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Bola sete

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Se futebol fosse sinuca, a essa hora a gente poderia dizer que o Atlético Acreano estava “pela bola sete”. A bola sete é a última a ser encaçapada. Quando só resta ela em cima da mesa, isso significa que o jogador não pode deixar de botá-la pra dentro. No caso do Galo, pra piorar, além de só restar essa última bolinha, vai ter que ser uma tacada certeira.


A rigor, foi o próprio Atlético que deixou a situação chegar nesse ponto. Depois de jogar seis partidas, o time acreano só conseguiu ganhar umazinha. Ganhou essa umazinha (do roraimense São Raimundo, em casa), empatou outras duas (com o amapaense Santos e com o também acreano Rio Branco, ambas em casa) e perdeu três (Princesa, Genus e Rio Branco).

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Agora, moçada, o negócio é o seguinte: o Atlético tem que ganhar todas (tanto dentro quanto fora de casa). Ganhar todas e ainda torcer para o Rio Branco sair também ganhando dos adversários que cruzarem à sua frente. Quando eu digo todas, quero dizer quatro. E se o Rio Branco ganhar os seus jogos, dá uma brecada nos concorrentes do Atlético. Simples assim!


Nesse último jogo de domingo que recém passou, porém, no meu entendimento, o Atlético até que jogou bem e merecia uma melhor sorte. Como somente a vitória lhe interessava, procurou o gol desde o início. Nos primeiros momentos chegou, inclusive, a mandar uma bola na trave do Rio Branco. Deu um susto no Estrelão. Foi pra cima com força e vontade.


O Rio Branco ficou naquela de defender o pirão primeiro para só depois servir-se do banquete. Postou-se na defesa, só saindo na boa. E nessas, é verdade, andou também ameaçando o último reduto celeste. Mas com toda a cautela do mundo. Tentando cozinhar o Galo em fogo brando. Atitude justificada, levando em conta a sua posição de líder do grupo.


Acontece que a bola do Atlético não entra nem a pau. Os caras atacam que atacam, fazem “piruetas”, cruzam de um lado para o outro, chutam de curta, média e longa distância, mas não conseguem de jeito nenhum fazer a bola beijar as redes inimigas. Parece até “serviço” brabo, daqueles que o velho Jaú fazia antigamente para amarrar os adversários.


E assim, relembrando aquela velha máxima do futebol que garante que todo time que não faz gols acaba levando, eis que o Estrelão foi lá, em minutos avançados do segundo tempo, e torceu “de leve” o pescoço do Galo. Um a zero. Gol resultante de uma bola parada (de maneira geral, diz-se imperdoável, né não?). Gol de zagueiro. Gilson soletrou o nome da fera!


É isso. O que está feito, feito está. O momento do nosso glorioso Galo na série D é, por assim dizer, “periclitante”. Mas não é irremediável. O negócio é tocar o barco em frente. Ainda há um sopro de vida fazendo algum tremular nas bandeiras celestes. Só que agora é tudo ou tudo. Se eu fosse o treinador, daqui pra frente escalava um goleiro e dez atacantes!


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