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Gasolina do povo

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Em visita a Cruzeiro do Sul na semana passada, o senador Jorge Viana (PT) tocou num ponto espinhoso para os acreanos, sobretudo para quem possui meio de transporte próprio: o preço da gasolina. Segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), o Acre tem a taxa de combustível mais cara de todo o Brasil. Tocar nesta ferida sempre é um alento para o ouvido do consumidor-eleitor.


Jorge Viana quer levar para o Congresso Nacional o debate sobre o motivo dos acreanos precisarem desembolsar bem mais que os outros brasileiros na hora de abastecer. Esta discussão é mais do que necessária. Combustível com preço acessível é sinônimo de qualidade de vida para o cidadão ao gastar menos com transporte, e sobrar mais dinheiro para lazer, educação, saúde, enfim.

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Combustível barato implica nas empresas de ônibus reduzirem as tarifas. Mas Jorge Viana não precisa ir ao Planalto para procurar formas de reduzir o preço da gasolina. Uma simples visita ao gabinete do irmão governador ajuda. Se os acreanos pagam a gasolina mais cara do país, é porque os donos de postos repassam ao consumidor a maior alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) entre todos os Estados.


E o ajuste das alíquotas ocorreu justamente no governo Jorge Viana (1999-2006). De um teto de 17%, o ICMS foi para 25%. Com uma tributação tão elevada como esta, não havia como o cidadão não arcar com as consequências. A mesma lógica vale para a tarifa de energia e o custo de vida elevado em si. O Palácio Rio Branco não sinaliza ceder mais um milímetro do ICMS, sua principal fonte de sobrevivência.


É de reconhecer e louvar a iniciativa de Sebastião Viana (PT)  de, em 2013, aprovar projeto que zero o ICMS da energia dos consumidores mais pobres; é o primeiro passo para garantir menos impostos (entre centenas já pagos diariamente) na vida de quem realmente é mais penalizado com a carga tributária brasileira: a população mais pobre.


Levar para Brasília este debate é perda de tempo. A Petrobras está em crise, seu aparelhamento pelo governo tirou a capacidade de disputa no mercado internacional; falar em abrir mão de receita pela estatal é a última hipótese. O Acre ganharia bem mais se o dever fosse feito em casa.


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Ruas eleitorais
2014 vai avançando e até agora o governo Sebastião Viana (PT) não tem cumprido uma de suas principais promessas: asfaltar todas as ruas do Estado em quatro anos. É certo que ele ainda tem um ano, mas o desafio parece ser gigantesco para ser vencido em um espaço de tempo curto. Em qualquer bairro da capital a carência de infraestrutura é visível. Neste período de chuvas, então, a calamidade é mais explícita.


Na hora de São Pedro
Estes primeiros quatro meses do ano tendem a ser perdidos para a construção civil como um todo. As previsões apontam para um “inverno amazônico” rigoroso. Com estes prognósticos, somente a partir de abril o governo terá plenas condições de colocar asfalto onde hoje é lama. O governador fez ontem mais um anúncio: serão R$ 655 milhões para pavimentação e saneamento básico nos 22 municípios.


O invicto
Caso Sebastião consiga esta proeza neste interim, ele se consolida ainda mais como o grande favorito para a reeleição. Beneficiar famílias que moram em locais de péssima infraestrutura renderá ao petista resultados eleitorais significativos. Sebastião é candidato forte naturalmente, e o sucesso destas ações com impactos diretos nas camadas mais populares e onde se concentram mais votos o gabaritam para uma candidatura fortíssima.


Checagem
Muito mais do que obter dividendos eleitorais, o governador precisa ser um fiscal destas obras, evitar que o G7 volte a cometer as lambanças do passado, com obras de péssima qualidade. O resultado está aí: qualquer chuva forte e milhares de casas ficam alagadas. O contribuinte paga por dois serviços, o primeiro da obra e depois a recuperação. Se as mesmas empreiteiras do G7 fizerem o “serviço porco”, aí o efeito para Sebastião é inverso.


Reforços
O governo entregou ontem novas viaturas para as polícias. A notícia é boa num momento de crise na segurança pública. Todos os dias os relatos de crimes contra o patrimônio só aumentam. Há quem diga que a bandidagem está em busca do 13º salário; como havia muito policiamento na rua no mês de dezembro, os criminosos voltam a aproveitar a ausência da polícia para tirar o atraso. No Acre é assim, basta acabar o Natal para os policiais sumirem das ruas das cidades.


Vidas em risco
O governador Sebastião Viana precisa tomar providências urgentes com relação à segurança do trânsito na UPA do Segundo Distrito. São constantes os atropelamentos com vítimas fatais na região. O Detran espalhou radares em áreas da cidade onde nunca se via um acidente, só para beneficiar alguém. Regiões onde há a necessidade da fiscalização eletrônica ficam descobertas. Além de radar, quebra-molas seriam necessários. Por se tratar de uma rodovia federal, Sebastião deve procurar o Dnit.


Corrida do voto
Márcio Bittar (PSDB) e Gladson Cameli (PP) iniciam juntos esta semana andanças pelo interior do Acre. A dupla que está de olho no governo e no Senado embarcará num teco-teco rumo aos municípios isolados do Estado. De Santa Rosa a Porto Walter, vão conversar com as lideranças da oposição para consolidarem seus palanques. Bittar e Cameli formam a dobradinha mais competitiva entre os oposicionistas; os dois estão com os discursos afinandos na defesa da candidatura única e de uma campanha baseada na apresentação de um plano de governo robusto.


Para se comunicar com Fábio Pontes use o e-mail: fabiospontes@gmail.com


 


 


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