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Grávida, haitiana necessita de doações para chegada do bebê

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h4Longe de seu país, num quarto abafado da Chácara Modelo, na Estrada do Irineu Serra, na capital acreana, ela repousa à espera de dar a luz a sua filha. Merita Dant Jean Foriste, 33 anos, veio do Haiti em busca de uma vida melhor ao lado do seu esposo, que a espera em Santa Catarina desde dezembro do ano passado.


Casada há um ano e três meses, Merita conta que a saudade do marido e a vontade de compartilhar o nascimento do bebê, a fez encarar a dura jornada que é sair do Haiti, cruzar o oceano – República Dominicana, Panamá, Equador, Peru – até chegar à fronteira de Brasiléia, distante 240 km da capital, e daqui partir rumo à Santa Catarina.

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Merita desembarcou em Rio Branco na última segunda-feira, 16 de março. A reportagem do ac24horas perguntou a Merita, por meio do tradutor Sadrack Thermidor, que perigos e medos ela enfrentou até chegar ao Acre.


“Minha viagem correu tudo bem. Deus me trouxe em paz e não houve nenhum problema comigo, nem com o bebê”, disse ao segurar a Bíblia Sagrada.


Na reta final, Merita enfrenta o cansaço, dores nas pernas, inchaços e a possibilidade de dar a luz a qualquer momento. Os problemas não param por aí, com o parto previsto para o dia 20 de abril, a mãe foi impedida, após avaliação médica, de seguir viagem.unnamed


Merita, que é evangélica, disse que seu maior desejo é um futuro tranquilo para a filha. “Deus protege meu bebê! Sei que tudo sairá bem”, disse emocionada ao olhar a aliança no dedo, símbolo do matrimônio.


A reportagem perguntou à Merita o que ela tinha de enxoval para a chegada da filha. “…tenho um pedaço de lençol”, respondeu após um intervalo de silêncio.


Doações podem ser feitas diretamente no abrigo ou na Sejudh

Voluntária no abrigo, Nilza Cunha, que coordena os trabalhos sociais, relata que a situação da gestante tem comovido a coordenação do abrigo.


“A situação dessa mulher é de cortar o coração! Ela precisa de toda e qualquer ajuda nesse momento. O bebê não tem nada, pedimos a quem possa ajudar doando roupinhas usadas para chegada da criança. Seria muito importante um carrinho ou bebê conforto para que ela possa seguir viagem com a criança após alta médica. Isso não é luxo, pois a viagem é longa e muito cansativa. Seria muito bom se alguém pudesse doar. Sempre tem uma família que não está mais utilizando e seria muito útil para ela nesse momento”.


Nilza Cunha explica que diante da situação, a gestante foi instalada num quarto próximo a sala da coordenação para que pudesse receber atenção especial.


“Se alguém puder ajudar também à gestante seria muito bom. Ela precisa de um lençol para se cobrir e um travesseiro. Quem tiver um ventilador seria muito útil para que ela suporte o clima abafado do quarto. O povo acriano é muito solidário e acreditamos que Deus tocará o coração de muitos para ajudar essa mãe”.


Os interessados em ajudar, podem entregar as doações junto à equipe da coordenação do abrigo, na Chácara Aliança, na Estrada do Irineu Serra ou na recepção da Secretaria Estadual de Direitos Humanos (Sejudh).

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