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Os ungidos de Sebastião

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O governador Sebastião Viana entrou de férias com sua lista de novos secretários quase pronta, faltando apenas alguns detalhes. O assunto tem sido tratado das portas palacianas para dentro entre o próprio governo e uma meia dúzia da alta cúpula, mas as especulações circulando nas rodas políticas e nos corredores das secretarias despertam o  interesse de servidores e. principalmente,  dos comissionados.


Entre os nomes sondados, cotados e comentados há políticos, técnicos, representante de entidade, indicados de pastores de igrejas evangélicas, além dos pertencentes da tal cota partidária que se apresentam na mesa de negociações e ainda, é claro, os amigos de Sebastião. Esses, aliás, são os únicos que jamais ficarão de fora do seu novo governo.

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Uma coisa é certa: Viana pretende dar um cunho mais técnico  ao primeiro escalão nestes próximos dois anos e meio  [ele deve renunciar para concorrer a uma cadeira no senado] , sem no entanto perder a capacidade de humanização e política. Fica evidente, por exemplo, pelo nome cotado para assumir a Secretaria de Saúde, o procurador Armando Melo, atual secretário de Administração, tido pelo médico Sebastião Viana como o nome perfeito para abrir portas, humanizar e desburocratizar o setor considerado a menina dos olhos e, ao mesmo tempo, o Calcanhar de Aquiles do governo.


Suely Melo, atual titular da saúde deve deixar o cargo. E não é a pedido de Sebastião. Ao contrário. Suely Melo é de extrema confiança do governador e só vai se despedir da Saúde, ironicamente, por questões de saúde. Melo, entretanto, não perderá seus poderes. Ela, segundo comenta-se, continuará próxima ao governador como assessora especial na Casa Civil.


Segundo contam os fofoqueiros da Casa Civil, as mudanças continuarão na saúde. Carlos Eduardo deve deixar o Hospital das Clinicas do Acre e dar espaço ao médico Yotaro Suzuki. Irmã Nair deve assumir a direção do Huerb. Cogita-se que o médico Jakson Ramos, detentor de mais de 5 mil votos na disputa de uma das cadeiras da Aleac em 2014 [mas não eleito] também deva ser aproveitado em alguma das áreas da saúde.


A Administração voltaria a ser comandada por Flora Valadares, mulher de confiança de Sebastião, que chefiou a pasta no atual governo e na administração de Binho Marques. Ela, que hoje é secretária de Fazenda, pode ser substituída por Tinel Mansour ou até Mancio Lima Cordeiro, “o Curinga” da FPA nos últimos 15 anos. Mas ouve-se também nos corredores do poder que o ex-deputado Geraldo Maia pode ser guindado ao cargo por três bons motivos: competência, lealdade e por ser cunhado de Raimundo Angelim, ex-prefeito da capital e atual deputado federal.


Na Segurança, Reny Graebner, servidor de carreira da Polícia Federal, deve deixar o cargo. Ele já teria comunicado ao governador que pretende retornar ao seu estado Santa Catarina para cuidar de sua mãe que não estaria bem de saúde. No lugar de Graebner cogita-se o nome do procurador Roberto Ferreira da Silva [ex-comandante da PMAC], que atualmente representa a PGE em Brasília. Porém, Ferreira teria dado entrada na aposentadoria. Possivelmente, não estaria disposto a assumir a Segurança. Mas “Coronel Roberto”, como também é conhecido, ainda não teria dado resposta ao governador. Outro nome comentado para a pasta que atualmente é ocupada por Reny é o do atual secretário de Polícia Civil, Emilson Farias, que também pode permanecer no setor que hoje comanda.


O assessor especial Fernando Melo, que voltou ao governo no ano passado, após ter feito parte da oposição, deve continuar na janela do bonde de Sebastião. O advogado e ex deputado federal, que é da cota do Prós, seria opção que corre por fora e com poucas chances de voltar a ocupar o cargo de secretário de segurança, que exerceu no governo de Jorge Viana.


No tripé da Segurança, o comando da Polícia Militar é outro cobiçado posto. O coronel José Anastácio, amigo e irmão em Cristo de Sebastião Viana só não fica no cargo se não quiser. Ele deve continuar comandando a corporação.


ABRE ABRE ABRE


Perdendo força e rebaixado


O ex-todo poderoso Edvaldo Magalhães, que durante quatro anos coordenou um super orçamento na Secretaria de Indústria e Comércio, deve ir para o “modesto” Depasa, o Departamento de Pavimentação e Saneamento, hoje chefiado pelo também comunista Felismar Mesquita. O órgão foi criado no começo da atual gestão para executar o Ruas do Povo, programa que tinha como meta pavimentar com tijolo ou asfalto todas as ruas do Acre até o final deste ano, meta impossível de ser cumprida até o dia 31 de dezembro de 2014.


Já Felismar Mesquita, com experiência acumulada na Administração Penitenciária, deve voltar a comandar o Iapen.


Envolvido no G7 pode ser anunciado


Outro nome bastante comentado nas rodas políticas é o de Gildo César, que estaria retornando ao governo, oficialmente, dessa vez para comandar o Deracre. Não há nada confirmando sobre a indicação, apesar de ser o sonho de Sebastião tê-lo novamente ao seu lado. Ocorre que o próprio Gildo recusa-se a aceitar o convite ainda traumatizado com a Operação G7, que o levou a cadeia com secretários e empreiteiros em maio do ano passado. Para o governador, a G7 é uma farsa que começou a ser montada numa pizzaria da cidade e seus aliados são inocentes incapazes de roubar uma agulha e por isso ele está disposto a pagar o preço diante da opinião pública para ter alguns dos acusados de participação no escândalo ao seu lado.


