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O homem que fez um pacto com a vida

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Há 42 anos ele só conhecia o Acre do que ouviu falar em sala de aula, até que foi convidado para uma viagem de trabalho. Sua missão era acompanhar o vizinho de apelido Ditinho e, na qualidade de advogado, assessorá-lo na compra de terras.


Percurso: eles deixariam Presidente Prudente, em São Paulo, a bordo de um avião da Cruzeiro ou da Vasp, empresas que operavam no período e desembarcariam na capital acreana, com uma estada programada de 10 dias. Era só ele dizer sim.


Segundo Ditinho, o negócio era tão promissor que muitos paulistas estavam vindo para essas bandas atraídos pelo baixo preço das terras, que no início da década de 70, literalmente era vendida a preço de banana, algo em torno de 50 centavos o hectare.


A terra no Acre era tão sem valor, naquela ocasião, que na lanchonete de um libanês, contam, em frente ao hotel Rio Branco, no centro, os boêmios se reuniram para beber cerveja durante a noite, e ao final do consumo de dez latinhas, um deles exclamava: lá foram 20 hectares de terra!!!


Sabedor da situação e com o intuito de fisgar o vizinho doutor, arrastando-o até o Acre, Ditinho perguntou se ele tinha algum dinheiro. Este respondeu que sim. À época tinha uma poupancinha, o que equivalente hoje a 5 mil reais. ‘’ Com esse dinheiro você compra 10 mil hectares de terra!’’, informou.


E foi com a tarefa de analisar títulos de terra e assim assegurar a celebração de um grande negócio, que desembargou em Rio Branco, no ano de 1973, Luiz Saraiva Correia, cearense de Potengi, o décimo sexto filho, de um total de 17, do casal José Saraiva (Seu Zuzinha) e Luzia Saraiva da Luz.


O pai, professor primário e pequeno comerciante. A mãe, dona de casa, com a missão de cuidar dos afazeres domésticos e dos filhos. ‘’ Meus pais tinham um sobrenome em comum, Correia, e para o nome da minha mãe não ficasse Correia e Correia, acrescentaram Da Luz. Para fazer jus ao nome ela acabou dando à luz 17 filhos’’, conta bem humorado.


1_saraiva_fraseA primeira viagem de avião

‘’Ele disse se você quiser, entra no negócio comigo, se não quiser, pago os honorários, e se nada der certo a gente fica uma semana lá em Manaus. A capital amazonense naquele tempo era um chamariz do Brasil, era zona franca, todo mundo ia fazer compras lá. Era casado, tinha um filho de seis meses, olhei no mapa e disse: nossa! Ali é o fim do mundo! Mas aceirei o convite e seguir viagem’’, relata.


Ao lembrar desse momento decisivo na vida dele, Saraiva confidencia: ‘’ até aquela ocasião nunca tinha entrado num avião. Era uma viagem cansativa, com várias conexões, mas encarei assim mesmo e não me arrependo’’


Dez dias se transformaram em um ano

Com dois dias que estavam em Rio Branco, Ditinho recebe a notícia que seu pai havia falecido, vítima de infarto. Não havia o que pensar. Retorna a São Paulo deixando as despesas de Saraiva pagas pelo tempo programado e orientando que ao final do período, caso ele não voltasse, ele retornasse para São Paulo.


‘’A borracha tinha acabado, o Basa hipotecava as terras e os seringalistas para não perder vendiam barato. Não faltava trabalho e acabei ficando. A maioria vendia as terras, comprava carro e ia para o Rio de Janeiro. Torraram muito dinheiro dos seringais’’, diz.


Passado um ano, Saraiva recebe uma ligação da mulher Tutu Saraiva, com o seguinte teor: ‘’ou você vem ou eu vou prá ir’’, de pronto ele respondeu: ‘’ então venha!’’ e estão juntos e vivendo no Acre até hoje.


Além do primogênito José Augusto (Guto), nascido em São Paulo, o casal teve outros dois filhos acreanos, o odontólogo Luiz Saraiva Correia Filho e a advogada e procuradora jurídica da Prefeitura de Rio Branco, Daniela de Carvalho.


