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Política no Acre é uma questão de sobrevivência

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Um dos motivos da campanha ir ficando cada vez mais agressiva nas redes sociais e nas ruas é a sobrevivência. O Estado ainda não emplacou um projeto que fortaleça a iniciativa privada e que gere empregos suficientes para acabar com a dependência do dinheiro público. Tudo ainda depende de “favores” do Governo do Estado, das prefeituras e casas legislativas. Nomeações políticas ainda são o meio de vida de muitas famílias no Acre. Mesmo os empresários que têm seus negócios próprios dependem da boa vontade de “algum” deputado ou secretário para manter as suas portas abertas. Os maiores clientes são justamente as gestões públicas. É comum a gente ir a uma loja e perguntar ao proprietário como está o negócio. A resposta sempre é mais ou menos assim: “Esses dias estão ruins, mas quando sair o dinheiro da educação (ou de outro órgão público qualquer) vai dar uma melhorada”. Essa é a triste realidade que se vive no Acre. Os candidatos ao Governo devem apresentar alternativas exequíveis. Só assim poderemos viver uma democracia plena que acabe com essa dependência de favores que são transformados em votos nas eleições.


Alternativas
Existe um desejo de mudança. Mas as pessoas querem uma segurança de que a “mudança” será para melhor. Até agora apesar do desgaste natural de 16 anos da FPA, na minha avaliação, não houve ainda alguém que passasse essa certeza.

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Incertezas no ar
O resultado é silêncio. Pouca gente manifestando voto abertamente. Não querem mais o governo do PT, mas os eleitores ainda não encontraram uma alternativa confiável. Por isso, nesse momento da campanha, acho impossível saber se terá ou não o segundo turno.


Enrolado
O deputado federal Márcio Bittar (PSDB) tem que explicar “bem direitinho” essa história de usar o carro importado de um funcionário do seu gabinete. A denúncia feita pelo Correio Brasiliense não tem nenhuma ilegalidade, mas tem uma carga forte de imoralidade.


Erro de foco
Um assessor do tucano me disse que a matéria saiu no jornal de Brasília porque um empresário do Acre teria feito uma doação de campanha para Agnelo (PT), candidato no Distrito Federal. Só não entendi o que uma coisa tem a ver com a outra.


Prática odiosa
Não são poucos os parlamentares estaduais e federais que fazem acordo com assessores para que dinheiro de salários sejam devolvidos. Apesar de a gente saber quem são os personagens é difícil provar porque normalmente o “explorado” não vai confessar e nem denunciar.


Vergonha
Quem faz esse tipo de acordo está humilhando o seu semelhante. Submetendo o outro a uma situação vexatória. O pior que essa prática se tornou comum no Estado em todos os níveis e acontece com políticos de todos os lados ideológicos.


Tiro no pé
Essa história de alguns candidatos da FPA prometerem mais vagas no curso de medicina da UFAC é uma “enganação”. O que vai acontecer é que alunos ricos de outros estados mais bem preparados fazem o ENEM e acabam ocupando as vagas.


Sem limite para o sonho
Medicina é um curso tão valorizado que um aluno de São Paulo ou Minas não se importa em vir para o Acre. O pior é que quando se forma retornam para o seu lugar de origem. Pelo menos a maioria. Essa é a triste realidade.


Haja grana
Enquanto isso, a Uninorte oferece vagas para o seu curso de medicina pela “bagatela” de R$ 8 mil. Quem usar algum sistema de financiamento ficará endividado pelo resto da vida. Não tem lógica. É coisa pra milionário mesmo.


O velho Bocalom
Conversei com o candidato do DEM. Otimismo puro. Bocalom (DEM) acredita que vai ganhar a eleição no primeiro turno. Quem “bota pilha” na crença é o seu vice Henrique Afonso (PV). Como achei que o Bocalom se tonaria “nanico” na campanha e, não se tornou, vou ficar calado.


Oportunista
Diante da polêmica causada pelo preço exorbitante de um curso de medicina numa faculdade particular, Bocalom, firmou sua proposta de Universidade Estadual. Só tem que explicar melhor de onde virão os recursos para manter a instituição aberta.


A reboque
Também falei com Márcio Bittar. Ele acredita que a subida nas pesquisas do candidato ao Senado Gladson Cameli (PP) vai impulsionar a sua candidatura. Não concordo com a tese porque Gladson tem voto casado também com os outros candidatos ao Governo.


Inversão da ordem
Normalmente é o candidato ao Governo que arrasta o senador. Tentar reverter essa lógica é muito perigoso. O fato é que a campanha de Bittar cometeu alguns erros básicos. O programa de TV é bom. Mas faltam outros elementos.


Pegou mal
As declarações feitas por Bittar no debate da TV Rio Branco sobre o falecido ex-governador Orleir Cameli não soaram bem em Cruzeiro do Sul. Ele disse que era Orleir quem atrasava salários no Governo. Até aliados ficaram revoltados por Bittar trazer essa pauta ao debate.

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Mais certezas
Conversei também com alguns assessores de Tião Viana (PT). Eles também acham que na reta final da campanha vão conseguir resolver a fatura no primeiro turno. Alguns admitem que a questão do Senado tem sido um “peso” para arrastar.


As coisas ainda vão esquentar mais
Infelizmente a campanha, como previsto, desembocou numa estéril troca de acusações. Muita pancadaria de todos os lados. Isso prejudica o debate saudável de propostas para governar o Acre. Esperemos que os “lutadores” entendam que são muitos os problemas a serem resolvidos e que a contenda é pura perda de tempo. Aliás, a disputa ao Senado provou que agressões não resolvem. Então melhor falar a linguagem que o povo entende. Quais as soluções para os problemas mais graves de desemprego, segurança e saúde? É isso que os eleitores querem saber.


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