Muito estranho. O programa em rede nacional de TV do partido que governa o Brasil esconder da população brasileira a sua líder maior, a presidente Dilma Rousseff (PT). Em compensação, colocaram o ex-presidente Lula (PT), perto dos seus 70 anos de idade, justificando os escândalos em que o partido se meteu nos últimos anos. Um recado claro que agora quem manda novamente é Lula. Além disso, o fato de no dia Primeiro de Maio, data internacional dos trabalhadores, um partido que se diz trabalhista não se pronunciar para o povo brasileiro através da sua presidente da República demonstra que realmente as coisas não estão fáceis. O resumo da ópera é que chamaram de volta para a vanguarda das fileiras petista o velho Lula, que por sinal está no Acre, recebido com honras de presidente. Como quem foi votada por mais de 50% dos brasileiros foi Dilma e a Constituição não permite a troca por Lula, não sei como o PT espera continuar a dar as cartas no país escondendo quem escolheu à presidência. Uma situação vexatória criada pelos marqueteiros petistas e preocupante para o povo brasileiro.
A torcida é grande no Acre
O governador Tião Viana (PT) e o senador Jorge Viana (PT) nunca esconderam as suas predileções pela volta de Lula em 2014. Como não conseguiram o intento, agora, farão um movimento para massagear o ego do velho líder petista e devem lança-lo candidato à presidência em 2018.
O tempo não para
O problema é que Lula não tem mais o vigor de anos atrás. O tempo passa para todo mundo e o ex-presidente já enfrentou sérios problemas de saúde. Além disso, oito anos depois de deixar a presidência e com os escândalos em que o PT se meteu, jamais terá a mesma popularidade.
Cada estado tem a sua realidade
Considero natural a questão de partidos que fazem parte da base governista em Brasília, mas que são oposição no Acre. Existem divergências locais que não foram superadas para unirem o PT com o PMDB. Assim cada um que siga o seu caminho.
Comodismo
Sempre entendi que o movimento para repetir a aliança nacional entre PT e PMDB por aqui deveria partir de quem está no comando do Estado. Mas as lideranças petistas sempre viram o PMDB como representante do “velho” jeito de fazer política e, consequentemente, como oposição.
Quem tem telhado de vidro…
No entanto, os petistas do atual Governo estadual repetem muitos dos erros cometidos pelos peemedebistas. Não mudaram tanto quanto imaginam. Se não acreditam é só fazer uma pesquisa entre a população com uma pergunta muito simples: “Na sua opinião qual partido do Acre atualmente está mais relacionado à corrupção? O PT ou o PMDB?”
…não joga pedra no telhado dos outros
Atualmente no Acre os problemas da saúde pública são muito sérios. Não foram gerados os empregos que a população necessita. A BR 364 continua a ser uma ilusão. Os projetos de produção não aconteceram como esperavam. E depois de 17 anos de gestões da FPA a reclamação entre os empresários são enormes.
Questão histórica
O PSDB só esteve no Governo do Acre quando tinha coligação com o PT. O falecido Edson Cadaxo (PSDB) era vice-governador de Jorge Viana. Depois nunca mais esteve no Governo, então, não serve de referência para saber da satisfação popular com o seu estilo de governar.
Racha possível
Conversei com o jovem advogado Júnior Feitosa (PSB) que pretende ser candidato a prefeito de Tarauacá, em 2016. O problema é que o PSB é um dos primeiros aliados do PT no Acre. Não acredito que a direção socialista permita esse enfrentamento contra o atual prefeito Rodrigo Damasceno (PT).
Pérola do Carioca
Rodrigo é um dos discípulos mais fiéis do articulador político e guru do PT acreano, Carioca. Tem até foto do Carioca em destaque no gabinete do prefeito de Tarauacá. Se Júnior realmente ameaçar a reeleição podem ter certeza que o Carioca resolverá o problema.
Desânimo
Com tantos problemas de recursos e várias enchentes no município seguidas Rodrigo andou reclamando a amigos políticos mais íntimos. Não está seguro de ir à reeleição. Mas se sair a vaga cairá naturalmente para o PC do B e não para o PSB.
Terceira via
Com o momento difícil do PT as teses de terceira via vão pipocar em várias disputas municipais do Acre. Feitosa quer entrar nesse vácuo. Mas o outro possível candidato é do PDT, Chico Batista, que também pode arguir ser uma opção fora da FPA.
Disputa de Mâncio Lima
Meus informantes me disseram que a ex-vereadora Izete (PMDB) será a candidata do atual prefeito Cleidson Rocha (PMDB). Originária do PT, Izete é uma das secretárias de maior confiança do prefeito. A informação tem lógica.
Velha rivalidade
O PT terá um candidato de origem na mesma família. O ex-deputado Taumaturgo Lima (PT) ou o seu primo Isaac Lima (PT), irmão do deputado estadual Jonas Lima(PT). As disputas eleitorais em Mâncio Lima são sempre muito familiares.
Grupo seduzido
Acontece que no grupo original do PT de Mâncio Lima tem muita gente que nutre simpatia pelo senador Gladson Cameli (PP). Isso ainda pode gerar muita confusão e reviravoltas na escolha do candidato para disputar a prefeitura.
Na espreita
O ex-prefeito Dêda (PROS) e a sua esposa, deputada estadual Maria Antônia (PROS), não ficarão de fora na disputa de Mâncio Lima. Eles têm um grupo político no município. Podem apoiar alguém ou lançar candidatura própria. Tudo dependendo sempre de negociações.
O auxílio luxuoso de um pandeiro
Já o deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB) continua a botar a boca no trombone sobre o inchaço do atual Governo do Acre. Reclama que enquanto os cargos de confianças e secretarias inúteis proliferam faltam remédios nas maternidades e hospitais. Até mesmo aparelhos de ultrassonografia, que custam em torno de R$ 56 mil e, de radioterapia estão em falta. Enquanto isso, a atual gestão se dá ao luxo de ter uma secretária de comunicação e um porta-voz. Na realidade, dois cargos que têm exatamente a mesma função. Será que num Estado com 715 mil habitantes e apenas 22 municípios é preciso de dois executivos para divulgarem as ações do Governo? Essa história de porta-voz me lembra os governos militares em que os presidentes generais não queriam contato direto com a imprensa. Com a redemocratização do país não vejo mais sentido nessa função.