Tutu Correia, é professora de piano e fez muito sucesso no estado em virtude dos seus recitais. ‘’Ela foi professora de piano por muito tempo e seus recitais sempre eram de casa cheia, hoje ninguém quer mais saber de tocar piano e ela se dedica a família e as causas sociais’’, explica, acrescentando que enquanto todo mundo tem Tutu no banco, ele tem em casa’’ (risos)


As idas e vindas ao Amazonas e a Bolívia

‘’Com a esposa e filho aqui, passei a trabalhar mais sossegado. Precisava de documentos para regularizar as terras, então montei acampamento no arquivo público de Manaus. Tirei muita certidão de título. Até hoje eu tenho a relação dos títulos expedidos pelo estado do Amazonas’’.


Para se ter do acervo pessoal do Dr. Saraiva só em seu escritório ele dispõe de seiscentas pastas de arquivo de clientes e documentos e outras quatrocentas pastas na sua residência, tudo bem cuidado e preservado.


‘’ Descobrir que os títulos expedidos no Tratado de Petrópolis eram bolivianos. Ai eu comecei a ir também a Bolívia. Achei muita coisa, inclusive edições do jornal que publicava os editais, era o EL NOROESTE, tenho até exemplar dele, os bolivianos exigiam publicação dos editais para conhecimento de terceiros’’, informa.


Preso em Sucre, capital Judiciária da Bolívia

‘’Me disseram que tinha muita coisa em Sucre, capital judiciária da Bolívia. Fui lá no arquivo do Supremo. Cheguei lá comecei a achar tanta coisa do Acre, quando eu estava no bem bom, fui preso’’, confidencia.


A prisão foi efetuada pelo coronel boliviano Gutierrez, sob a acusação de está pondo em perigo a segurança nacional. ‘’Só consegui sai porque provei que era advogado e argumentei que por causa do Tratado de Petrópolis muitos documentos importantes estavam em poder dos bolivianos. Depois eu consegui um salvo conduto e andava na Bolívia inteira com um papelzinho batido a máquina”, explica.1_saraiva_frase6


Descoberta nos cartórios

‘’ Descobrir coisas maravilhosas nos cartórios dos Fóruns. Em Xapuri, achei o projeto de 1909 de uma estrada ligando o município a Rio Branco, planta feita e assinada pelo italiano Bento Giglione. Espetacular’’, comemora.


Minucioso, apaixonado pelo Acre e suas memórias, aos poucos, Saraiva vai revelando os seus achados. ‘Em Sena Madureira descobrir que nos anos de 1905 e 1906 chegou a ser constituída uma sociedade para construção de uma estrada de ferro entre Rio Branco e Sena Madureira, pelo espigão divisor de águas, por onde deveria ter sido aberta a BR-364’’.


Grande parte dessas descobertas ficaram sem registro por terem ocorrido num período que não existia fotocopiadora. Somente, a partir da década de 80, Saraiva passou a levar uma filmadora nas suas andanças, quando deu início a pesquisa das cadeias dominiais dos seringais.


A visita da Mary Alegrete

‘’Teve um juiz chamado José Moreira Brandão Castelo Branco que foi muito importante para o Acre’’, assegura Saraiva, esclarecendo os motivos que o levaram a tal conclusão.


Segundo ele, José Moreira é o autor de uma obra intitulada Caminhos do Acre, na qual ele descreve, com precisão e detalhes todos os seringais e rios acreanos. ‘’Até hoje eu não sei como ele chegou as minucias. Hoje com a ajuda do computador, do celular e demais aparados é praticamente impossível fazer o que ele fez’’.


Outra obra de Moreira citada por Saraiva é o Gentil Acreano, onde ele expõe uma pesquisa aprofundada sobre os índios. ‘’ Inclusive eu fornecei uma cópia desse exemplar a cientista social Mary Alegreti e eu creio que foi baseada nessa obra que foi baseado o projeto das reservas indígenas do estado’’.


