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Na política do Acre quem muda muito de lado acaba pegando a balsa

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Às vésperas da posse dos novos deputados da ALEAC uma lição importante deixada pela legislatura passada. Os deputados que ouviram o “canto da sereia” depois de se elegerem pela oposição e se bandearam para o lado governista acabaram na água. O exemplo mais notável foi do PEN. Partido criado, em 2012, que serviu de trampolim para vários oposicionistas irem para a FPA. O PEN acabou ficando com a maior bancada da ALEAC, com seis parlamentares, mas nenhum deles conseguiu retornar à Casa nas eleições de 2014. O presidente, deputado Élson Santiago (PEN), era do PP que foi para a oposição com o então deputado federal Gladson Cameli (PP). Santiago que estava no seu sétimo mandato preferiu ficar na FPA e perdeu a reeleição. Jamyl Asfury (PEN), ex-DEM, foi outro que mudou de lado e se tornou um dos maiores defensores do governador Tião Viana (PT), mas não teve sorte na eleição. Já Denilson Segóvia (PEN) se elegeu com o apoio da deputada federal Antônia Lúcia (PSC). Logo mudou o seu rumo político e, agora, voltará para a Igreja Evangélica da qual é pastor. Astério Moreira (PEN) e Lira Moraes (PEN) saíram do pequeno PRP e da oposição. Astério teve uma votação muito pequena na últimas eleições depois de ser líder do Governo na ALEAC e, Lira nem concorreu à reeleição.


Outros troca-trocas infelizes
Mas não foi só para o PEN que houveram debandadas. Chico Viga (PTB) saiu do PT e foi para o PSD do senador Petecão (PSD). Resolveu voltar para a FPA através do PTB e, depois de cinco mandatos perdeu a eleição.

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Mais uma bola fora
O mesmo caso de Marileide Serafim (PSL) que se elegeu pela oposição. Ela saiu do PSD, para integrar a bancada governista. Agora, luta por uma nomeação funcional na gestão estadual da FPA. E perdeu o apoio político do próprio irmão, o ex-deputado Mazinho Serafim (PMDB).


Café amargo
O governador Tião Viana cumprindo o seu papel político natural vai tentar atrair mais deputados de oposição da legislatura que assume neste domingo, dia 1, para a sua base. Mas a história mostra que as vantagens conseguidas pelos parlamentares poderá significar também o fim das suas carreiras políticas.


As futuras rotas de fuga


Para fugir da questão da fidelidade partidária quem se elege por uma determinada sigla só pode mudar para outra recém criada. No Acre, está em formação o PSN (Partido da Solidariedade Nacional) que deverá estar regularizado até 2016 e pode ser uma opção para a ida à FPA.


Outra opção
Apesar de no plano nacional a Rede de Marina Silva (Rede) ser de oposição dificilmente terá o mesmo destino no Acre. Quando se regularizar também poderá ser uma opção para os “fujões” da oposição.


Maldade com “Chaguinha”
O deputado estadual Chagas Romão (PMDB) andava contrariado esses dias. Foi ao café da manhã oferecido pelo governador a todos os deputados. Mas a sua foto abraçando Tião Viana foi destaque na imprensa. “Nunca vou a esse tipo de evento e sempre fui de oposição. A foto ficou parecendo que quero mudar de lado o que não é verdade,” reclamava.


Dia do Fico
Quem também já avisou que vai permanecer na bancada de oposição é o deputado estadual Nelson Sales (PV). Ele disse numa reunião aos colegas parlamentares que a sua base eleitoral em Sena Madureira não aprovaria a sua mudança.


Verdes confusos
A ida do PV para a oposição, em 2014, criou uma verdadeira confusão. Uma parte do partido voltou para a FPA e uma outra quer resistir na oposição. Nesse caso é preciso aguardar o desfecho. Mas Nelson Sales, o único detentor de mandato do PV acreano, não esconde o seu desejo de seguir na oposição.


Bom de discurso
Recebi um email de um assessor do deputado estadual Gehlen Diniz (PP). Ele avisa que o ex-vereador de Sena Madureira gosta de discursar e deverá ser uma das vozes ativas da oposição na ALEAC. Gehlen tem boa formação universitária.


Mais do que Zen
Se a FPA terá a liderança de um deputado Zen (PT), a oposição, terá o místico Luiz Gonzaga (PSDB) para contrapor. Gonzaguinha é sócio da União do Vegetal e também viaja várias vezes por ano à Índia para meditar com o seu guru espiritual.


A bênção de Flaviano
O ministro da Pesca, Helder Barbalho, que é do PMDB, esteve esses dias no Acre. Anunciou grandes investimentos em parceria com o Governo do Estado. Mas na véspera da viagem Helder se encontrou em Brasília por mais de uma hora com o deputado federal Flaviano Melo (PMDB). Deu satisfações ao cacique peemedebista acreano das razões da sua missão por aqui.


Água e óleo
Parece que não tem jeito mesmo. Por mais que o PMDB, no plano nacional, seja o aliado número 1 do PT aqui no Acre a união entre as legendas é impossível. O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), é um dos maiores desafetos da gestão estadual petista. A deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) deverá ser uma das líderes da oposição na ALEAC. Por outro lado, ainda que haja respeito, os petistas torcem o nariz ao se falar no nome do deputado federal Flaviano Melo. Apesar de comandar seis ministérios em Brasília e ter o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), a direção nacional peemedebista já se conformou com a rebeldia do partido no Acre. Velhas disputas eleitorais não foram superadas e nunca houve uma tentativa real de reaproximação do PT com o PMDB. E assim a vida política no Acre segue normalmente com cada um dos partidos cumprindo o seu papel, na situação e na oposição, junto à sociedade.


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