O presidente da Assembléia de Deus em Rio Branco do 1º Distrito, pastor Luiz Gonzaga, anunciou oficialmente durante reunião com cerca de 500 líderes assembleianos, o chamado corpo ministerial, no templo sede da igreja, na noite desta segunda-feira, que não apóia mais o projeto político da Frente Popular do Acre. Luiz Gonzaga, que durante os 16 anos do PT no comando do Palácio Rio Branco fez campanha e vestiu a camisa governista, comunicou sua saída do projeto por meio de carta enviada ao governador Sebastião Viana no mês de janeiro, mas só agora resolveu abrir o jogo aos seus obreiros. “Vou ficar neutro”, disse o pastor aos comandados na reunião desta segunda-feira.
Luiz Gonzaga não teria nenhum motivo aparente para abandonar o projeto governista. Nas eleições passadas conseguiu emplacar o também pastor Davi Santiago, do PSB, na suplência da candidata derrotada ao Senado, Perpétua Almeida (PC do B), e, além disso, sempre gozou do respeito dos irmão Viana, com trânsito livre nos corredores do Palácio. Faz parte do primeiro escalão dos líderes evangélicos do Acre ao lado de pastores como o presidente da Igreja Batista do Bosque, Agostinho Gonçalves, e a apóstola Dayse Costa, da igreja Renovada.
Por outro lado, Luiz Gonzaga vinha colecionando derrotas nas últimas eleições no comando do projeto político da Assembléia de Deus, o que gerou enorme desgaste a sua liderança. Em 2012, não conseguiu eleger seu filho Marcos Lima, que se candidatara a vereador, e nas eleições do ano passado sofreu dois revés no mesmo pleito: as derrotas do então candidato a deputado estadual Gilberto Cabral e do pastor Davi Santiago, que foi suplente da comunista Perpétua Almeida.
O teor da carta não foi informado. Mas o que se sabe é que Luiz Gonzaga não quer ouvir falar de política na igreja tão cedo. Pelo menos por enquanto.
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