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População do Acre joga fora 55,9% da água tratada pelo governo, diz estudo do SNIS

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A população acreana desperdiçou 55,9% de toda a água tratada, segundo relatório do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), departamento que integra o Ministério das Cidades. Os números fazem referencia aos dados recebidos em 2013 e é o estudo mais recente sobre o assunto. O tema é polemico e vem à tona durante a crise no abastecimento d’água dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.


Segundo apurado pelo ac24horas junto ao sistema, a média do Acre ultrapassa a média de desperdício de todo o país, que ficou em 37%. De modo geral, o estudo identificou que as regiões Norte e Nordeste possuem porcentagem que ultrapassa a média nacional: 50,8% e 45%, respectivamente. Em seguida estão as regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com 35,1%, 33,4%, 33,4%, em ordem.

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Somente no Norte, o Acre é o terceiro que mais desperdiça água tratada. Em primeiro lugar está o Amapá (76,5%), em seguida Roraima (59,7%), na sequencia o Acre (55,9%), acompanhado dos estados de Rondônia, Pará, Amazonas e Tocantins, ambos com 52,8%, 48,9%, 47,0% e 34,3%, respectivamente.


Entre 2004 e2012, o desperdício medido pelo SNIS, da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, caiu de 45,6% para 36,94%. A taxa, preocupante, poderia ser ainda maior segundo especialistas da área. Pela falta de equipamentos e metodologias adequadas de macromedição e micromedição, as empresas acabam calculando indicadores distorcidos, alegam pesquisadores.


O fato é que atrelada a uma gestão eficiente, há várias formas de se combater as perdas que ocorrem nas tubulações. Os desperdícios decorrem de perdas reais (físicas) ou aparentes. As reais são caracterizadas pelos vazamentos em tubulações da rede de distribuição, provocadas geralmente pelo excesso de pressão em sistemas com grande variação topográfica.


Os vazamentos também estão associados à qualidade dos materiais utilizados nas redes de distribuição, à idade das tubulações, à qualidade da mão de obra, entre outros fatores. Além disso, essas perdas ocorrem nos ramais das ligações prediais, nos extravasamentos de reservatórios e nas operações de descargas das redes de distribuição, assim como na limpeza de reservatórios dos prestadores de serviços.


Já as perdas aparentes, por sua vez, são referentes aos volumes de água efetivamente consumidos pelos usuários, mas que, devido a uma série de fatores, não puderam ser contabilizados e faturados pelo prestador de serviço, como submedição nos hidrômetros dos volumes consumidos, erros de leitura e também por fraudes nas ligações de água.


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