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Cesta básica no AC sofre alta expressiva em março durante cheia do Madeira

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Super Peixe_ABRE_NOVOA Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN), através do Departamento de Estudos e Pesquisas (DEP), divulgou esta semana a pesquisa da cesta básica da população acreana. O valor do conjunto de produtos ficou visivelmente alterado quando levado em relação o antecessor mês de fevereiro.


O relatório, como de praxe, tem por objetivo demonstrar a evolução mensal dos preços de produtos que compõe a cesta básica de alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal. Outro ponto também abordado no levantamento é o tempo necessário para que um trabalhador assalariado (salário mínimo) e o gasto de uma família padrão para sua aquisição.

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O resultado final do índice foi fortemente influenciado pela alta nos preços do tomate e do óleo de soja, respectivamente, que chegaram aos 21,61%, de elevação, em 30 dias corridos, período em que o Rio Madeira, em Rondônia, isolou o Acre do restante do país, inundado trechos da BR-364. O índice é considerado alto quando levado em consideração os meses de janeiro e fevereiro deste ano.


A cidade de Cruzeiro do Sul segue com a cesta mais cara do Estado. Em fevereiro, o custo médio era de R$ 234,81. Segundo a pesquisa de março, o preço mediano chega a R$ 244,99. A diferença é de R$ 10,18. Mesmo parecendo pouco, o custo pesa no bolso do consumidor assalariado que recebe líquido, descontando os 8% do INSS, R$ 666,08, mensalmente.


Nem mesmo a Capital acreana escapou do aumento da cesta básica. Dos R$ 211,90, que eram gastos para adquirir os produtos, em fevereiro, os números saltaram para R$ 229,80, no último mês.


Seguindo com a análise dos resultados de fevereiro deste ano, é ainda mais evidente que nos municípios de Epitaciolândia e Brasiléia, ambos na fronteira com a Bolívia, distantes cerca de 220 quilômetros da Capital, o custo total da cesta básica alimentar continuou sendo o mais barato dentre as cidades pesquisadas. Os municípios de Feijó e Rio Branco ocuparam a 2ª e a 3ª posição no ranking, respectivamente.


A pesquisa também aponta que Sena Madureira, distante cerca de 300 quilômetros da Capital, caiu um degrau na escada dos preços: a cidade aparecia em terceiro lugar no mês de fevereiro, mas em março passou a ocupar a 4ª posição.


Ainda sobre a cidade, os dados mostram que no Vale do Iaco o custo total da cesta básica de limpeza doméstica é o mais baixo de todo o Estado: R$ 13,43 apenas.  Na contramão disso, a Capital do Juruá, Cruzeiro do Sul, mais uma vez marca alta nos preços e mantém a cesta de limpeza de maior custo. Nesta categoria o ranking se manteve estável, portanto, não sofreu alteração em suas posições.


No quesito higiene pessoal, um dos mais curiosos da pesquisa, a cidade de Rio Branco conquistou o primeiro lugar no ranking e conseguir sobressair o município de Sena Madureira, que até fevereiro, se manteve imbatível. Na capital o valor é R$ 13,40. O último na escala, com a cesta mais cara do Acre, é a cidade de Feijó, com o custo de 15,61.


VARIAÇÃO INTERMUNICIPAL


Quando a análise está ligada à Cesta Básica Alimentar, após comparar os preços médios dos produtos com os praticados no mês anterior, constatou-se que todas as cidades registraram aumento no valor total da cesta básica alimentar, com destaque para Feijó e Sena Madureira que tiveram os maiores acréscimos, ambas com variação positiva de aproximadamente 8,00%.


Na contramão disso, Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá, apresentou a menor alta de preço dentre as cidades pesquisadas. A variação, que, diga-se de passagem, foi positiva, chega aos 4,52%. Lago depois vem Rio Branco com 5,24%.

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Quando o assunto é Cesta de Limpeza Doméstica, o destaque é para Sena Madureira que obteve queda de preço de -0,67% no custo total da cesta. As demais cidades do Acre tiveram acréscimo, a maior dentre elas foi registrado em Feijó: 3,50%. Logo em seguida vem Rio Branco, com 1,27% e Cruzeiro do Sul, marcando 0,96%. Na fronteira, Epitaciolândia e Brasiléia marcam 0,68%.


Na área da Higiene Pessoal, o mês de março obteve alta em todas as cidades. Desta vez a evidência foi para as cidades de Feijó, com 2,02%, Sena Madureira, marcando 1,67%, e Epitaciolândia e Brasiléia na alíquota de 1,50%.


DESEMBOLSO MÉDIO


De acordo com a publicação, a família padrão considerada durante a pesquisa é composta por dois adultos e três crianças, tendo como pressuposto que uma criança consome a metade da provisão de um adulto.


 Ao final do levantamento, o gasto mensal de uma família padrão com as cestas básicas de alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal foi composta da seguinte forma:


Epitaciolândia e Brasiléia: R$ 972,78; Rio Branco: R$ 984,80; Sena Madureira : R$ 995,14; Feijó: R$ 997,20; Cruzeiro do Sul: R$ 1.058,62.


 Vale lembrar que “revertendo esses valores em quantidades de salários mínimos necessários para a subsistência dessa suposta família, o custo estimado para aquisição dos três tipos de cestas, foi de 1,34 nas cidades de Epitaciolândia/Brasiléia, Rio Branco 1,36, Sena Madureira 1,37, Feijó 1,38 e Cruzeiro do Sul 1,46”, diz a publicação.


 Grande parte dos produtos que compõe a cesta básica alimentar sofreram com o aumento nos preço. Os principais são: tomate e óleo, que registraram variação expressiva de aproximadamente 21,61% e 7,46%, respectivamente. Logo em seguida o café, a mandioca e o frango apresentaram decréscimos [queda] de -0,97%, -0,81% e -0,09%, respectivamente.


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