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Padre decreta salvação do governador; deputado diz que a BR-364 é o caminho para o céu

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Bom dia! Boa tarde! Boa noite!


Confesso aos meus três leitores que estou deveras feliz em morar num Estado tão abençoado, modelo em quase tudo para os outros 26 estados brasileiros. Apesar do desarranjo intestinal que me proporcionou um dia de rei, eu não poderia deixar de dividir meu entusiasmo em estar “na terra da palavra de Deus”, como disse o cantor gospel e pastor André Valadão. Os fatos políticos da quarta-feira também foram alento para minhas dúvidas espirituais.

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Restou apenas uma incerteza neste dia de grandes revelações: será que tenho que ser filiado a um partido político ou governador para alcançar o reino do céu? Nas primeiras horas da manhã um padre garantiu um cantinho no céu para o governador Sebastião Viana (PT). Renovei minhas esperanças que estarei no lugar certo no dia do arrebatamento. Durante a sessão da Aleac, um deputado afirmou que a BR-364 é o caminho para o paraíso. Oh gloria.


Se uma pessoa que tem uma rotina de conchavos e articulações ambiciosas de manutenção de poder material neste mundo profano da política está salvo, imagina eu, um humilde blogueiro. Só não quero antecipar minha viagem para o paraíso porque a BR-364, indicada pelo deputado Manoel Morais (PSB), como o caminho do céu, não é bem um túnel de luz, mas um caminho de buracos e atoleiros sem fim. Ou este caminho é o purgatório, antes de chegar no paraíso.


De toda sorte, se a BR-364 – que corta o Acre (repleta de crateras) for mesmo o caminho para o descanso final, eu prefiro ficar cansado nos próximos 100 anos. Prometo não queimar a Bíblia, vou esperar pela megaferrovia anunciada pelo senador Jorge Viana. Por enquanto, apesar de não ser filiado ao PT, vou contar com o lobby do padre que decretou a salvação do governador petista. Conto ainda com as orações do pastor Agostinho, um baita guia espiritual.


Aleluia! Viva o Acre, a Meca brasileira!


moro_01Este não vai para o paraíso
Falando em salvação, o juiz federal do Paraná Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, um magistrado que não tem meio termo com os acusados de desviar milhões da Petrobras para financiar políticos, principalmente os ligados ao PT e PP, poderá não alcançar um lugarzinho no céu. Sua única esperança para salvação é excluir os nomes dos petistas quase canonizados por alguns padres e pastores. Se cuida doutor, ou o senhor não vai para o paraíso vermelho.


eber_00A Defensoria
Pública na pauta

Depois que o governo do Acre fez um tipo de pegadinha ao conceder a autonomia da Defensoria Pública, mesmo sem estipular um orçamento adequado para seu funcionamento, o deputado Eber Machado (PSDC), voltou a reivindicar medidas para fortalecer a instituição. Ele propõe a criação de uma frente parlamentar que busque alternativas para superar as deficiências financeiras e garantir o atendimento para os acreanos que precisam de serviços jurídicos gratuitos.


Machado foi o autor de uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada na Aleac, mas não acatada pelo chefe do executivo, que garantia 1% na divisão do bolo orçamentário. Apesar dos esforços do parlamentar, a Defensoria sofre com a falta de estrutura e número adequado de defensores para atender a demanda dos 22 municípios. Tenha fé deputado, quem sabe um dia, a instituição que defende os pobres alcança o status da PGE, que defende o governo.


donadoni_01Retificação necessária
O advogado Jonathan Donadoni, encaminha mensagem pelo WhatsApp para agradecer que o nome dele tenha sido citado neste blog, como um dos postulantes a uma pré-candidatura a prefeito de Cruzeiro do Sul. Donadoni agradeceu ainda o elogio de bom advogado. Ele pede apenas uma retificação na afirmação na que ele é um exímio jogador de Playstation. Na verdade, o blogueiro errou o nome do console. Jonathan é especialista em Xbox. Retificação feita, qualquer dia eu apareço no Juruá para disputar uma partidinha.


Oposição faz oposição a própria oposição
Os deputados de oposição que integram a bancada federal do Acre ainda não conseguiram se entender em Brasília. A Oposição faz oposição a própria oposição e trocam farpas nas redes sociais. Este desentendimento poderá prejudicar o bloco nas eleições municipais. O eleitor não vai assimilar que os brigões dividam o mesmo palanque para apoiar candidatos que disputam as prefeituras nos 22 municípios do Estado.


fran_01Para os fãs do brega
Você gosta de música brega? Se tem este gosto refinado pelo ritmo dor de cotovelo, aqui vai uma dica do blog. Procurem meu amigo Francisco Silveira, um portador de necessidades especiais que fica na porta da agência do Banco do Brasil, no bairro Bosque. Ele vende este CD com músicas de sua autoria e algumas versões de cantores bregas consagrados. Além de gente boa, o cantor acreano que adotou o nome artístico de Fran Silveira, emociona com sua história de vida. Um grande sujeito que passa despercebido na correria do dia a dia.

