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Sipam afasta possibilidade de super cheia do Madeira, mas governo do Acre prepara plano de contingência

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O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Porto Velho (RO) informou que a previsão é de que o rio Madeira alcance no máximo 16,20 metros, na capital rondoniense, no período normal de cheia entre dezembro deste ano e fevereiro de 2015. A informação foi dada nesta quarta-feira na sede do órgão, em Porto Velho, em reunião com a presença da Defesa Civil e empresários do Acre. A cota deve ficar acima da média, mas dentro da normalidade, informou o meteorologista Luiz Alves.

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Por outro lado, o volume de chuvas no Acre e Rondônia nos próximos três meses deve ser mais intenso por causa de fenômenos relacionados ao aquecimento no Oceano Pacífico Sul e Atlântico Sul, além da situação de neutralidade nas águas do Oceano Pacífico Equatorial, o que deve ocasionar intensidade maior de chuvas na bacia do Rio Madeira e afluentes, causando a cheia.


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As águas na região do Pacífico Equatorial manterão o padrão de aquecimento nas regiões de Niño, alternando a circulação atmosférica e modulando o clima na Amazônia com impactos previsto, de antemão, até fevereiro de 2015. Isso resultará em chuvas acima dos padrões nas regiões oeste e centro-oeste de Rondônia, no Amazonas e Acre.


Mas o impacto maior do volume de chuvas deve ser sentido no Acre, segundo o Sipam, pelo tamanho das bacias dos rios acreanos.


“Uma precipitação no rio Beni, na Bolívia, que o maior tributário do Madeira, é sentida aqui (Porto Velho) em até duas semanas. No Acre, uma chuva no rio Acre, na fronteira com o Peru, é sentida em Rio Branco em três”, informou o meteorologista.


No caso do Acre, a conjunção do bloqueio atmosférico e o fenômeno el niño pode resultar em grandes cheias nos principais rio acreanos: os rios Acre, Juruá e Purus.


O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Gondim, disse que as previsões em relação ao Madeira são positivas, mas apesar disso o governo do Acre se prepara para montar um plano de contigencia para se antecipar a qualquer eventualidade ou possível novo desastre natural.


Os empresários, grandes prejudicados com a cheia histórica do Madeira, saíram felizes do encontro. A presidente do Sindicato dos Transportes e Logística do Acre, Nazaré Cunha, proprietária da Roda Viva, empresa que teve prejuízos acima dos R$ 20 milhões por causa da enchente na BR-364, disse que “informações meteorológicas trazem alívio ao empresariado acreano”.


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O presidente da Acisa -Associação Comercial do Acre, Jurilande Aragão, ressaltou que as informações técnicas e científicas “são positivas para a economia acreana que sofreu uma enorme crise durante a cheia. A priori as informações são animadoras”, destacou.

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Uma nova reunião sobre o tema com representantes do Sipam, empresários acreanos e membros do governo do Acre, está marcada para o dia 06 de janeiro, dessa vez em Rio Branco.


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