O governador Sebastião Viana não vai abrir para o movimento grevista da Educação do Acre. Durante entrevista na manhã de hoje, em uma solenidade, na Ceasa em Rio Branco, o petista disse que o Estado “não tem dinheiro para conceder aumento e que não há qualquer possibilidade de conceder aumento”. Sebastião pôs a culpa na crise financeira que atravessa o Brasil.
“O governo sempre esteve aberto. O movimento é que rompeu as negociações e deflagrou a greve. Mas isso faz parte da democracia. O governo sempre está aberto e sempre recebe para dialogar. Não tem dinheiro. Há uma crise nacional, o Brasil vai sair dela, mas este ano não há qualquer possibilidade de conceder aumento”, disse o governador ao ser indagado pela imprensa sobre o assunto.
Os professores estão há 20 dias de greve. Eles reivindicam reajuste de 25%, antecipação para este ano do pagamento da VDP (verba que funciona como um 14º salário), que estava prevista para 2016 em acordo coletivo e a aplicação do piso funcional para os professores e funcionários dos cursos profissionalizantes.
Ontem, os grevistas marcharam pelas ruas da cidade e fecharam a ponte Juscelino Kubitschek (ponte metálica), no centro de Rio Branco. Eles prometem radicalizar nesta semana até o governo atendê-los.
Por outro lado, o governador Sebastião Viana comemora o enfraquecimento do movimento ao informar que em várias escolas as atividades reiniciaram. “O diálogo, o respeito vai continuar. Felizmente hoje já voltaram em Rio Branco mais 10 escolas. Nós temos mais de 80% das escolas já retornando e nos municípios o número é maior ainda. Então é um momento de vitória, de compreensão dos professores, dos educadores, dos alunos que entendem que às vésperas do ano letivo, às vésperas dos alunos ficarem de férias, os professores que planejaram suas férias, seus ambientes familiares, o diálogo é melhor do que a radicalização.”
