E o rio Acre, na capital, segue em processo de vazante contínuo. De acordo com dados repassados pela Defesa Civil de Rio Branco, o nível do manancial baixou 40 centímetros nas últimas 30 horas e registra 18,00 metros na medição das 6h desta sexta-feira, 6.
Mesmo com a notícia animadora, a situação na capital do Acre é de calamidade. São mais de 9 mil pessoas desabrigadas que estão alojadas em 25 abrigos espalhados na capital. Cerca de 90 mil pessoas foram atingidas direta ou indiretamente pela cheia, que segundo a prefeitura, ainda não tem um levantamento preciso dos valores dos prejuízos causados em residências e comércio. Somente na zona rural, 32 comunidades foram afetadas e os prejuízos na área ultrapassa os R$ 50 milhões.
Apesar dos números assustadores, a situação no centro começa a se normalizar. O trânsito e as principais avenidas de Rio Branco foram liberadas para o tráfego normal de veículos. A quarta ponte que estava fechada, voltou a ter tráfego de veículos normal. O Terminal Urbano, que havia sido tomado pelas águas, também iniciou operação nesta sexta-feira.
A expectativa é que o nível do rio continue baixando, apesar das previsões intensas de chuvas nos próximos dias.
O prefeito Marcus Viana e sua equipe visitam diariamente as áreas afetadas pela cheia. A determinação do prefeito é que nenhuma equipe seja desmobilizada enquanto o nível do rio Acre não apresentar sinais definitivos de vazante. Outra preocupação do prefeito é com a limpeza dos bairros afetados pela enchente, cujos trabalhos devem iniciar tão logo as famílias tenham condições de voltar às suas casas.
“Temos que continuar mobilizados, prestando assistência às famílias que foram atingidas pelas águas do rio Acre, tanto as que estão nos abrigos públicos e comunitários, como também àquelas que permaneceram em suas casas e, para isso, estamos fazendo todos os esforços necessários”, afirmou o prefeito Marcus Alexandre.
Confira a galeria de fotos produzidas por Fagner Delgado
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Veja alguns números decorrentes da cheia histórica do rio Acre:
53 bairros atingidos pela cheia;
Mais de 900 ruas afetadas pelas águas;
24.713 edificações atingidas diretamente pela alagação;
86.937 pessoas afetadas;
40 áreas rurais com a produção comprometida;
R$ 30 milhões em perdas estimadas e prejuízos com a produção;
4.500 hectares de área plantada atingidos;
3 pontes interditadas e a área central;
Terminal Urbano fechado;
26 abrigos públicos;
2.964 famílias atendidas nos abrigos públicos e comunitários;
10.449 pessoas alojadas nos abrigos e comunitários;
2.100 voluntários trabalham diuturnamente para atender as famílias;
250 veículos e equipamentos envolvidos na operação de socorro e retirada das famílias das áreas atingidas pela enchente;
110 barcos;
550 trabalhando na remoção das famílias nos bairros alagados.
