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AME confirma soltura dos 11 militares presos por suposto sequestro e execução de Aladin

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O caso Aladin, como ficou conhecido durante investigação em 2013 está cada dia envolto de mais mistério. Depois de dar ampla publicidade na prisão de onze militares que supostamente estão envolvidos com o sequestro e execução de Gildemar Lima, o Alandin, ocorrida no dia 29 de novembro deste ano. A Polícia Civil disse que não existiu necessidade de pedir a prorrogação da prisão temporária dos militares colocados em liberdade desde o final de semana. A assessoria de imprensa não soube informar na manhã de hoje (30) se o inquérito foi concluído.


O presidente da Associação dos Militares do Acre (AME), Isaque Ximenes, confirmou a liberdade dos onze militares presos e que estavam aquartelados. Ainda de acordo Ximenes, “a prisão não acrescentou nada nas investigações”, disse. O representante da categoria disse que cada militar ficou com sua família após a soltura.

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“O que queremos é que o caso continue sendo investigado com amplo direito de defesa e imparcialidade. Esse é apenas o primeiro passo de vitória”, acrescentou Ximenes.


A OPERAÇÃO GÊNIO


A “Operação Gênio” é uma das mais polêmicas do ano. Investigado pela Policia Civil, segundo o delegado Roberth Alencar – que preside o inquérito – Gildemar Lima foi executado e o cadáver ocultado, possivelmente, no ramal do Pica-Pau. De acordo com a autoridade policial, o crime teria sido motivado por vingança, uma vez que os policiais envolvidos já haviam prendido Gildemar em outras duas ocasiões (um pelo crime de assalto a uma loja no Segundo Distrito e outra pelo roubo de uma moto), mas como não houve flagrante, Gildemar foi liberado.


Os militares foram presos através de uma grande operação na manhã do dia 29 de novembro, a notícia vazou através de mensagens enviadas para telefone de jornalistas nas primeiras horas da manhã do mesmo dia. Em ato seguido, a assessoria de imprensa da Policia Civil deu ampla publicidade ao fato com a divulgação das imagens dos militares.


Com ampla repercussão o caso chegou à Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Acre e do Congresso Nacional. O deputado militar, Major Rocha (PSDB) denunciou supostas irregularidades no inquérito, o uso abusivo de algemas e tortura aos militares presos. Ainda de acordo o deputado tucano, os colegas de farda tiveram a vida exposta á sociedade. Os familiares dos militares foram ouvidos na Comissão.


A Associação dos Delegados negou as acusações de tortura e o uso abusivo de algemas, em nota afirmou que todas as medidas adotadas pela Policia estavam amparadas legalmente.


Na Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a família do ex-presidiário Gildemar da Silva Lima, o Aladim, denunciou suposta manobra para inocentar os 11 acusados. Acompanhadas do presidente do Movimento dos Direitos Humanos do Acre, Jocivan Santos, a mãe e a esposa de Aladim denunciam que estariam havendo articulações para retirar as acusações contra os policiais militares presos. Elas cobram uma intervenção da CDH, para garantir a punição dos acusados.


Um dos últimos episódios envolvendo as partes no processo, O delegado Roberth de Alencar foi acusado pelos advogados Everton Frota e Armando Fernandes por abuso de autoridade, lesão corporal e ameaça. Robert preferiu não gravar entrevista.


PARA ENTENDER O CASO:


Em uma investigação sigilosa, a Polícia Civil (PC) desencadeou a Operação Gênio e  chegou a 11 suspeitos, todos policiais militares, acusados de envolvimento na morte de “Aladin”. Gildemar foi sequestrado dentro da própria casa.

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Foram instaurados dois inquéritos, um relacionado ao homicídio e ocultação de cadáver, e, outro relacionado à tortura, coação no curso das investigações e outros crimes.


Durante as investigações a polícia descobriu que no dia 24 de maio, o comparsa e sua esposa, que não tiveram os nomes revelados, foram torturados e ameaçados até que revelassem o paradeiro da vítima.


De acordo a PC o caso começou a ser desvendado por meio de monitoramento eletrônico e quebra de dados telefônicos, onde se chegou a provas da tortura praticada no dia 24 de maio e ao nome de 10 policiais. “Três desses policiais tinham problema na justiça com Gildemar”, afirmou o delegado Robert Alencar.


Ainda de acordo o inquérito mesmo após a tortura do comparsa, os policiais não tinham a localização exata de Gildemar Aladin. Para chegar até ele, policiais usaram de abuso de autoridade.


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