O PMDB do Acre tem se empenhado em trazer sangue novo. O partido mais antigo ainda em atividade da democracia brasileira pretende renovar os seus quadros. A filiação do advogado Roberto Duarte (PMDB), que aconteceu nesta sexta, 24, é o começo desse processo do PMDB abrir as suas portas para novas lideranças. Junto com Duarte mais 35 pessoas assinaram as suas fichas que foram abonadas pelos deputado federal Flaviano Melo (PMDB) e a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB). A maioria jovens, profissionais liberais e militantes que vieram de outros partidos da oposição e da FPA. Os novos membros peemedebistas irão fortalecer as atividades sociais e políticas através do JPMDB e do PMDBMulher. Esse clima de renovação atraiu a presença de um dos seus mais antigos filiados, o ex-deputado federal João Correia (PMDB), que andava sumido das atividades partidárias.
“Esquenta” para disputa majoritária
O clima da filiação de Roberto Duarte, refletiu o desejo da militância de que o PMDB volte a disputar eleições majoritárias como cabeça de chapa. Pelos pronunciamentos das lideranças é provável que o PMDB tenha candidato à prefeitura de Rio Branco e da maioria dos outros municípios do Acre já em 2016.
Chapa forte
As novas filiações e as outras que acontecerão no próximo dia 15 de maio revelam que o PMDB pretende formar uma chapa forte de candidatos a vereadores na Capital. O próprio Roberto Duarte deverá disputar uma vaga na Câmara da Capital.
Articuladora
A deputada Sinhasique tem trabalhado para atrair mais gente para fortalecer o PMDB e ampliar o debate partidário. O vereador Rabelo Góis (PSDB), que participou do evento, não escondeu a sua simpatia pela legenda.
Palavra do cacique
Flaviano Melo estava exultante com os novos correligionários. “O PMDB dá oportunidade para todos. Cada um cria as suas chances de crescimento e utiliza o nosso partido, que é o mais democrático do país, para servir ao povo acreano da melhor maneira,” afirmou ele.
Sentindo-se “perseguido”
O senador Sérgio Petecão (PSD) também participou do evento no PMDB. Ele destacou a importância do fortalecimento da oposição no Estado. E reclamou das notícias veiculadas na mídia acreana de que passou o equivalente a um ano sem participar das sessões do Senado. “Logo eu que adoro estar lá todos dias,” rebateu.
Alvo
Não tenho dúvida que se o ex-deputado federal Henrique Afonso candidatar-se à prefeitura de Cruzeiro do Sul terá chances de vitória. Na oposição, Henrique vai cair no gosto de muita gente por lá. Como tem um eleitorado fiel ficará forte. Mas Henrique pode se preparar para o “tiroteio” contra ele que já começou.
Manda quem pode…
Essas notícias em torno da mudança da presidência do PSB são inócuas. Não importa quem é ou será o presidente do partido. Na realidade, quem manda é o deputado federal César Messias (PSB). A presidência da legenda é apenas um detalhe.
…obedece quem tem juízo
Acredito que César Messias vai dar as cartas de quem será ou não candidato do PSB, em 2016. Em alguns lugares poderá disputar inclusive com o PT, como tudo indica em Tarauacá. Em Cruzeiro do Sul, necessariamente, o candidato da FPA passará por seu crivo.
Prévias estaduais
A eleição de Rio Branco, em 2016, será uma prévia para a disputa ao Governo do Estado. Não só pelo fato do atual prefeito, Marcus Alexandre (PT), que concorrerá à reeleição, ser provável candidato ao Governo. Mas porque será um termômetro dos reflexos de toda essa movimentação política no Brasil pós-reeleição da presidente Dilma (PT), em 2015.
Realidade distintas
Não acredito que o PT, se sobreviver ao atual mandato presidencial, consiga fazer o próximo presidente da República. Mesmo se Lula(PT) for candidato. A roda da fortuna girou muito rápido e os brasileiros anseiam por mudanças. O quê é natural na política. O poder sempre foi e será cíclico.
A chance da oposição
Quanto ao Governo do Acre a oposição vai precisar se reinventar. Se quiser ter chance de quebrar a hegemonia do PT terá que apresentar algo novo aos eleitores. Senão vai continuar batendo na trave. Gol só vale se a bola bater na rede.
O “novo” em odres velhos
Agora, não adianta a oposição querer apresentar “algo novo” com uma mentalidade velha. Esse formato de política tradicional está em plena decadência. É preciso planejamento e inovação na maneira de se relacionar com o eleitor.
Questão de foco
As minhas fontes revelam que a ex-deputada federal Antônia Lúcia (PSC) não deverá ser candidata à prefeitura da Capital. Ela está em alta atividade visando mesmo a sua volta à Câmara Federal em 2018.
Chá de sumiço político
O atual vice-prefeito da Capital, Márcio Batista (PC do B), acumula a secretária municipal de educação. Mas politicamente falando desapareceu. Tanto que seu nome está descartado para continuar ocupando a vice de Marcus Alexandre.
Ainda em destaque
Não adianta algumas novas “caras” do PT gritarem. O nome mais popular do partido no Acre ainda é do senador Jorge Viana (PT). Isso é fácil de ser verificado conversando com as pessoas nas ruas de Rio Branco.
A sina do Senado
A disputa para o Senado em 2018 será novamente intensa. A começar pelas indicações internas do partidos. No PT acho que o único nome garantido é o de Jorge Viana. Pela lógica a outra candidatura seria do governador Tião Viana (PT). Mas ficará estranho o PT apresentar os dois nomes do Senado e, ainda naturalmente o do candidato ao Governo. Sem falar que tratam-se de dois irmãos. Isso pode ficar complicado na cabeça do eleitor acreano que não está mais dando todos os cargos para um lado só. No entanto, a FPA tem alguns nomes que podem ser fortes. O deputado federal Raimundo Angelim (PT) está fazendo um bom mandato. César Messias é forte no interior do Estado. A vice Nazaré Araújo pode chegar bem também até lá. Já na oposição, vejo três nomes que devem se aventurar, Márcio Bittar (PSDB), Petecão e o prefeito Vagner Sales (PMDB). Tudo ainda no campo meramente especulativo porque o quê definirá candidatos para 2018 será a próxima eleição municipal. Além do fato que a Reforma Política, se sair do papel, poderá criar um novo quadro eleitoral.
