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Repórter do ac24horas percorre BR-364; Acre pode ficar isolado novamente

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Quem segue pela BR 364, saindo de Porto Velho (RO) em direção a Rio Branco(AC), ansioso pela reabertura da rodovia, não sabe que vai enfrentar uma aventura para concluir a viagem. Antes da enchente, o trecho era vencido em no máximo oito horas de viagem. Com a vazante, o tempo e as condições mudaram.


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Jairo Barbosa percorreu trecho critico da BR-364

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Na altura do km 881, na comunidade de antiga Mutum Paraná, onde o Acre manteve por quarenta e quatro dias uma equipe atuando para atravessar na “força bruta”, os caminhões que transportavam combustível e alimentos para o estado, a natureza deixou sua marca no pós do enchente. A água recuou sobre a pista e levou junto o asfalto, o meio fio e deixou lama e buracos.


Na última quarta-feira (16), enquanto engenheiros do DNIT se escondiam entre os caminhões para não conversar com a imprensa, uma equipe de uma empresa contratada pelo órgão, se desdobrava entre puxar caminhões atolados, realizar a raspagem do trecho e controlar o tráfego, com auxilio da PRF.


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A omissão do órgão responsável pela manutenção da única rodovia que liga o Acre ao restante do país não passou despercebido. Irritados com o “corpo mole” dos engenheiros, caminhoneiros não pouparam criticas.


“Esse DNIT parece que só existe no papel. Aqui quem esteve durante toda a enchente foi a equipe do Acre, dando toda a assistência, inclusive salvando gente de não morrer afogado. Agora que a água baixou, esses engenheiros vem aqui e ficam só olhando”, desabafou o caminhoneiro Geandre Pessoa da Silva, que aguardava na fila para seguir ao Acre transportando 15 toneladas de frango.


O empresário Daniel Rodrigues, de Ji-Paraná, acompanha duas carretas de sua propriedade que transportavam material elétrico. Depois de dois meses sem entregar cargas no estado vizinho, ele lamentou a omissão do DNIT diante da precária situação da rodovia.


“O que estamos testemunhando aqui é um caso de total omissão. Onde estão as equipes do DNIT para nos dá apoio? Vejo que são os caminhoneiros que se ajudam para seguir viagem, além dessas duas pessoas da empresa que atua com esse trator. É uma vergonha eles(DNIT), desaparecerem justamente na hora em que mais precisamos”, denunciou o empresário.


No trecho aqui relatado (km 881), o atoleiro tem aproximadamente 800 metros. Se formou depois que a água da enchente arrastou o asfalto. O tráfego dos veículos pesados afundou o trecho fazendo surgir os buracos onde os carros atolam constantemente.


Apesar da vazante, o governo do Acre manteve uma equipe no trecho para dar suporte aos caminhoneiros, mas a demanda é maior que a capacidade operacional que a rodovia provoca nesse período.  


 

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