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Quem não deve não teme
Este é um ditado popular bem surrado, mas nunca assimilado pelos grupos políticos, principalmente quando são ameaçados de uma investigação sobre investimentos públicos. O PT do Acre insiste em dizer que não houve desvio de recursos nas obras da BR-364, mas foge de esclarecimentos como o diabo foge da cruz, quando é questionado pelo R$ 1,5 bilhão que estrada consumiu. Bem que os petistas poderiam assinar o requerimento e sepultar o discurso da oposição.


O tucano Luiz Gonzaga, vem fazendo um verdadeiro “baião” com o assunto. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta pelo líder do PSDB é a oportunidade prefeita para o PT afastar de vez as suspeitas de superfaturamento e favorecimento de empreiteiras. Afinal, o novo petismo não vai mais aceitar proximidade com o dinheiro de empresas. Quem não deve não teme. Ou a FPA ainda teme cobranças das generosas doações das empreiteiras?


Esperança para os concurseiros
Um projeto apresentado pelo deputado Gehlen Diniz (PP) quer garantir a obrigatória contratação de no mínimo 50% do total de aprovados em concursos públicos oferecidos pelo governo do Acre. A proposta é boa, pena que jamais vai será aprovada na Aleac, já que a iniciativa parte de um oposicionista. Mesmo que os deputados aprovem a matéria, o governador veta sem pensar duas vezes. Terceirizar mão de obra garante mais cabos eleitorais balançando bandeiras e muito mais votos dos trabalhadores que acreditam que mantendo o projeto da FPA no poder também mantém seus empregos provisórios por mais tempo.


Moraes_01A BR-364 é “um milagre de Deus”
Os discursos de alguns de nossos representantes públicos sobre a gratidão que devemos ter com as obras de baixa qualidade (custeadas com nossos impostos), são tão hilárias que beiram o ridículo. Para o deputado Manoel Moraes (PSB), a BR-364, mesmo repleta de buracos e atoleiros “é quase um milagre de Deus”. O socialista afirma que “o povo tem que agradecer o governo do Acre pela estrada” que representa as vitórias políticas da Frente Popular no Vale do Juruá.


Moraes chegou ao ponto de questionar a capacidade técnica do DNIT, órgão responsável pelas estradas brasileiras, para reparar os serviços executados pelos governos petistas. “Eu duvido que o DNIT faça o que o governador fez. Agora está pior do que na época que o governador cuidava. Desconfio que daqui uns dias, vão pedir pelo amor de Deus que a obra volte para o governo”. Menos, deputado. Só faltou cantar a música Lindo Balão Azul: eu vivo sempre mo mundo da lua…


A culpa é do DNIT
Os deputados da base de governo quase me convenceram que o DNIT é o grande culpado pelas péssimas condições das BRs 364 e 317. A petista Leila Galvão, que continua com um discurso chato e inconclusivo, graças ao arrodeio que faz para não atingir o governo, acredita que “na época que o governo assistia a estrada tinha menos problemas que hoje”. Ela não é a única, o deputado Jesus Sérgio (PDT) justificou as precárias condições das estradas afirmando que “todo recurso é finito”. Josa da Farmácia (PTN) culpou o rio Juruá que continua cheio.


defensor_01‘Tem defensor que fecha a Defensoria para participar de uma audiência’
A crise na Defensoria Pública foi uma das principais pautas da quarta-feira, na Aleac. O deputado Nelson Sales (PV) denunciou que em alguns municípios do interior do Acre, “o defensor tem que fecha a Defensoria para participar de uma audiência, porque não tem sequer uma pessoa para varrer o prédio. Tem defensor sendo obrigado a tirar dinheiro do bolso para pagar um assessor. Tem servidor com 22 anos de casa que ganha pouco mais de R$ 800”.


Sales convocou os deputados a abraçar a causa da Defensoria. “É importante que haja vontade política desta Casa para sensibilizar o governo para melhorar as condições da Defensoria. É preciso tonar a Defensoria que defende os miseráveis igual a PGE que só tem um cliente que é o governo. Existe defensor para defender o agressor, mas falta defensor para defender a vítima. Gostaria que esta Casa possa unir esforços para melhorar os recursos destinados à Defensoria”.


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