Menu

Pesquisar
Close this search box.

O governo do Justo: uma necessidade urgente para os dias de hoje

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

Quando o Justo governa o povo se alegra, mas quando o ímpio domina o povo geme.” Provérbios 29:2


Em meio a tantas tentativas que o homem experimentou para resolver os problemas de natureza política, social, econômica e cultural, sem levar em conta a importância de Deus na história, será que não é a hora de retermos a atenção ao que os cristãos estão falando? Defendo uma sociedade regida pelas perspectivas políticas e ideológicas alicerçadas nos fundamentos bíblicos de governo, nação, povo, prosperidade, cidadania, valores. Acredito na possibilidade de darmos ao Brasil dias de descanso e abundância. Se soubermos identificar onde está a fonte de avivamento na sociedade, encontraremos a melhor e mais produtiva maneira de caminhar e construir pontes que darão acesso a um novo tempo.

Anúncios


No meu entendimento, o conceito de justo está inserido na belíssima e revolucionária doutrina da JUSTIFICAÇÃO. É nela que encontramos nosso mais puro e verdadeiro sentido de libertação e cura dos males da sociedade. Não imagino o tamanho da dor que Cristo sentiu e viveu no meu e no seu lugar. Só sei que toda a punição e escrito de dívida que o homem tinha, Jesus pagou. Imagine, que o sofrimento que a humanidade teria que passar nas mais horríveis situações no inferno, JESUS trouxe pra ele mesmo, pagando naquele madeiro. Não bastasse a atrocidade do martírio provocado no ritual da punição na cruz, ELE viveu a pior dor: A SEPARAÇÃO DE DEUS. A morte de Cristo foi consumada com seu sangue derramado, como preço pago por nosso resgate. Somos agora livres do império das trevas e ganhamos o direito de vitória diante de todas as investidas do maligno. Somos, agora, justos porque o escrito de dívida que era prejudicial a nós foi cancelado na morte de Cristo, e conquistamos nova vida no poder extraordinário da ressurreição. Ah! Se entendêssemos essa mensagem, já teríamos deflagrado um mundo novo.


Em palavras claras, JUSTO é quem passou pelo lavar e regenerar do poder do Espírito Santo. JUSTO é quem foi resgatado do império do mal, e hoje está presenciando as delícias do ambiente onde a glória do Senhor é abundante; JUSTO é quem morreu com Cristo na cruz, seus pecados foram perdoados e a dívida que tinha com Deus foi cancelada. JUSTO é quem hoje participa das conquistas do poder da ressurreição de Cristo, e desfruta da nova vida, onde as coisas antigas passaram e tudo se fez novo. O JUSTO é uma nova criatura; livre do domínio da maldade do mundo, curado de todas as feridas e traumas do passado; liberto do inimigo e de seus planos. O JUSTO é achado em Cristo e Cristo é formado NELE. É formado na ciência do verdadeiro amor, tem doutorado em humildade e em servir; tem pós-doutorado em sabedoria de Deus, e em sua militância, onde suas mãos tocam um lugar, as pessoas são transformadas.


O ímpio jamais terá compromisso com um governo que reflita a manifestação do reino de Deus na terra. O que tenho observado, nas experiências de governos dos ímpios é sempre a pretensão de realizações, que ensejam autopromoção e a garantia de um memorial por toda a vida. Sua prática vai ser sempre buscando se eternizar no poder, valorizar quem faz seu jogo, beneficiar seu grupo e sua família, e tudo que ele fizer é pensando na próxima eleição. Ele é ególatra. Sua ética é da conveniência, suas ações são de resultados pessoais, e vê o governo como o poder pelo poder.


Temos que a passos largos nos aproximar da conquista de um Estado governado por pessoas comprometidas com a cultura do reino de Deus. Essa tarefa impõe a exigência de definirmos as características de um governo justificado pela concepção cristã de mundo.


O governo do justo acredita na soberania de Deus na história. Sabe que nada pode fazer sem a direção, o controle e a intervenção do trono da graça.


O governo do justo tem a Palavra de Deus, como sua regra de fé e prática. Crê na inerrância, imutabilidade e eficácia da Palavra de Deus no processo de construção da sociedade. É totalmente dependente de Deus, e sua suficiência vem do céu. Tudo o que ele faz na política, quer em ação ou palavra, é para a glória de Deus.


O governo do justo é comprometido com a ética na política. E não é uma questão gerada por força da cultura ou jurídica, mas, sobretudo a manifestação do caráter de Cristo em sua vida. Essa é a diferença!


O governo do justo quer o bem de todas as pessoas. Sabe que política é a arte de realizar o bem comum na sociedade. Ele não é egoísta. O amor é sua característica mais importante. O amor que não busca seus próprios interesses; que perdoa que se alegra com a justiça e a verdade. Seu maior desafio e força de expressão é amar quem lhe opõe.


