Não dá pra ficar só criticando. Tenho observado o movimento de alguns políticos do Estado que estão realmente se mexendo para ajudar a população de Rio Branco e dos outros municípios atingidos pelas cheias. Eles estão fazendo o que é possível nesse momento de tragédia. Algumas pequenas ações que podem fazer a diferença diante do caos que milhares de pessoas estão vivendo. Por exemplo, o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) esteve reunido com o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, do PMDB, pedindo para que prorrogue o seguro defeso dos pescadores profissionais acreanos por conta da enchente. O benefício de um salário mínimo terminaria no dia 15 de março, mas deve ser prorrogado. “Toda ajuda num momento como esse é bem vinda. Será importante para algumas famílias poderem contar com esse valor por mais alguns meses,” afirmou.
Bolsa enchente
O senador Sérgio Petecão (PSD) teve uma boa ideia. Pediu para o Governo Federal fornecer aos desabrigados a Bolsa Enchente no valor de R$ 788. Um valor que pode ajudar aqueles que perderam bens durante a alagação.
Gol de placa
O senador Jorge Viana (PT) conseguiu uma audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT) e sensibilizou a mulher para o drama que o Acre vive. Abriu as portas para ajudas mais urgentes e estabeleceu pontes com o Governo Federal.
ALEAC solidária
Os deputados estaduais, que não estão tendo sessões, se mobilizaram para ajudar as vítimas. Além de um abrigo da ALEAC que cuida de quase 200 desabrigados, os parlamentares têm mobilizado as suas equipes de gabinetes para ajudarem nos bairros afetados da Capital.
Responsabilidade maior
Não se pode acusar o governador Tião Viana (PT) de indiferença. Desde o princípio o executivo tem estado nos locais afetados na tentativa de desencadear ações consequentes para minimizar o sofrimento dos alagados. Claro que existem falhas. Mas diante dessa situação caótica seria impossível não haver “escorregões”.
Prefeitos alagados
Marcos Alexandre (PT) de Rio Branco, Everaldo Gomes (PMDB) de Brasiléia e Marcinho Miranda (PSDB) de Xapuri estão com um grande “pepino” nas mãos. Além dos desabrigados atuais a reconstrução desses municípios depois que as águas baixarem vai ser uma missão muito difícil.
Porto Acre, um novo capítulo da tragédia
Toda essa água do rio Acre está indo para Porto Acre. Lá já existem centenas de famílias desabrigadas. Diante da situação muito complicada da Capital é preciso não se esquecer do pequeno município que também está sofrendo com a alagação.
A hora da cobrança
Terminada a enchente a sociedade precisa exigir das autoridades medidas que minimizem esse tipo de situação no futuro. Transferência de moradores dos municípios afetados das áreas de risco, interferências no leito do rio Acre, entre outras medidas. Não é possível que a novela das alagações se repitam todos os anos com o mesmo enredo.
Espíritos de porco
Fico imaginando o que leva uma pessoa criar boatos diante de uma situação humanitária tão dramática como essa. As boatarias trazem ainda mais pânico à população. Desligamento geral da energia de Rio Branco, viga da ponte de metálica que se soltou e por aí vários outros boatos que circularam nesses dias.
A humildade nas ações
Uma senhora de Bujari esteve na manhã dessa quarta, 4, levando uma contribuição para os desabrigados. Dona Maria do Socorro fez jus ao seu nome. Ela doou R$ 50 para tentar minimizar o sofrimento dos seus conterrâneos acreanos. A ação de dona Maria do Socorro lembra da parábola de um beija flor durante um incêndio na floresta. Os animais maiores viam o beija flor ir até o rio e pegar água no seu pequeno bico para jogar nas imensas chamas. Então perguntaram a ele se acreditava se com aquela simples ação conseguiria apagar o incêndio. A resposta: “Estou fazendo aminha parte”.
