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Investimento de R$ 12 milhões na Segurança Pública vira elefante branco em Senador Guiomard

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O prédio tem vários pontos se desintegrando por causa da péssima qualidade da obra. Relatório enviado à Vara de Execuções Penais mostra a fragilidade do sistema. Faltam cadeados nas trancas das celas. Autoridades do Estado ligadas ao assunto dão silêncio como resposta.


Jairo Carioca – da redação de ac24horas
carioca.ac24horas@gmail.com

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O investimento de R$ 12 milhões que tinha como objetivo aperfeiçoar a política penitenciária do Estado do Acre se transformou em uma espécie de elefante branco em Senador Guiomard. Trata-se da Unidade Penitenciária Quinari, construída com recursos federais. A reportagem teve acesso a um relatório enviado a Vara de Execuções Penais que atesta sua fragilidade. Presos perigosos deixaram de ser transferidos para o local. Com capacidade de receber 580 detentos, a Penitenciária tem apenas 230 presos.


Dr. Luana2A denúncia foi feita pela juíza da Vara de Execuções Penais, Dra. Luana Campos. O relatório é da Justiça de Senador Guiomard. O complexo não tem corpo técnico e nem agente penitenciário suficiente, contribuindo segundo a magistrada com a superlotação de presos em Rio Branco.


“Presos perigosos deixaram de ser transferidos para Senador Guiomard por causa da fragilidade. Hoje encaminhamos somente os presos considerados seguros”, acrescentou a juíza.


O projeto original previa o envio de presos para Unidade do Quinari, das cidades de Rio Branco, Acrelândia, Plácido de Castro, Assis Brasil e Brasileia. A obra começou a ser construída na gestão do ex-governador Binho Marques, quando Laura Okamura era diretora do Instituto Penitenciário do Acre (IAPEN).


Fruto de um convênio entre o Ministério da Justiça através do Departamento Penitenciário Nacional e o Governo do Acre, o presídio tem biblioteca e foi projetado para ter equipe técnica, pedagogos e psicólogos. Estava projetado ainda, oficinas de trabalho e ensino escolar.


O presidente do sindicato dos agentes penitenciários do estado, Adriano Marques, também confirmou a fragilidade do sistema. Ele afirma que uma passarela está se desintegrando por causa da péssima qualidade da obra e que que o local nunca funcionou como o paraíso que foi vendido.


“É um fato alarmante, precisamos do apoio do Ministério Público para tratar dessas questões ligadas ao Sistema Penitenciário do Acre. Na Unidade do Quinari faltam até cadeados, eles estão utilizando parafusos nas trancas, tudo é muito precário”, disse Adriano.


Marques também confirmou que a reforma do famoso “Chapão”, que seria feita após a inauguração da unidade localizada na BR 317, “nunca aconteceu exatamente pela falta de capacidade de transferência dos presos”, acrescentou.


Presidio1


A promessa de reforma já foi feita pelo atual diretor do IAPEN, Dirceu Augusto. A unidade foi inaugurada em julho do ano passado. Semana passada, a Dra. Luana Campos, da Vara de Execuções Penais, disse que a droga entra pela cozinha da Unidade Francisco de Oliveira Conde (FOC).  Apesar de contatos feitos pela reportagem com sua assessoria, Dirceu não demonstrou interesse em falar sobre as denuncias prefere dar calado como resposta.


 


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