As suspeitas de Saraiva se baseiam no fato da obra de Moreira conter um levantamento preciso sobre as etnias, a língua, além dele descrever rio por rio que estavam nas áreas indígenas.


À moda nordestina

Pouca gente sabe, mas o Dr. Saraiva revela, um costume bem à moda nordestina. Estes quando vinham para o Acre batizavam os seringais com o nome da cidade de origem. Daí surgiram os seringais Crato, Quixadá, Canidé e Sobral. E para não fugir à regra, Saraiva batizou sua fazenda de Potengi, nome da cidade onde nasceu.


Já as colocações ganhavam nomes jocosos, como vai quem quer, buraco do diabo, valha-me Deus, Deus me Livre, Só vai querendo.


Uma história de luta e obstinação

Na pequena comunidade de Potengi, numa época que ainda estava na condição de vila e integrava o município de Araripe, no Ceará, só existiam duas formas de prosseguir nos estudos: se alistar no Exército ou entrar no Seminário. “Meu irmão foi ser soldado e eu decidi ser padre’’, lembra Saraiva, que deixou a companhia dos pais para ser seminarista aos 12 anos de idade.


E foram nos oito anos de seminário que o jovem Saraiva aprendeu a falar Latim, Francês e até aranhar um Grego. ‘’Eu cheguei a fazer um ano de Teologia, só não prossegui porque sonhavam em ser médico’’, relata.


Sonho que o levou a cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, todavia, para sua frustração não existia curso de Medicina na cidade maravilhosa e ele acabou prestando exame para Direito, conseguindo a aprovação em segundo lugar.


E foi graças a essa aprovação que ele cancelou sua viagem aos Estados Unidos, onde na companhia do Jairo (fotocopiadora Copibrasa) iria trabalhar como limpador de vidro de hospital.


‘’Eles estavam recrutando mão de obra em São Paulo. O meu curriculum era muito bom, recém saído do seminário, fui selecionado de primeira, só não fui porque passei para Direito’’, conta.


Para se sustentar em São Paulo e concluir a faculdade de Direito, Saraiva trabalhou como entregador de carne e quando as coisas apertavam era lombador, ou seja, além de dirigir o carro da entrega ele descarregava os cortes de boi nos açougues.


E foi após um exaustivo dia de trabalho que ele sofreu um acidente que quase lhe tirou a visão. ‘’Eu acordava as 4h da manhã, trabalhava o dia inteiro e depois ia para aula. Nesse dia eu dormir no volante, quando percebi estava embaixo do caminhão’’, recorda.


Foram necessárias três cirurgias para que ele não ficasse com sequelas. E graças ao acidente, Saraiva perdeu um ano da faculdade, se formando um ano depois do que a sua turma.1_saraiva_frase2


Um homem que sabe valorizar as amizades

Luiz Saraiva é um homem que sabe valorizar as amizades. Conselho dado a ele por seu pai e seguido religiosamente até hoje. ‘’O meu pai sempre dizia, meu filho, na velhice o que lhe resta é o pouco tempo do pouco tempo que lhe resta. E não se sobra na sua vida poucos e fieis amigos’’


Dizia mais: ‘’ não destrua pontes. Não perca seus amigos. Esse foi um dos motivos que me fez abandonar a política, eu estava perdendo muitos amigos’’, desabafa.


E ao falar da política não consegue esconder a decepção com a experiência, taxando de momento negro da sua vida. ‘’No segundo ano eu já estava enojado, não abandonei em respeito as pessoas que votaram em mim, então esperei concluir o meu mandato’’.


Saraiva foi deputado estadual na legislatura de 1990 a 1994, gestão do governador Edmundo Pinto, que acabou tendo o mandato interrompido de forma trágica, sendo sucedido pelo vice Romildo Magalhães.


Foi eleito com 693 votos, arrastado pela legenda, e apesar das muitas decepções que sofreu no parlamento, se orgulha de ter feito parte da legislatura mais produtiva da história do Legislativo Acreano.


