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Sem terra ocupam área do Incra no Ramal do Rodo, no Benfica

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Cerca de 80 famílias de sem terra ocuparam uma propriedade de 49 hectares no Ramal do Rodo, nas proximidades do Polo Agrícola Benfica, zona rural de Rio Branco. A área, que pertencia a um fazendeiro, foi desapropriada pelo Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra) para assentar agricultores. O motivo da ‘invasão’, ocorrida na última sexta-feira (01), teria sido a demora do órgão e falta de critérios de seleção dos assentados, o que irritou os sem terra, que acamparam na região.


Um dos líderes do movimento, Ângelo Crisóstomo, assegurou que todos os ocupantes têm documentos provando que não possuem bens, ou qualquer forma de renda, o que, para ele, justificaria a posse da terra. “Aqui só tem necessitados. Tenho provas de que um servidor do Incra está assentando pessoas ricas. Nós vamos denunciá-lo no Ministério Público Federal”, disparou o agricultor, indignado com o que chamou de injustiça.

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O casal Francisco de Souza Moraes e Maria Rita França está acampado na área. Vivendo de aluguel social, eles sonham com uma pequena propriedade. “Aqui, com 1,5 hectares, podemos plantar verduras e vender na cidade”, disse o casal, que tem seis filhos e vive de trabalhos avulsos.


O presidente Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Janes Peteca, denunciou a “inoperância” do Incra, além de possíveis irregularidades supostamente praticadas pelo servidor Hildebrando Veras de Menezes Sobrinho. “Formaremos uma comissão para conversar com o superintendente do órgão. Mostraremos a ele que essas pessoas se enquadram em todos os critérios para serem assentadas e assistidas pelo poder público”, assegurou o ativista.


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