A Justiça Eleitoral deveria estabelecer pelo menos uma pergunta para os “políticos” que almejam uma cadeira no Poder Legislativo: você sabe qual a função de um parlamentar? Os aventureiros da vida pública se candidatam atraídos pelo gordo salário, outros vislumbram vantagens na máquina pública, mas 90% não sabe sequer a importância do cargo no contexto social.
Nos últimos dias, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a correria de deputados novatos e de seus assessores no setor de projetos da Casa, tem sido grande. Eles não sabem a diferente de uma indicação para um requerimento, não conhecem o regimentos interno do poder, nem contrataram assessores técnicos. A maioria promoveu cabos eleitorais a cargos que exigem conhecimento técnico.
Quem perde mais uma vez com a baixa qualidade do parlamento é a população. Apesar de alguns deputados possuírem nível superior e, em alguns casos, pós-graduação, tudo indica que a atual legislatura será uma das mais fracas de todos os tempos, repetindo erros como os que aconteceram na legislatura passada, quando deputados votaram, muitas vezes, em projetos sem ter lido.
Na passagem do deputado Elson Santiago pela presidência da Aleac, ele contratou uma cantora e um maestro para ensinar funcionários a cantar. Quem sabe o atual presidente, o petista Ney Amorim também possa contribuir com um projeto que crie uma escola para ensinar os novos deputados a legislar. O projeto poderia levar o nome de “A Escolinha do Professor Amorim”.
PT continua sofrendo derrotas na Câmara
A derrota na eleição da presidência da Câmara dos Deputados, em Brasília, foi apenas o começo de uma verdadeira via-crúcis do PT no Congresso Nacional. Os petistas voltaram a ser derrotados em votações nas comissões. Apesar de a Proposta de Emenda à Constituição, que propõe a reforma política ter sido apresentar por um petista, o partido votou contra o requerimento.
O requerimento de admissibilidade da PEC da reforma política, de autoria do deputado Cândido Vaccarezza (PT) foi aprovado na votação em bloco. Durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff, se mostrou favorável à reforma política, mas a orientação que os deputados de PT, PCdoB e PSOL receberam foi para votar contra, evidenciando que o PT não tem interesse na reforma.
Quem comemorou os resultados das derrotas petistas na Câmara, foi o deputado Major Rocha. O tucano disse que se lembrou das diversas vezes que foi atropelado na Aleac, mesmo agindo com base no regimento interno da Casa. “Aqui a coisa é bem diferente, não estou sozinho, o bloco de oposição é forte, os deputados são qualificados e prontos para o embate”.
Sinhasique entrou na onda de Dilma
Escolhida para falar pelos demais colegas do bloco de oposição, a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) fez muita gente se lembrar do último discurso da presidente Dilma Rousseff, onde a petista dizia que prometeu, mas não prometeu. A deputada estreante disse que não estava na Aleac, “porque sonhou ser deputada ou quis ser político”. Será que alguém obrigou a peemedebista e se filiar num partido, registrar a candidatura e pedir votos aos eleitores do Acre?
