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Rio Acre não dá trégua e Rio Branco deve ter em 2015 a pior cheia de sua história

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O nível do rio Acre chegou aos 17,21 metros às 21h deste sábado e vai continuar subindo. A atual cheia em Rio Branco já é a terceira maior da história registrada pela Defesa Civil e tudo indica que essa deverá ser a maior enchente já vivida na capital acreana. Apenas a de 1997, considerada a pior alagação, quando o rio chegou aos 17,66 metros, e a de 2012, quando o manancial atingiu os 17,64 metros, superam, por enquanto, a cota de 2015.


Neste sábado choveu intensamente. Em toda bacia do Rio Acre caiu 271,6 milímetros de chuva; em Rio Branco, 34,2 milímetros; no Riozinho do Rôla, 39,2mm e em Xapuri, 64,6mm.

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Mais de 1,3 mil famílias, um total de cinco mil pessoas, estavam desabrigadas até a tarde deste sábado. Porém, essa quantidade aumenta a cada hora. Para se ter uma ideia, o número de desabrigados aumentou tanto que no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, primeiro abrigo disponibilizado pela prefeitura para amparar as famílias, não há mais espaço. Por causa disso, a prefeitura providenciou a instalação de outros dois abrigos, um no Sest/Senat, na rodovia AC-40, onde foram construídos 170 boxes, e outro no Sesc Bosque.


A água subiu tanto que locais históricos e bastante frequentados como o Calçadão da Gameleira e o Cine Teatro Recreio foram afetados.


24 bairros da capital estão debaixo d’água. Os mais afetados são: Airton Sena, Adalberto Aragão, Areal, Baixada Habitasa, Cadeia Velha, Seis de Agosto, Palheiral, São Francisco, Sobral, Taquari, Triângulo, Santa Terezinha, Quinze, Sapolândia, Barro Vermelho, Boa União, Comara, e Tropical.


Prejuízos na produção chegam a quase um milhão


Os prejuízos na produção rural por causa da enchente chegam a quase um milhão de reais. Os dados são da Secretaria Municipal de Agricultura. Porém os números aumentam à medida em que as águas do rio vão subindo e afetado mais plantações.


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Ao todo, 67 famílias produtoras rurais moradoras às margens do rio Acre foram atingidas. Algumas delas estão desabrigadas por causa da cheia. Propriedades considerados de grande e média produção dos projetos de assentamento Catuaba, Liberdade, Colibri e Belo Jardim são as que mais sofrem com a enchente.


O rio já alagou, pelo menos, 39 hectares de mandioca e 38 de banana. A perda é sentida nas feiras comunitárias dos bairros. No meio da água, os produtores tentam salvar suas plantações para que o prejuízo seja amenizado.


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