CPI do Canal da Maternidade e incêndio da Aleac

1_saraiva_frase4Saraiva foi o relator das principais Comissões Parlamentares de Inquérito da Aleac, dentre elas a que apurava superfaturamento nas obras do Canal da Maternidade. E foi graças a sua astúcia que o relatório final da investigação saiu.


Isso porque, no decorrer das investigações, a sede do legislativo estadual, foi alvo de um misterioso incêndio, que apesar de não ter sido caracterizado pela perícia como criminoso, destruiu todas as provas colhidas.


‘’O que ninguém sabia é que eu fazia duas copias das fitas dos depoimentos colhidos. Uma ficava na Aleac e a outra em meu poder. Se a intenção era evitar a conclusão dos trabalhos, a ação foi em vão’’, diz orgulhoso.


Perguntado se as importantes fitas com os depoimentos ainda existem e se estão em seu poder, ele desconversa.


‘’Eu gostava da atividade parlamentar para elaborar leis, fiscalizar, mas aquela politicagem barata, rasteira, aquilo me enojou’’


Pecuarista por acaso

Apesar do baixo preço, Saraiva não investiu na compra de terras logo quando chegou ao Acre. Seu primeiro pedaço de chão foi adquirido três anos depois, como recebimento de honorário.


‘’Um cliente comprou uma área não tinha como me pagar ai me deu um pedaço de terra. Hoje é minha fazenda, 1.100 hectares, localizada em Vila Campinas. A partir de então tudo que eu ganhava em investia lá e hoje é o lugar onde eu passo os melhores momentos da minha vida. Às vezes eu fico sentado num banco na parte externa só pensando, observando’’.


Desapropriado e perseguido no governo Geraldo Mesquita

‘Eu não entendia nada de pasto. Prá mim saber se era vaca ou boi, tinha que levantar o rabo do animal. Mas ganhei amor pela terra, joguei as primeiras sementes e acabei desapropriado junto com outros 180 pequenos proprietários’’.


A desapropriação foi ordenada pelo então governador Geraldo Mesquita, que à época, mandou informe ao Ministério da Agricultura dizendo que ao redor de Rio Branco existiam dois milhões de hectares que pertenciam a seis pessoas.


‘’Ele estava fazendo confusão com o seringal Bom Destino, que eram seis herdeiros. Mas na verdade eu conseguir localizar outros 180 pequenos proprietários. Juntei esse povo, fizemos uma reunião, e pedimos a intermediação do Wildy Viana, que era, salvo engano candidato ou deputado federal’’.


Wildy Viana conseguiu agendar a visita, mas no dia de embarcar para apresentar os documentos e desfazer o mal-entendido, Saraiva foi impedido pela guarda estadual. ‘’


Depois que o governador ficou sabendo que eu ia levar os documentos para Brasília, fizeram um esquema para me parar no aeroporto, então eu mandei a mala com os documentos na frente e avisei a um colega meu lá em Brasília que se eu não fosse apresentasse os documentos lá no Conselho de Segurança Nacional’’, frisa.


Saraiva embarcou graças a um Habeas Corpus Preventivo, concedido pelo juiz e hoje ministro Ilmar Galvão. Uma comissão foi encaminhada ao Acre e constatou o erro e os pequenos proprietários tiveram suas terras de volta.


E por ironia do destino, anos depois, quando do episódio da suspensão do pagamento das pensões aos ex-governadores, na gestão Orleir Cameli, Geraldo Mesquita era um dos integrantes da comissão que buscou o socorro jurídico do Dr. Saraiva para impetrar um Mandado de Segurança para liberar os pagamentos.Saraiva_1 2 3abc


Pacto com a vida

Quem fica frente com Luiz Saraiva não imagina as lutas que ele teve que travar nos últimos anos para se manter de pé. Discreto, bem humorado, extremamente organizado, ele é o que se pode chamar de um homem que fez um pacto com Deus, com a vida, com o bem.


‘’ Eu passei a vida inteira tentando TER e SER e esqueci de VIVER…até que um dia fui parar na UTI…Eu não podia me mexer para lugar nenhum, eu só tinha espaço para pensar’, filosofa.