É cotado para assumir a pasta da Produção do Estado, a Secretaria de Agricultura e Pecuária [Seaprof], José Carlos dos Reis, candidato a deputado estadual derrotado nas eleições e ex-secretário de Pequenos Negócios. Reis é indicação do próprio governador.

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O intocável mentor de Sebastião Viana, José Fernandes do Rêgo, Professor Rêgo, continua secretário de Articulação Institucional. Ainda no grupo dos intocáveis, que podem até mudar de função, mas que continuam com poderes de mando dentro do governo, estão: Márcia Regina, chefe da Casa Civil, uma espécie de mandachuva do governo; Dudé Lima, assessor especial e coordenador de eventos; Lúcio Rosas, assessor especial, um faz tudo para Sebastião; Leonildo Rosas, que apesar da enorme rejeição que possui em todos os setores do governo, deve continuar como secretário de Comunicação, porém agora mais próximo do governador, inclusive como uma espécie de interlocutor político; Andréa Zílio, assessora de Imprensa e secretária adjunta de Comunicação; Carlos Rebelo, assessor especial, outro inseparável de Viana, e Ocírodo Junior, o Zabumba, que tem futuro indefinido no Deracre, mas não terá seu tamanho diminuído no segundo governo de seu chefe Sebastião Viana.


Como em time que está ganhando não se mexe, Sawana Carvalho deve continuar no comando do Detran. A atuação dela no Departamento Estadual de Trânsito agrada Sebastião.


É cotado para assumir a Secretaria Estadual de Educação, que hoje é comandada por Marco Brandão, o atual secretário adjunto José Alberto Nunes, o Xaxá. Já na Secretaria de Esportes, Petronilo Lopes, o Pelezinho, deve dar lugar a Afonso Alves.


No Planejamento permanece Márcio Veríssimo, e nos Pequenos Negócios dois nomes são cotados: o da atual secretária Silvia Helena e o do líder comunitário Gilson Albuquerque.


Para dirigir a PGE, órgão que vem ganhando cada vez mais influência política nos governos da FPA, o jovem procurador Cristovam Moura aparece como o favorito para suceder ao atual procurador-geral Rodrigo Neves, que optou por não continuar no cargo. Moura vem dos movimentos classistas e é ligado à vice-governadora eleita, Nazaré Araújo, a quem caberá indicar o novo ungido de Sebastião.


Na secretaria da Habitação, conhecida pelo grande rodízio de Gestores, Rostênio Sousa deve continuar no cargo pelo fortalecimento político que seus padrinhos (César Messias e Lourival Marques) tiveram nas últimas eleições.


Sobre a Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), a atual gestora Concita Maia grita ao quatro cantos que continuará na pasta, mas existe um movimento interno que se mobiliza para destroná-la. Corre nos corredores da Casa Civil que na próxima gestão a secretaria poderá deixar de existir, mas isso dependerá de alguns acordos que serão selados no primeiro semestre de 2015.


Recompensa para os aliados, nanicos, rebeldes da oposição e reprovados nas urnas


Na nova composição governamental, Sebastião Viana não esquece seus aliados políticos. Na primeira lista dos possíveis contemplados aparecem os deputados derrotados nas últimas eleições Jamyl Asfury e Astério Moreira, ambos do PEN. Os dois, que mais do que ninguém, defenderam o atual governo na Assembleia Legislativa do Acre, serão recompensados na próxima composição administrativa do governo no primeiro escalão. Astério, possivelmente, no Turismo, no lugar que hoje é ocupado por Rachel Moreira, sua irmã, e Jamyl Asfury na Secretaria de Desenvolvimento Social. Mas Sebastião Viana estaria disposto a ajudar Jamyl a assumir como suplente de deputado uma vaga na Aleac, o que depende da disposição de um dos deputados eleitos por PT ou Prós. Em jogo estaria a Secretaria de Indústria e Comércio. O governador teria convidado a deputada Maria Antônia, mas ela teria se recusado a deixar a Aleac para assumir a pasta.


Com a cama grande e o cobertor curto para acomodar todos os seus antigos e novos aliados, incluindo os partidos nanicos e aqueles que no segundo turno deixaram a oposição para se aliar ao PT, Sebastião Viana pretende criar novos setores. Fala-se em duas novas secretarias para acomodar os velhos e novos apadrinhados, como o ex-líder Moisés Diniz (PCdoB).


Enquanto não sai nenhuma decisão e ninguém sabe quem será quem no novo quadro, a preocupação nas secretarias entre os comissionados nas secretarias é grande e beira à paranoia.


A expectativa é que o governador anuncie a equipe no dia 15 de dezembro. Mas para quem balançou o pau da bandeira vermelha, pode ficar tranquilo, pois Sebastião terá mais de 3 mil cargos a indicar.


NOTA DO EDITOR – AS ESPECULAÇÕES FORAM FEITAS EM CIMA DE COMENTÁRIOS DE BASTIDORES E OS POSSÍVEIS INDICADOS NESTA REPORTAGEM NÃO FORAM CONFIRMADOS PELA ASSESSORIA DO GOVERNADOR SEBASTIÃO VIANA.


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