O governo do justo é marcado com o sentimento de compaixão aos mais aflitos, oprimidos e marginalizados pela sociedade. Os programas de governo, políticas públicas, enfim seus planos devem estar voltados para que a ação do Estado chegue aos mais pobres, tirando-os da opressão.


O governo do justo tem que vir para servir e não para ser servido; colocar o Estado a serviço do direito da democracia. É um Estado sério e comprometido com os interesses da maioria, e dando oportunidade para que as minorias sejam respeitadas em seus espaços constitucionais garantidos. É na maioria que estão as pessoas que sofrem os baixos salários, as péssimas condições de saúde, os afetados pela violência generalizada, os atingidos pelo fenômeno do desemprego, a baixa escolaridade e muito mais. Então é para ela que o Estado tem que se planejar, para libertá-las dessa condição.


O governo do justo é comprometido com a construção democrática. Cerca-se da “multidão de conselheiros” e sabe que sozinho seu destino é a solidão e o abismo resultante dos erros que findam num caminho sem volta.  Seu coração é tão cheio de amor que tem um jeito diferente de lidar com as oposições: respeitando, valorizando, compreendendo e garantindo seu espaço democrático. Aprendeu que ouvir é mais importante e produtivo do que falar.


O governo do justo vê no poder uma boa maneira de conduzir a sociedade para sua mais alta possibilidade de promover a vida e a vida em abundância, e alcançar suas formas de vivência civilizatória. Reluta contra todas as formas políticas que buscam o poder pelo poder. Tem na sua proeminência a valorização do ser e almeja a superação dessa sociedade, que só foca suas ações no ter.


O governo do justo não é imediatista nas suas ações estratégicas. Considera a sustentabilidade como um modelo de desenvolvimento que respeita o meio ambiente, o crescimento econômico e a inclusão social como indissociáveis no processo de transformação da sociedade. Em tudo que faz tem compromisso com as gerações futuras.

Anúncios


O governo do justo sabe que a Educação é o meio de gerarmos uma sociedade sadia, justa, mais igualitária. Uma educação que valorize a vida desde o ventre materno e proteja a família na perspectiva cristã, que priorize a qualidade como conquista de toda proposta curricular para o Estado; que respeite a Bíblia como verdade de Deus e que a partir dos seus escritos lute pela formação de um tipo de homem mais solidário, justo, misericordioso e afetivo. A educação pode e deve ser como janelas que se abrem para que as pessoas compreendam e intervenham transformadoramente na sociedade. É a possibilidade de uma nova consciência. Eu acredito!


O governo do justo sabe ser consciente do seu tempo, do seu lugar. Ele é comprometido com as mudanças, com as transformações na Educação, Saúde, Segurança Pública, na geração de oportunidades e no processo produtivo. É um novo agente, com uma nova maneira de caminhar. É inquieto diante dos problemas sociais, mas sabe ser descansado no poder de Deus. É intrépido quando necessário, mas moderado e amoroso diante das situações difíceis. É diante das crises, que se apresenta como valente no enfrentamento e se identifica como luz de esperança, porque tem consciência de que tudo está no controle de Deus, que tudo sabe tudo pode e tudo conhece.


É impossível em poucas linhas elucidar como se dá o processo de conquista do Estado para o estabelecimento de um governo justo. Certamente um bom tema para outro artigo. Outrossim, recomendo um item que considero importante para iniciarmos essa boa batalha: que é de elaborarmos um projeto político-ideológico, que contenha os paradigmas centrais dessa proposta, e inclua nele estratégias de espaços políticos na sociedade, por pessoas que tenham as características da essência do reino de Deus.


Vejo que a conjuntura que presenciamos é propícia para apresentarmos nossa visão de governo dentro da cosmovisão cristã. Nessa tarefa, não há tempo para termos receio de sermos mal interpretados. Não defendo que ocultemos nossa identidade, quando precisamos ser diferentes num mundo vazio de valores e atitudes transformadoras, que convirjam à mesma realidade, que reflita o que somos em Cristo: VIDA E VIDA EM ABUNDÂNCIA. Porque esconder esse tesouro, quando JESUS realizou seu sacrifício para que ele fosse revelado aos homens e ao mundo?


Que Deus salve nossas vidas! Que Deus salve nossas famílias! Que Deus salve nossa Educação, Saúde, Segurança Pública; nossa Arte, Esporte, Lazer e que tire nossa Cultura da influência das trevas. Que Deus levante homens e mulheres cheios do Espírito Santo para cumprirem essa tarefa necessária e urgente.


“Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores”. (Willian Shakespeare)


Henrique Afonso – Deputado Federal PV-AC


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido