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A matemática da vitória de Henrique Afonso

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O deputado federal e pré-candidato ao Governo Henrique Afonso (PV) tem encontrado resistências na sua principal base eleitoral: Cruzeiro do Sul. Como foi duas vezes candidato a prefeito alguns “aliados” não aceitam a sua saída da FPA. Rechaçam ainda mais a sua aproximação com Tião Bocalom (DEM). No entanto, para os mais incrédulos do Juruá, Henrique tem utilizado o seguinte argumento: tanto ele quanto Bocalom não venceram as eleições municipais de 2012, em Cruzeiro e Rio Branco, por muito pouco. No raciocínio verde, juntando as duas votações a ida ao segundo turno estaria garantida.


Não é bem assim…
Cada eleição tem a sua história. A politica é como nuvens que mudam de formas a todo momento, como já dizia o governador mineiro Magalhães Pinto. Portanto, o que aconteceu nas eleições de 2012 não serve de referência para 2014.

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Política não tem lógica
Em 2010, o governador Tião Viana (PT) disputou a eleição contra o então “desacreditado” Tião Bocalom (DEM). O PT venceu por pouco mais de um por cento. E, surpreendentemente, Bocalom venceu Viana, na Capital Rio Branco.


Surpresa
Pela lógica do resultado eleitoral de 2010, Bocalom (DEM) deveria ter uma vitória fácil sobre o então “desconhecido” Marcus Alexandre (PT), em 2012. No entanto, o eleito foi o candidato do PT contra todos os prognósticos.


Pense bem
Bocalom venceu Tião Viana (PT), que vinha de um mandato bem avaliado no Senado, na Capital e, perdeu para um jovem engenheiro paulista que só tinha exercido cargos técnicos nos governos da FPA.


Quadro atual
Na minha opinião, tanto Vagner Sales (PMDB) quanto Marcus Alexandre (PT) teriam vitórias com percentuais maiores contra seus adversários se as eleições fossem hoje. Os dois prefeitos estão muito bem avaliados pelas populações de Cruzeiro do Sul e de Rio Branco.     


Mistério sempre há de pintar por ai
Essa análise não é para dizer que Henrique Afonso (PV), Bocalom (DEM) ou qualquer outro candidato ao Governo não tem chances de vitória. Mas que o jogo de 2014 é outro e, quem quiser ter êxito terá que trabalhar com novos elementos para convencer o eleitorado acreano. E esquecer as eleições passadas.


Questão de credibilidade
Na minha opinião, a oposição do Acre teve seguidas derrotas para a FPA na raia majoritária porque ainda não conseguiu passar credibilidade ao eleitorado. Os candidatos terão seis meses até o início da campanha para conseguirem essa proeza.


Candidatura concretizando-se
Surgiram várias hipóteses de candidatos ao Governo na oposição. Pelos movimentos mais recentes que tenho acompanhado o deputado federal Márcio Bittar (PSDB) será um dos nomes garantidos na disputa de 2014.  


 Veneno silencioso
Uma fonte próxima ao senador Anibal Diniz garantiu que a estratégia dele no momento é manter silêncio sobre sua pré-candidatura ao Senado. A ideia seria deixar o PC do B enrolar-se com declarações polêmicas.


O exemplo da história
Na FPA quem quer ser candidato majoritário quase nunca consegue. Foi assim com os deputados Fernando Melo (PMDB), Sibá Machado (PT) e Perpétua Almeida (PC do B) que desejavam disputar a prefeitura da Capital, em 2012.


E tem mais…
Na disputa ao Governo em 2006, com a impossibilidade de Tião Viana (PT) concorrer surgiram vários pretendentes. A escolha recaiu sobre Binho Marques (PT) que, na realidade, nem queria ser candidato. Entrou como “azarão”, venceu com folga a eleição e, fez uma boa gestão.

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A vaga de vice
Pela lógica do PT de que a vaga ao Senado é do partido, então, a de vice governador é do PSB. Como César Messias (PSB) não pode mais ser candidato teria que surgir outro nome socialista.


Possibilidade ínfimas
Atualmente o nome do PSB que teria condições de participar da chapa majoritária seria o do presidente da Câmara da Capital, Professor Roger (PSB). Mas não acredito que isso ocorra. Essa posição está supervalorizada com a disputa para ver quem será o candidato ao Senado da FPA.


Prêmio de consolação
No jogo da política o governador Tião Viana (PT) deverá escolher um vice que seja da sua confiança e, que contemple um dos partidos aliados. Disputar com chapa pura será suicídio. Alguns aliados poderão rebelar-se ou fazer “corpo mole”.


Redemocratização do Acre
Os partidos de oposição levantarão a bandeira de maior participação da sociedade na gestão do Estado. Menos perseguição ao contraditório e, respeito aos adversários políticos que não devem ser tratados como inimigos. Afinal, a representação acreana no Congresso Nacional é pequena. Fica difícil imaginar mudanças sociais profundas sem a colaboração de todos os deputados e senadores. Seja quem for que vencer as eleições ao Governo em 2014 será preciso estabelecer um pacto de conversão e colaboração. Esse clima de “guerra” política só traz prejuízos ao desenvolvimento social do Estado. O Acre precisa de diálogo e não de contendas políticas inúteis que só criam desgaste às instituições e insegurança à população.


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