Não parece, mas nos últimos 15 anos, Saraiva sobreviveu a um infarto violento, a um câncer de próstata e um câncer de pulmão, situações que lhe levaram quatro vezes ao centro cirúrgico, uma dessas ocasiões foi conduzido em UTI no Ar, dada a gravidade da situação.


‘’Você não tem muito o que fazer. Eles abrem o teu peito utilizando uma serra elétrica, colocam um ferro para segurar as costelas e puxam o teu coração prá você. Eu estava consciente, sabia o que estava acontecendo, mas não podia fazer nada, só sobrava espaço para pensar’’, descreve o dia em que fez o procedimento cirúrgico no coração.


Situações que lhe fizeram repensar a sua vida. ‘’Tenho 70 anos. Eu fui tudo aqui, fui governador do Lyons, presidente da Federação da Agricultura…Grão Mestre da Maçonaria duas vezes, deputado. Fui tanta coisa, fiz patrimônio e tal e esqueci de viver’’.


Mas para um homem que vem de uma família Longeva, onde o que vive menos vive 90 anos, aos 70 a vida está apenas começando e ele ainda tem muito a realizar, VIVER.


Para tanto, Saraiva reduziu o ritmo de trabalho na advocacia, largou a sala de aula e procura dedicar aos netos, o tempo que não pode desfrutar com os filhos. ‘’Quando a gente está trabalhando pela vida não tem muito tempo para os filhos’’, diz pensativo.


Entre os projetos que ainda pretende realizar destaca-se a edição de alguns livros, já em andamento, e a construção de uma creche padrão em Vila Campinas e um Asilo nos padrões dos encontrados na Europa. “Esse foi um pedido do meu pai, ele fazia muita caridade e eu pretendo realizar’’.


1_saraiva_frase5Momento descontração

Durante a entrevista, um momento descontração. Peço ao Luiz Saraiva para ele relatar uma situação engraçada, e ele como brasileiro apaixonado por futebol, conta um episódio realmente de provocar risos em qualquer um.


‘’ Sou Corintiano roxo, fanático, e atleticano aqui no Acre, tudo isso influenciado pelos amigos o saudoso Diógenes e a dona Flora, que viviam me chamando para ir ao estádio’’.


E para agradar aos amigos, Saraiva foi duas vezes ao popular estádio José de Melo, prá nunca mais: ‘’ Na primeira estava no alambrado e levei um banho de um saco de mijo nas costas, depois fui outra vez, derepente estava perto de uma briga de facas, Nunca mais apareço lá’’, diz em riso.


A história do Acre está se perdendo

Saraiva também demonstra muito descontentamento com a falta de preservação da história do estado. ‘’ Quando eu era deputado apresentei um projeto para tombamento do acervo do fórum, tinha coisas fantásticas lá’’.


Dentre os muitos achados importantes de Luiz Saraiva, ele destaca o Testamento de Plácido de Castro, cuja cópia está guardada em segurança com ele. ‘’Foi no arquivo do fórum daqui que eu encontrei o testamento do Plácido de Castro, testamento nuncupativo, é aquele que você não podendo ditar para o tabelionato, você dita para testemunha, e foi isso que ele fez, antes de morrer deixou registrado sua revolta e seus últimos desejos’’, diz orgulhoso.


 


Agradecimento – A entrevista com Luiz Saraiva estava agendada para às 17h de uma quinta-feira, no escritório dele na Baixada do Habitasa. Cheguei 20 minutos antes e pontualmente às cinco da tarde, a secretaria anuncia, vocês já podem entrar! Vocês, era eu e o fotógrafo Valcemir Mendes.


A partir daí, fiquei frente a frente com um ser humano da melhor espécie, despido de EGO, que ama o próximo e propaga o bem sem olhar a quem. Motivo pelo qual não poderia encerrar essa entrevista sem agradecê-lo pela honra de ter conhecido um pequeno pedaço da história da vida dele.


Grata Dr. Saraiva, foi uma honra entrevistá-lo!


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Texto de Dulcinéia Azevedo
Fotos de Valcemir Mendes


 


 


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