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Só a fé pode ajudar o povo de Rio Branco nesse momento

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Fica difícil escrever sobre política no momento que a nossa Capital atravessa. Milhares de famílias desabrigadas, milhões de bens materiais adquiridos à duras penas perdidos e o rio Acre insistindo em subir. A maior enchente da história da cidade já repercute no Brasil inteiro. O momento é de solidariedade e ajuda para os mais desvalidos. Não adianta fazer pose de bonzinho é preciso arregaçar as mangas e ajudar no que for possível. Tampouco vai resolver a situação falsos heroísmos. É preciso espírito de humildade e solidariedade. Nenhum partido pode salvar sozinho o município, nenhum político. Mas a fé de cada um dos moradores pode resultar em uma corrente de união para superar o caos que se instaurou em Rio Branco por causa da enchente.

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Soluções urgentes
O rio Acre precisa de providências urgentes. Retirar através de dragas a areia da sua calha e reflorestar as suas margens. Isso para o seu leito se aprofundar e água não subir e nem descer tão rapidamente como acontece atualmente devido ao seu assoreamento. Não precisa ser técnico para saber disso.


Soluções urgentes 2
Claro que isso só será possível depois da enchente. Mas esse trabalho para salvar o rio Acre precisa começar. Todos os deputados federais e senadores precisam ajudar a conseguir verbas para tal investimento.


Descentralização de Rio Branco
A região central da Capital está cada vez mais complicada. Não só pela proximidade das áreas alagadiças. Mas também pela concentração de gente e de carros. O Governo do Estado e a prefeitura precisam criar projetos urgentes para levar órgãos públicos para outras regiões.


Exemplos positivos
É verdade que isso está acontecendo naturalmente. Prédios como o da Polícia Federal, TRE, OAB entre outros já foram feitos na região da Via Verde. Mas essa tendência precisa ser ampliada. Tirar o máximo de serviços essenciais do centro para outras regiões da cidade.


Erros que se repetem
Estive no Conjunto Carandá na Baixada do Sobral. Construído pelo programa Minha Casa, Minha Vida e entregue aos moradores oriundos de zonas alagadiças. Mas acontece que o Carandá também está alagado. Quer dizer que tiraram famílias de zonas de risco para colocarem em outra igual? Trocaram seis por meia dúzia?


Não faltou aviso
A denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) de que o Carandá foi construído numa baixada alagadiça já tinha sido feita pela então vereadora Eliane Sinhasique (PMDB), em 2013. O caso, inclusive, está sendo investigado pelo MPF.


Cobre a cabeça, descobre os pés
Conversei com alguns moradores do Carandá. A maioria veio de bairros como o Aeroporto Velho, Baixada da Habitasa, Palheiral, etc. A frustração era geral. Pensaram que a mudança resolveria seus problemas com as enchentes, mas não foi isso que aconteceu. A cheia na região acontece devido a dois igarapés que aumentaram o volume de água devida a cheia do rio Acre.


Cuidados necessários
É preciso um estudo detalhado para se construir conjuntos habitacionais no Acre. Não se pode fazer casas em terrenos baixos. Tirar alagados de uma região e levar para outra similar me parece um verdadeiro crime humanitário.


Novo Plano Diretor
Acho que essa enchente deixará lições importantes para quem está elaborando o Novo Plano Diretor de Rio Branco. É preciso proibir definitivamente construções em áreas que podem alagar com as cheias do rio Acre.


Investimento em tecnologia
Outra questão é importante é criar grupos de estudos para criar tecnologias próprias para solucionar problemas do Estado. Isso não só em relação às cheias, mas também à agricultura, à saúde pública e à indústria local. O Acre precisa encontrar soluções tecnológicas para si próprio.

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Questões políticas sempre atrapalham
Quando o atual deputado federal Flaviano Melo (PMDB) foi governador do Acre e prefeito de Rio Branco conseguiu mudar o eixo de crescimento da Capital. A cidade cresceu no rumo dos terrenos mais altos. Vários bairros como Adalberto Sena, Raimundo Melo, entre outros, foram criados. Os conjuntos habitacionais também foram feitos em áreas mais altas justamente para evitar o problema das enchentes. Mas parece que essa tendência foi esquecida. As consequências são milhares de famílias sofrendo por causa das subidas seguidas das águas do rio Acre. É preciso que as autoridades encontrem novamente o eixo de desenvolvimento social e econômico de Rio Branco e direcione os investimentos nessa direção para o drama dos desabrigados não se repetir todos os anos.


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