casou, além de assumir os quatros filhos.


Com Dona Mária, teve mais um casal de filhos, além de criar mais um que teve quando morava na colônia e assim, levou a vida e teve de trabalhar muito. Seu Felício começou a estudar aos 48 anos de idade e conseguiu commuito esforço, concluir o ensino médio.


Conta que, por ser negro e pobre, sofreu humilhações e pensou por muitas vezes em desistir do sonho, mas com o apoio de sua esposa ao seu lado, seguiu em frente. Mesmo tendo que trabalhar durante o dia em dois empregos (na Receita Federal e na Educação do Estado), estudava a noite.


Saia em madrugadas frias de casa para chegar cedo no trabalho e enfrentou dificuldades financeiras para manter a família. Nas horas dificeis, as vezes contava com o apoio de sua sogra, Dona Rita (in-memorian).


Com os altos e baixo da vida, Seu Felício nunca deixou de estudar. Enfim, aos 67 anos, conseguiu realizar o maior sonho de sua vida, e se formou para Universidade Federal do Acre – UFAC, com licenciatura em pedagogia.


Na época em que o governador do Acre era o professor Arnóbio Marques, soube do convênio com a UFAC para que os professores do Estado tivessem o nível superior. Conseguiu sua vaga, se dedicou aos estudos e teve o tão sonhado diploma universitário.


Hoje, aos 72 anos de idade e aposentado, é exemplo para os sete filhos, 20 netos e futuramente, os três bisnetos que saberão de sua história de luta e perseverança.


Seu Félicio, que exibe com muito orgulho seu diploma universitário, dedica essa vitória aos que lhe ajudaram de alguma forma e já se encontra aposentado como professor e continua com sua esposa e levando uma vida humilde em Brasiléia.

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