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Após horas de espera, criança nasce morta em maternidade

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Uma terça-feira de muita movimentação, reflexo da noite de segunda-feira, dia 06 de abril, período em que dezenas de gestantes aguardavam para serem atendidas na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco (AC).


Em meio à alta demanda de atendimentos, uma criança nasceu morta na manhã desta terça-feira, nas dependências da unidade pública de saúde. A demora no atendimento da mãe foi tanta que, mesmo após duas horas, nem mesmo uma ultrassonografia havia sido realizada pelos profissionais do hospital-referência.

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Sob efeito de remédios, a mãe do bebê que nasceu morto encontra-se em um leito da maternidade

Edilane da Silva, de 26 anos, conta que chegou à unidade na segunda-feira, por volta das 20 horas. Mesmo assim, o primeiro atendimento só ocorreu após as 23 horas. Os problemas estariam parcialmente resolvidos se não fosse, segundo contou a mulher, a falta de um aparelho de ultrassom para detectar a situação criança.


Cunhada de uma das grávidas, a mulher lembrou que ao chegar na maternidade foi feito um exame para detectar os batimentos cardíacos da criança. Como o médico não conseguiu ouvir, fez, posteriormente uma nova tentativa. Passadas duas horas, e sem obter sucesso também na segunda verificação, o profissional teria solicitado uma ultrassom, mas, segundo o médico, não havia um aparelho para a realização do exame no local.


“Eles fizeram o exame, só que o rapaz não falou nada. Aí o médico disse que eles não conseguiram ouvir o coração do bebe. Aí mandou a gente lá para dentro”, ao destacar que “não tinha ultrassom na maternidade”, comentou a dona de casa.


Ainda segundo a mulher, somente a aplicação de soro foi sugerida pelo médico. “Eles só aplicaram um soro; só um soro e mandaram a gente esperar”. Edilane considerou errada a atitude de a cunhada apenas ter sido medicada. “Eu achei errado que ele só passou o remédio né?! E a criança morreu!”, afirma.


Procurada, a Direção Geral da unidade esclareceu que todas as mãe são atendidas e que muitos dos casos ali recebidos não são específicos e poderiam ser resolvidos em outras unidades de saúde da cidade. Além disso, a Direção destacou que a superlotação dos últimos dias é anormal, mas que, mesmo assim, as avaliações e chamadas tem acontecido normalmente.


Ainda segundo o órgão, três médicos fazem atendimentos na Maternidade Barbara Heliodora, diariamente. Diversos outros profissionais se dividem entre o ambulatório, emergência e atendimento de classificação.


unnamed (1)Em conversa com a equipe de reportagem, o gerente de Assistência à Saúde, Edvaldo Amorim, alegou que grande parte das gestantes que aguardam por atendimento se antecipam ao procurar a Maternidade. Ele destaca que a falta de orientação é o fator principal para a grande demanda. Além disso, muitas mulheres não grávidas acabam se dirigindo até a unidade em busca de serviços não prioritários.


“Muitas delas não conhecem os procedimentos de pré-parto, como por exemplo, dois fatores primordiais devem ser levados em conta na busca por atendimento: as contrações devem respeitar um intervalo de cinco minutos. A partir disso, a internação deve ocorrer quando há uma dilatação do colo do útero a partir de quatro centímetros. Por isso, muitas delas acabam superlotando a maternidade e retornando tantas vezes”, explicou o médico Edvaldo Amorim.


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