Todo mundo já notou o silêncio e a falta de manifestações dos eleitores acreanos na disputa governamental de 2014. Ninguém declara voto. A não ser os militantes evidentemente. Quando a gente indaga as pessoas sobre em quem vão votar para o Governo as respostas são evasivas. A verdade é que nenhum dos quatro candidatos empolgou. Por isso, fica muito difícil avaliar se realmente vai acontecer o segundo turno. Se por um lado o comodismo pode, num primeiro momento, facilitar para as coisas continuarem do jeito que estão, por outro, o silêncio poderá provocar uma surpresa quando abrirem as urnas. O fato é que o maior adversário da FPA são os votos contra o “projeto”. Parte da população deseja mudança, o que é natural depois de 16 anos de gestões da FPA. Mas se esse desejo é realmente da maioria e irá se consolidar nas urnas nem a Mãe Dinah sabe.
Mais uma chance de empolgar
A TV Gazeta fará o seu debate entre candidatos ao Governo no próximo dia 29, segunda-feira. Outra oportunidade para Tião Viana (PT), Bocalom (DEM), Márcio Bittar (PSDB) e Antônio Rocha (PSOL) consolidarem os seus votos.
A última chance
Como já é tradição a TV Acre deverá fazer o último debate antes da votação. O embate entre os candidatos ao Governo deve acontecer na quinta-feira, dia 1 de outubro. Nessa data a Rede Globo costuma fazer debates em todas as capitais do país.
O Senado é outra história
Já essa postura dos eleitores não se repete em relação a vaga acreana ao Senado. A escolha, sobretudo, entre Perpétua Almeida (PC do B) e Gladson Cameli (PP) tem sido explícita. Ninguém está escondendo o voto.
Disputa com “novidades”
Acho que os candidatos ao Senado trouxeram novidades. Gladson Cameli, Perpétua Almeida, Roberto Duarte (PMN) e o professor Fortunato (PSOL) nunca tinham sido candidatos majoritários. A eleição acabou sendo mais atrativa para o eleitor.
Os vices e o destino
Também as candidaturas a vice-governadores têm mais novidades do que a dos titulares. Henrique Afonso (PV), Nazaré Araújo (PT) e Antônia Sales (PMDB) são definitivamente candidatos qualificados para assumirem o Governo caso o destino assim determine.
Boas opções para a presidência
Nunca tinha visto uma eleição presidencial no Brasil tão qualificada. Os três principais candidatos que lideram as pesquisas tem o quê apresentar aos eleitores. Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), protagonizam o melhor quadro de candidatos das mais recentes eleições do Brasil.
Alternativas
Pelo menos duas outras candidaturas presidenciais têm trazido à pauta do debate assuntos importantes. Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) estão cumprindo um papel notável nas eleições ao trazerem à luz da sociedade temas considerados tabus.
Segundo turno “quase” garantido
A única hipótese para não haver segundo turno à presidência seria uma “desidratação” de Aécio Neves. Mas o tucano voltou a crescer nas pesquisas depois da polarização entre Dilma e Marina. Assim tudo indica que vai haver nova votação para a escolha presidencial.
Apoio do “abestado”
O candidato a deputado federal Ilderlei Cordeiro (PR) conseguiu um apoio “hilário”. Trata-se do comediante e deputado federal Tiririca (PR-SP) que tem pedido votos na TV pra ele. Para quem não sabe Tiririca é muito querido no Acre, onde já esteve várias vezes.
A força do humor
Tiririca que tenta a reeleição por São Paulo é um campeão de votos. No pleito passado conseguiu mais de um milhão e acabou arrastando mais dois deputados federais do PR para a Câmara Federal. E apesar de incorporar um palhaço Tiririca não fez palhaçadas em Brasília. Foi um bom deputado.
Plantando para colher
O senador Jorge Viana (PT) não se omitiu na eleição mesmo sem ser candidato. Preparou bem o cenário para tentar a sua reeleição em 2018. Jorge conseguiu se manter mais na mídia do que muitos candidatos majoritários.
Roleta russa
O senador Sérgio Petecao (PSD) apostou todas as sua fichas na eleição da sua esposa Marfisa Galvão (PSD). Se conseguir levar a mulher para a Câmara Federal se fortalecerá politicamente. Mas se perder a sua reeleição ficará comprometida.
Não pode reclamar
Vejo muitas pessoas comentando que o PT abandonou a candidatura de Perpétua Almeida (PC do B) ao Senado. Isso não é verdade. Todas as principais lideranças do PT já pediram votos na TV pra mulher. Se perder não será por falta de apoio.
Raia miúda
Obviamente que nem todos os petistas votarão na comunista. Mas isso já faz parte de uma disputa histórica interna da FPA entre PT e PC do B. Dependendo do resultado eleitoral quem se fortalecerá será o PSB.
Resistente
Não é fácil ser atacado meses seguidos nas redes sociais e depois no rádio e na TV. Mas o candidato ao Senado Gladson Cameli (PP) não respondeu. Manteve a calma e permaneceu com a mesma postura. As agressões não mudaram o rumo da sua candidatura.
Projeções futuras
Coisas do Acre. Uma eleição ainda nem terminou e já estão especulando sobre a próxima. Mas garanto que os próximos candidatos ao Governo e ao Senado só serão definidos depois dos resultados eleitorais de 2014 e 2016. Antes disso não dá pra saber quem está no páreo.
Fato
Se as pesquisas se confirmarem nas urnas Gladson Cameli (PP) se tornará uma forte liderança política no Acre. Vai rivalizar na seara ideológica com o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT). Mas se um dia na política contém a eternidade imaginem quatro anos. Tudo pode acontecer.
As nuvens da política em movimento
Muitas vezes na política o adversário de hoje é o aliado de amanhã. O Acre tem vários exemplos notáveis. César Messias (PSB) era o líder do MDA que fazia oposição à FPA. Atualmente é um dos principais aliados do grupo. Por outro lado, Petecão foi presidente da ALEAC quatro vezes com o apoio do PT. Nas reviravoltas da política se tornou um dos maiores adversários do “projeto” da FPA. Então a melhor atitude é evitar criar inimigos porque ninguém sabe o dia de amanhã…
