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Chuvas no Acre devem continuar acima do esperado, revela Sipam

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Apesar da forte chuva que caiu quase toda tarde de ontem, 04, o nível do rio Acre começou apresentar vazante, saindo dos 18, 40m (medição das 18h) para 18,32 metros (medição das 09 horas) nesta quinta-feira (5).


A baixa de oito centímetros é no mínimo empolgante para as mais de 87 mil pessoas afetadas pela maior cheia da história do Estado, se não fossem as previsões meteorológicas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que traçou um boletim meteorológico para o mês de março nada animador.

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Segundo especialistas do Sipam, as chuvas no Sul do Amazonas, Acre e Oeste de Rondônia ficarão acima da média do período. De acordo com Marcelo Gama, Meteorologista do Centro Regional de Porto Velho, no mês de março e parte de abril a previsão é de chuvas acima do padrão climatológico nos dois estados de abrangência do Centro Regional do Sipam em Porto Velho, com impacto direto sobre as bacias do Rio Madeira e o Estado do Acre.


“Especialmente neste mês, as chuvas no Acre devem continuar acima do esperado, fazendo os rios continuarem altos por lá. Nas duas próximas semanas devem cair volumes de chuva maiores nas regiões dos rios Juruá e Alto do rio Purus. Os modelos meteorológicos estão mostrando isso”.


O especialista explica ainda que não estamos em uma situação de El Niño, porque, segundo ele, existe uma diferença muito pequena para essa caracterização.


“Estamos mais próximos do padrão de normalidade. As águas do Oceano Atlântico Subtropical Sul estão bastante aquecidas e isso é desfavorável ao transporte de umidade aqui da Amazônia para a região Sul e Sudeste do País. E essa água, pelo fluxo normal que tem, vai cair aqui mesmo, e o que temos observado é que tem se precipitado mais nessa região do Acre, Noroeste da Bolívia e Sul do Peru”, explica Marcelo Gama.


Sala de Situação


Diante da cheia histórica no Rio Acre e todos os transtornos causados em Rio Branco e outras cidades do Estado, o Sipam disponibilizou um meteorologista para integrar a Sala de Situação montada pelos órgãos da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e pela Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco.


O meteorologista do Sipam, Luiz Alvez, responsável pelo monitoramento, alerta para os sinais que possam estar por trás da vazante. “Há de se ter certa cautela com esta vazante, pois três modelos numéricos em análise apontam muita chuva para esta quinta-feira, 05, em Rio Branco e na região do Alto Acre. Estas chuvas devem se concretizar no período da tarde e o rio Acre pode voltar a subir”.


Cheia 2015


Porto Velho e Rio Branco têm bacias distintas de captação de águas. E embora a chuva que aconteça na região boliviana chegue aos dois estados, há um divisor dessas águas na fronteira entre a Bolívia e Acre, separando as que descem para o Rio Beni e das que correm para o Rio Acre. Como são chuvas muito localizadas e concentradas, a bacia do Rio Acre sente mais rápido o impacto, suas águas sobem mais rapidamente, pois ocupam uma área menor que a do Madeira. Se comparadas, a bacia do rio acriano corresponde a 2% da área ocupada pela bacia do Rio Madeira, que possui mais de 980 mil quilômetros quadrados até chegar à capital rondoniense, enquanto a do Rio Acre totaliza 25 mil quilômetros quadrados.


*As informações foram extraídas de entrevista concedida ao site rondoniagora, com informações do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).


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