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“Guerra” entre redes de TV pode prejudicar eleitos do PRB

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O derrame de carteiras de pescadores profissionais no Acre investigado pela Polícia Federal acabou desencadeando uma reação inesperada. Como o PRB tem ligações com a Igreja Universal e a Rede Record o “caso” despertou a atenção da concorrente Rede Globo. Nesta terça, 25, à noite, enquanto o Jornal da Record detonava o senador Sérgio Petecão (PSD), o Jornal Nacional, exibia matéria sobre a distribuição exagerada das carteiras no Acre e no Maranhão. O motivo da matéria sobre Petecão parece ser o fato de que supostamente ele teria interesse na cassação do deputado federal eleito Alan Rick (PRB). Foram recordados assuntos requentados ainda referentes às eleições de 2010. Portanto, o assunto das carteiras dificilmente caíra no esquecimento. As duas redes televisas vão se fustigar. Além disso, num momento delicado para a democracia brasileira em que o tema da corrupção ocupa as principais manchetes da mídia, o caso das carteiras, é um prato cheio. Como o PRB perdeu a eleição ao governo do Rio de Janeiro com a sua principal estrela política, o ex-senador Marcelo Crivela (PRB), as coisas ficaram ainda mais delicadas para o partido. Diante desse quadro o relatório que a PF vai apresentar sobre o “caso” terá grande interesse da mídia nacional. E se tiver “sujeira” vai ser difícil jogar para debaixo do tapete.

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Advogada do diabo


Outro problema para o PRB é que a presidente Dilma (PT) poderá lavar as mãos. Na sua luta pela governabilidade pode transformar uma possível punição do “caso” com um exemplo do seu governo contra a corrupção. Portanto, a situação não é tão simples e inofensiva como alguns membros do PRB acreano querem fazer crer.


Beleza não se põe na mesa


Assistir a uma sessão da ALEAC nesse fim de legislatura é engraçado. Nesta quarta, 26, quem presidia os trabalhos era o deputado Chico Viga (PTB), pouco afeito a discursos. O deputado Valter Prado (PROS) terminou o seu pronunciamento, olhou para o “presidente” na mesa e tascou: “Deputado Chico Viga você é um belo presidente”.


Ainda não é o fim


Conversei com Valter sobre o seu futuro. Ele deixou claro que não vai pendurar a chuteira na política. Quer iniciar uma articulação em Tarauacá para a disputa da prefeitura. Deseja ser o candidato em 2016. Mas aceita outro nome, se for mais conveniente.


Objetivo comum


Valter acha que a “esquerda” já governou tempo demais o município. Por isso, quer formar uma coligação de centro direita. Mas o deputado só se esquece que na real as duas mais recentes gestões de Tarauacá, Vando Torquato (PP) e Marilete Vitorino (PSD) eram de direita.


Não é fácil


O atual prefeito Rodrigo Damasceno (PT) tem apoio forte das principais lideranças da FPA. Ele se fortaleceu ainda mais durante as eleições. O governador Tião Viana (PT) e a candidata ao Senado Perpétua Almeida (PC do B) foram vitoriosos no município.

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Dormindo com o “inimigo”


O único fator que poderá prejudicar o jovem prefeito será um racha com o “aliado” PC do B. Todo mundo sabe que em Tarauacá PT e PC do B têm um casamento de conveniência. Se, por exemplo, Moisés Diniz (PC do B) tiver pretensões políticas no município, em 2016, a confusão estará armada.


A hora da reconstrução


Só um palpite de analista político. Se o PC do B quiser voltar ao topo da política acreana terá que mudar a sua postura. Os anos próximos ao poder desvirtuaram a origem socialista do partido. Se retomar a ideologia original poderá ter sucesso.


Ou isso ou aquilo


O PC do B precisa se decidir se quer os empregos dentro do Governo ou voltar a fazer política de “esquerda”. Os recentes resultados eleitorais dos comunistas em eleições majoritárias no Acre mostraram que esse meio de caminho não dá em nada.


Mágoas de campanha


O deputado estadual reeleito Manoel Moraes (PSB) não ficou muito satisfeito com as posturas do deputado federal eleito César Messias (PSB) durante a campanha. Segundo Moraes, César apoiou prioritariamente o Doutor Julinho (PSB) e candidatos a estaduais de outros partidos, como Josa da Farmácia (PTN).


Mais um


Manoel Moraes acha que se a postura de Messias tivesse sido diferente o PSB teria eleito dois estaduais. Mas por outro lado, esses resquícios da disputa podem já ter sido superados. Moraes afirma que já conversou com Messias.


Novo sonho


O deputado estadual socialista é um dos possíveis nomes para ocupar a primeira secretaria da ALEAC. Mas terá que enfrentar as pretensões também da deputada Maria Antônia (PROS). Que por sinal é amiga e aliada de César Messias.


Quinari em foco


O ex-deputado estadual Zé Carlos (Solidariedade) anda animado com a política. Pretende trocar de partido. Vai para um da FPA. Na sequencia quer o apoio para disputar a prefeitura de Senador Guiomard, em 2016, com o apoio dos caciques que governam o Acre há 16 anos.


Missão “quase” impossível


O atual prefeito James Gomes (PSDB) não poderá ser mais candidato. Mas vai indicar “alguém” que sairá como favorito. James faz política o tempo todo. Além disso, terá importantes apoios da oposição já que a sua esposa é suplente do senador eleito Gladson Cameli (PP).


Lembranças na poeira


Conversava com um deputado na ALEAC que me dizia que qualquer composição para disputar o Governo em 2018 terá que ter o nome do Bocalom (DEM). A alegação é que Bocalom fez uma excelente gestão em Acrelândia. Mas isso já tem quase 20 anos. Será que Bocalom ainda lembra?


Desgastados


Na minha opinião, Bocalom e Márcio Bittar (PSDB) já cumpriram os seus papéis nas disputas majoritárias. Se quiserem poderão pretender cargos proporcionais. Mas se forem pra cabeça de chapa novamente o resultado eleitoral o povo do Acre já conhecerá por antecedência.


Falta estratégia


Se Bocalom e Henrique Afonso (PV) tivessem disputado, em 2014, para deputados federais a oposição teria em mãos seis cadeiras. Mesmo perdendo o Governo estariam numa situação política mais interessante do que a atual.


Avaliação de quem manda


Ouvi de uma fonte no Governo a seguinte frase que ilustra o critério para a escolha de novos secretários. “Quem teve muitos recursos e produziu pouco é porque não tem condições. Bom é quem produziu muito com poucos recursos”.


Funcionários preocupados


Depois que publiquei uma nota sobre a eleição para superintendente e outras diretorias do SEBRAE, agora, em dezembro, recebi vários e-mails. Na realidade, o desejo da maioria dos funcionários é que os cargos sejam ocupados por colegas de carreira da instituição. Internamente não são vistas com bons olhos as indicações políticas. Mas é como diz o ditado do velho filósofo chinês: manda quem pode e obedece quem tem juízo.


 


 


 


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