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Telexfree: o feitiço pode virar contra os oportunistas da política

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Não jogue pérola aos porcos, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.” (Mt 7. 6)


As investigações recém concluídas nos Estados Unidos que colocaram a Telexfree norte-americana sob suspeição pode tornar-se um balde de água fria nas pretensões de alguns políticos acreanos. Se a Justiça Norte-Americana tomar atitudes punitivas contra o grupo a situação dos investidores brasileiros ficará ainda mais complicada. Isso geraria uma espécie de jurisprudência internacional às avessas que pode influenciar as cortes que julgam processos da Telexfree sob a acusação de ser pirâmide financeira no Brasil. Consequentemente a devolução do dinheiro dos “divulgadores” da empresa, inicialmente bloqueado pela Justiça acreana, ficaria mais difícil de acontecer rapidamente. Assim alguns deputados que vestiram a camisa da empresa na esperança de conseguirem tirar proveito eleitoral da situação se reverteria. Na verdade, pode haver por parte dos pequenos investidores uma “revolta” contra todos que estão usando a onda Telexfree para surfarem politicamente.

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Incoerência
A tentativa de alguns parlamentares acreanos de levar o caso da Telexfree ao Congresso Nacional também merece uma reflexão. Se as Casas Legislativas passassem por cima da Justiça então realmente o Brasil estaria perdido. Acabando o respeito institucional a democracia ficaria seriamente ameaçada.


Questão lógica
Os deputados que foram à Brasília tentar uma “legalização” das atividades de empresas multinível, na realidade, estavam pedindo a regularização de algo que a Justiça considera, pelo menos por enquanto, crime. Numa inversão clara da ordem dos fatores.  


O caminho correto
Na minha avaliação, esses deputados deveriam ter investido as suas fichas na solução primeiramente do problema na Justiça. Posteriormente se poderia pensar numa lei que contemplasse esse tipo de atividade no Brasil. 


A verdade dos fatos
Teve político que pensou em lucrar duas vezes. Primeiro: com a liberação do dinheiro preso dos investidores se tornariam “heróis”. Segundo: poderiam ser contemplados com generosas doações de campanha. Nesse caso, não acredito em ações desinteressadas, infelizmente.  


Não sabe, mas está atento
Tive um interessante diálogo com o deputado Chico Viga (PTB). Ele continua a afirmar que ainda não foi informado da coligação do seu partido com o PC do B. Mas na sequência me perguntou quais as chances do radialista Washington Aquino (PC do B) de ser eleito deputado estadual.


Avaliação
Um jornalista ou comunicador quando entra na política tem duas possibilidades. Pode eleger-se e continuar a sua vida por novos caminhos. Mas se perder a eleição também perderá a credibilidade diante do seu público.


1+1=2
Claro que um ouvinte ou telespectador que assiste a um comunicador criticando acredita que ele o faz sem segunda intenções. Por diletantismo, romantismo ou amor a causa. Se o cidadão tornar-se candidato começam as desconfianças.   


Baixo Clero unido
O deputado estadual Lira Morais (PEN) não deve ser candidato à reeleição. Está quase certo o seu apoio ao deputado Jonas Lima (PT). Quando digo que o grupo político mais unido da Aleac é o “baixo clero” ninguém acredita.


Fatura ganha
Não adianta ninguém da oposição ir atrás de conseguir o apoio do PDT acreano. Em Brasília, o diretório nacional optou em apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT). A união com o PT no Acre fica assim irreversível.


Não sabe se vai ou se fica
O deputado estadual Luiz Tchê (PDT) será candidato novamente a presidente da Unale, organismo de todos os parlamentares estaduais do país. Mas mesmo assim será candidato a deputado federal, em 2014. Se for presidente e conseguir a vaga para Câmara Federal renuncia a Unale em janeiro de 2015.

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Fé na jornada
As candidaturas de nomes proeminentes da FPA a deputado federal não assustam Tchê (PDT). Ele acha que alguns que já foram “executivos” acreditam que serão eleitos como parlamentares na base da ideologia e do 0800. Nesse aspecto, Tchê tem razão. Eleição proporcional no Acre é outra história.


Subiu o tom
O deputado estadual Ney Amorim (PT) sempre muito tranquilo não deu refresco à oposição na sessão da Aleac, desta terça, 15. Soltou cobras e lagartos contra os deputados que criticam o governador Tião Viana (PT). Ney é um sério candidato à presidência da Aleac na próxima legislatura, caso seja reeleito.


Figura simpática
Um dos fundadores do PV no Acre, que abandonou o barco, o Doutor Julinho (PSB), deve ser candidato a deputado estadual. Competência médica e simpatia não faltam ao Dr. Julinho. Agora, é preciso saber se tem votos.


Intimidação
Desde que moro no Acre há 11 anos nunca tinha visto tantos processos de governistas contra jornalistas. Na minha opinião um tiro no pé. As jurisprudências favorecem aos colegas num país que, por enquanto, a liberdade de imprensa é um entidade a sustentar a democracia. E fica aquela sensação de perseguição.


A diferença entre críticas e ataques
Quando um jornalista denuncia uma situação que envolve dinheiro público está cumprindo um papel. Nessas situações fornece elementos para que a opinião pública possa avaliar aquilo que acontece na sociedade. Agora, quando se trata de ataque à honra e à moral de um individuo já é outra coisa. Usar a mídia para ofender pessoalmente é coisa de profissional desqualificado ou amador. Nesse caso, cabem os processos. No entanto, as ações contra jornalistas que tomei conhecimento tratam sempre de situações políticas e públicas. A tentativa de intimidação da imprensa é um caminho perigoso que em nada contribui para o desenvolvimento social e democrático do Acre. 


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