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MP pede documentos que comprovam abandono de doações

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xA promotora de Justiça Eliane Misae Kinoshta pediu no prazo de dez dias ao vereador Diego Paulista (PSDB), do município de Capixaba, todos os documentos que comprovam o abandono de 130 cestas básicas doadas pelo governo federal aos alagados do município de Capixaba, cidade localizada cerca de 70 km da capital. O pedido foi feito com base na matéria divulgada no site ac24horas nesta semana. Os vereadores liderados por Diego Paulista (PSDB) não esperaram pelo prazo de dez dias e se encontram na tarde desta sexta-feira (29) no Ministério Público, em Senador Guiomard.


Além das cestas básicas, 250 caixas d´água e 479 colchões encontram-se armazenados em depósitos do município. Todo o material foi doado em caráter emergencial pelo ministério da Integração, SESC Solidário e a Federação do Comércio.


Consta na denuncia feita pelo vereador tucano que os alimentos – alguns deles com data de vencimento expirando – foram abandonados nas margens do Rio, no Projeto Vila Nova, no Assentamento São Luiz do Remanso, no barracão dos produtores Raimunda e Raildo. Sem saber o que fazer com centenas de sacolões e kits de limpeza a família resolveu pedir ajuda da Câmara de Vereadores.

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Na resposta encaminhada ao Ministério Público, assinada por três vereadores: Diego Nascimento, Francisco Gomes, José Nogueira e o vice-prefeito, Rômulo Barros, foi informado que os alimentos encontram-se mal armazenados e juntos com material de trabalho, entre eles, motores e motosserra.


Ainda de acordo o documento, os alimentos foram deixados pelo prefeito Otávio Vareda, o assessor especial do governo, Adonay Oliveira e a coordenadora da Defesa Civil no município, Telma Castelan, “sem informar quando e por quem seriam distribuídos”.


O prefeito Otávio Vareda até o fechamento desta matéria, não veio a público dar satisfações sobre o caso. Na noite de quarta-feira, Telma Castelan prestou informações ao ac24horas informando que os alimentos eram sobras de entregas anteriores e que tudo estava dentro do cronograma estabelecido pelo município.


Telma alegou ainda dificuldades de logística para a entrega dos alimentos e o aguardo de um pedido de complementação do PDR para doação de mais sacolões que atendam as 294 famílias já atendidas com doações de alimentos. A coordenadora da Defesa Civil não explicou por que as caixas d’água e os colchões ainda não tinham sido entregues e porque se encontravam até aquela data armazenados em depósitos na cidade de Capixaba.


Documento oficial que a reportagem teve acesso mostra que além dos 545 sacolões entregues, o município recebeu material de higiene pessoal, fraldas, kit dormitório e água potável.


Para os vereadores que assinam o documento em resposta ao Ministério Público, às informações de distribuição de material não estão compatíveis com o que os produtores informaram.


“Tem família atingida pela cheia que não recebeu kit de alimentação. Não tem justificativa plausível para o abandono desses materiais que deveriam ter chegado ao destino correto em caráter de emergência” concluiu Diego.


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