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CUT chama professores de terroristas e eles prometem acionar sindicatos na justiça

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Gleydison Meireles – da redação de ac24horas
ggreyck@gmail.com


Uma nota de repudio emitida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), emitida durante o final de semana causou revolta entre os professores grevistas em Rio Branco. Na publicação os educadores são chamados de terroristas, acusados de causar pânico, agredir estudantes nas escolas, bater em dirigente sindical, ferir professores que não querem aderir à greve, expulsar crianças de sala de aula.

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De acordo com alguns manifestantes a nota é uma total falta de respeito com a categoria, que contra ataca afirmando que CUT, Sinplac e Sinteac estão atrelados ao governo e usaram a categoria para fazer teatro, jogo de cena convocando uma greve, que segundo eles serviria de pano de fundo para a eleição dos sindicatos.


“O que está acontecendo não deixa duvidas de que os dirigentes sindicais queriam usar os professores como massa de manobra para fazer um jogo de cena, um teatro para o governo estadual e assim garantir à reeleição a frente dos sindicatos, só que não vamos aceitar isso, não seremos usados como marionetes, não admitiremos ser taxados de terroristas, vândalos e ser acusados de coisas absurdas como estão nos acusado. Somos trabalhadores que exigimos nossos direitos, não bonecos nas mãos de irresponsáveis que usam o sindicato para se autopromover”, protestou o professor da escola José Rodrigues Leite, Fagner Morais.


Morais, que é nordestino, disse ainda que os sindicatos e governo do Estado vem praticando xenofobia contra os educadores de outros estados, onde são chamados de estrangeiros.


“Nós, que viemos de outros estados trabalhar como professores aqui no Acre estamos sendo vítimas de xenofobia, somos chamados de estrangeiros e ofendidos só porque estamos lutando por melhores condições salariais e de trabalho de toda uma categoria, infelizmente, quem deveria está do nosso lado, que é o sindicato que representa a categoria, compactua com tudo isso”, desabafou o educador.    


Os professores prometeram acionar os sindicatos Justiça sob as acusações de calunia, difamação e xenofobia.


O confronto de ideias entre sindicatos e grevistas começou na última sexta-feira (19), quando seria realizada a assembleia geral da categoria marcada para acontecer no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB), mas foi cancelada depois que os grevistas foram impedidos pelos sindicatos de participar da reunião, que apresentaria a contraproposta do governo.


Cerca de 30 seguranças de uma empresa privada foram contratados para barrar os manifestantes, revoltados os professores realizaram um protesto em frente à escola que terminou com a suspensão da assembleia geral. A entrada dos manifestantes as dependências da escola só aconteceu depois da intervenção da Polícia Militar que foi acionada pelos grevistas. Os dirigentes sindicais fugiram por um portão dos fundos da escola, e desde então tomaram sumiram. Numa clara demonstração de manobra para desarticular o movimento iniciado pelos próprios sindicatos.


Após o ato público que bloqueou parcialmente a Avenida Getúlio Vargas, os manifestantes seguiram em passeata pelas principais ruas do centro de Rio Branco. Os professores fizeram uma parada em frente a casa Rosada, escritório oficial do Governo e depois protestaram em frente ao Ministério Público, onde uma comissão foi recebida pela Promotora Alessandra Garcia Marques, que pediram uma intervenção junto ao sindicato.  


Durante todo o final de semana, por meio das redes sociais, a assessoria de Sinplac e Sinteac tentou justificar o cancelamento da assembleia. Segundo a assessoria de imprensa do Sinteac, os manifestantes promoveram atos de baderna e ameaçaram os dirigentes e agrediram alguns membros dos sindicatos.


Veja na integra a Nota de Repudio publicada pela CUT

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NOTA DE REPÚDIO


A Central Única dos Trabalhadores – CUT repudia o anarquismo do movimento acorda educação (carapanã) que objetiva destruir os sindicatos e nossa história de luta. A CUT se solidariza com o presidente do SINTEAC, João Sandim e a presidenta do SINPLAC, Alcilene Gurgel, que foram desrespeitados e agredidos por esse movimento.


Na última sexta-feira, de forma violenta e antidemocrática impediram que a categoria entrasse no CERB para a assembleia geral convocada pelo o SINTEAC e SINPLAC, onde a categoria iria analisar e avaliar a resposta final do governo.


Os carapanãs ao sentirem que as escolas tinham vindo para tomar uma posição sobre a greve resolveram impedir a realização da assembleia bloqueando a entrada da categoria no CERB. Queriam a todo custo infiltrar pessoas que não são da educação agindo de forma truculenta e agressiva causando pânico .


Os arruaceiros e anarquistas querem aparecer a todo custo, pois estão de olho na eleição do SINTEAC, não estão preocupados com as reivindicações e conquistas da categoria. Ignoram o histórico de luta do SINTEAC, que sempre defendeu a classe trabalhadora. Esse grupo de irresponsáveis afirmam que o reenquadramento e a carreira dos funcionários de escola não é uma vitória, uma vez que são professores concursados novos(forasteiros) e, não tem distorção na carreira a ser corrigida. Só pensam neles.


Esses carapanãs estão agredindo estudantes nas escolas, batendo em dirigente sindical, ferindo professores que não querem aderir à greve, expulsando crianças de sala de aula. É um terrorismo sindical fomentado pela oposição que quer usar o sindicato para se contrapor politicamente.


Essa postura despolitiza a categoria, causa retrocesso no movimento e mostra para a sociedade uma imagem negativa dos educadores do Acre. Sempre fizemos movimento respeitando os alunos, as mulheres, pais e sociedade. Essa postura não condiz com a brilhante historia de luta do magistério acriano. Queremos dizer que o SINTEAC é instrumento de luta da classe trabalhadora para defender os direitos da categoria e não para ser usado por grupos partidários.


Vejam a argumentação dos anarquistas (carapanã) afirmam:


1. o governo tem dinheiro, consultaram um assessor econômico para investigar e ficou provado que não tem ;


2. os sindicatos eram pelegos, atrelados ao governo e que a proposta não prestava. Depois apresentaram uma proposta idêntica ao do sindicato;


3. depois de tudo, disseram que por bem ou por mal ,o sindicato ia fazer o que eles quiserem, usando de terrorismo sindical;


4. assumiram que querem a greve pela a greve .


A CUT repudia o terrorismo sindical, prática essa comum em São Paulo, que causa mortes de sindicalistas. Não aceitamos esse banditismo sindical no Acre. Conclamamos toda a categoria a defender o sindicato, a luta e suas conquistas.


Viva a classe trabalhadora – Central Única dos Trabalhadores – CUT


 


 


 


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