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Declarações da secretária de Saúde, Suely Melo sobre o combate à dengue em Cruzeiro do Sul geram revolta e protesto de agentes de endemias

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As declarações da secretária de Saúde do Estado, Suely Melo, durante uma entrevista a uma emissora de rádio de Cruzeiro do Sul, que teria encontrado falhas no combate à dengue na segunda maior cidade do Acre, causaram uma crise institucional entre o governo do Acre e a prefeitura do município.

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Suely Melo considerou como uma epidemia, os casos de dengue registrados no município há sete meses, sendo que sua pasta teria realizado cinco vistorias técnicas, acompanhamento, treinamento onde foram identificadas uma série de fragilidades. Ela diz que pediu providências que não foram tomadas.


As criticas da secretária caíram como uma bomba no meio dos agentes de endemias que trabalham no combate à dengue em Cruzeiro do Sul. Eles se mobilizaram e foram à emissora de rádio pedir direito de resposta para contrapor as informações repassadas por Suely Melo.


Melo destaca que teria pedido uma reunião com a secretária de saúde municipal, mas teria saído preocupada. “não existe aquela decisão de fazer, a vontade de se atirar, porque para você combater uma epidemia é preciso que você tenha uma consciência e uma visão sistêmica do processo de trabalho”.


 coordenadora de Saúde de Zona Rural de Cruzeiro do Sul, Iglê Monte

A coordenadora de Saúde de Zona Rural de Cruzeiro do Sul, Iglê Monte

A coordenadora de Saúde de Zona Rural de Cruzeiro do Sul, Iglê Monte e a coordenadora de Vigilância Entomológica do município, Muana Araújo, rebateram as críticas de Suely Melo, e insinuaram que a gestora estaria querendo politizar a questão de saúde pública e tratar como questão partidária.


Suely Melo disse que a mobilização, sensibilização da comunidade por parte da prefeitura é fraca. “Bloqueio de número de casos não existe. Quando você tem um caso numa determinada área, você tem que ir lá e bloquear, fazer um trabalho de borrifação nas imediações daquele ambiente”.


Muana Araújo disse que a gestora estadual não conhece o trabalho que é feito. Ela destaca que recebeu o setor de combate à dengue completamente sucateado e funcionando apenas com oito servidores. Atualmente, segundo Muana, são 141 servidores atuando em diversas frentes de trabalho no município.


A secretária Suley Melo criticou o processo de trabalho da prefeitura. Para ela, apesar das orientações que sua equipe teria repassado, o trabalho de combate à dengue não evolui em Cruzeiro do Sul. “Nós não podemos deixar a população de Cruzeiro do Sul a mercê da sorte. A intervenção tem que ser imediata”.


A coordenadora de Vigilância Entomológica do município, Muana Araújo

A coordenadora de Vigilância Entomológica do município, Muana Araújo

A coordenadora de Saúde de Zona Rural, Iglê Monte acredita que as afirmações de Suely Melo, estariam sendo suscitadas pelo período eleitoral. Ela protesta e acusa os gestores da pasta de saúde do Estado, de aparecerem no município apenas quando se aproximam as eleições.

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O município estaria notificando cerca de 150 casos por semana, mas de acordo com Suely Melo, falta a orientação da população por parte da prefeitura. Ela questiona sobre os recursos que a prefeitura recebe para o combate à dengue e diz que o Estado vai investir para corrigir o trabalho da prefeitura.


Iglê Monte questiona: “por que ela não se preocupa com a malária que mata milhares de pessoas no Estado? Que ela venha para somar não para difamar quem trabalha”, disse a coordenadora ao afirmar que Suely Melo deveria pedir desculpas formais aos servidores “que trabalham incansavelmente”.


Ouça a íntegra das gravações de Suley Melo e das coordenadoras de combate à dengue em Cruzeiro do Sul:


 


 


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