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Infectologista alerta para entrada do ebola pelo Acre; Min. da Saúde nega

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O caso que pautou discursos na Assembleia Legislativa essa semana, a possível entrada do vírus ebola pelas fronteiras do estado do Acre, abriu um amplo debate entre o Ministério da Saúde, infectologistas e o Ministério da Justiça.


Em setembro, o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que não enxergava o Acre como uma possível porta de entrada do vírus ebola no país com o argumento de que o tempo de viagem de um africano até a fronteira, nos municípios de Assis Brasil e Brasileia é superior ao período de incubação da doença, que é de 21 dias.

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Em matéria veiculada no Jornal do Brasil neste domingo, o infectologista Edmilson Migowski, discordou da posição do ministro e fez um alerta ao afirmar que esse risco está relacionado ao tempo de travessia que pode ser inferior aos 21 dias como é o caso que culminou na entrada do vírus do ebola nos Estados Unidos.


“No período de incubação da doença, a pessoa consegue sim fazer a travessia ilegalmente de um país para o outro. A pessoa pega o vírus e só vai manifestar até 21 dias depois. Nesse período de incubação, o paciente está saudável e com todo vigor físico”, disse.


Migowski continuou alertando que a pessoa contaminada pode manifestar a febre hemorrágica oriunda do ebola no meio da travessia e contaminar outras pessoas que só vão se manifestar quando estiverem no Brasil.


“Se a pessoa se contamina, por exemplo, em um navio, ela só vai manifestar os efeitos do vírus mais de dez dias depois. As pessoas chegam aparentemente saudáveis e depois de um tempo é que vão ficar doentes, podendo então transmitir a doença”, alerta.


O infectologista ressalta que os problemas médicos relativos a pouca fiscalização das fronteiras é muito anterior ao medo da entrada de ebola e faz um apelo para as autoridades brasileiras reforçarem as fronteiras.


“A fragilidade da fronteira já é algo que compromete a saúde brasileira há muito tempo. Não sei se agora por conta do ebola vai começar a melhorar, mas eu gostaria que isso acontecesse”, denuncia.


PROVIDÊNCIAS – O Ministério da Saúde não confirmou se enviou equipe para ficar na fronteira do estado com o Peru, como foi solicitado em agosto pelo secretário de direitos humanos, Nilson Mourão. Informou apenas o envio de 14 kits com equipamentos de segurança específicos para o transporte de possíveis infectados pela doença. Uma parte desse material foi encaminhada para Rio Branco e outra foi para os municípios de Assis Brasil e Brasiléia, por fazerem fronteira com a Bolívia e o Peru.


NÚMEROS DE IMIGRANTES – De acordo com o Ministério da Justiça, o número referente a imigrantes no com Registro Nacional de Estrangeiros ativo na base da Polícia Federal é de que estão ativos no Brasil hoje 79 pessoas da Guiné, 45 de Serra Leoa e 66 da Libéria.


 


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