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Estado administrado pelo médico Sebastião Viana é o 5º pior do Brasil na distribuição de médicos

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@gmail.com


O estado administrado pelo médico e governador Sebastião Viana, o Acre, é o quinto pior estado do Brasil na distribuição de médicos. É o que diz o relatório do Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgado ontem (18). Com razão de 1,08 médico por 1.000 habitantes, perde apenas para os estados do Piauí e Maranhão (região nordeste) e os estados do Amapá e Pará (na região norte).

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Nos dados divulgados, chama atenção às desigualdades entre a capital e o conjunto do Estado. Enquanto Rio Branco tem 1,91 médico por 1.000 habitantes, quando se olha o conjunto de municípios, o Acre tem razão de 1,08. A situação é pior quando analisada a distribuição de médicos cadastrados (CNES) que atuam no SUS. Essa razão cai para 0,86. A média do Brasil é de 1,11 por 1.000 habitantes. Apenas sete estados estão acima da média: Distrito Federal (1,72), Rio de Janeiro (1,58) Rio Grande do Sul (1,40), São Paulo (1,34), Espírito Santo (1,23), Minas Gerais (1,20) e Santa Catarina (1,13).


Assim como outras federações do Brasil consideradas mais pobres, o Acre concentra seus profissionais na capital. Dos 819 médicos com registro de CRM, 655 estão em Rio Branco.


Quando se excluem os médicos da capital vê-se que o interior está muito aquém.


Outro indicador que chama atenção é o número de médicos de postos ocupados, que chega a ser duas vezes maior que o de médicos registrados, indicando que os profissionais têm em média dois vínculos em estabelecimentos de saúde. A realidade não é somente de Rio Branco, é gargalo das capitais: Porto Velho, Manaus, Macapá, Teresina e Natal.


O desafio de atrair médicos para o interior


A maior gravidade apontada no estudo do Conselho Federal de Medicina está nas regiões economicamente menos desenvolvidas e interiores de estados com grandes territórios e zonas rurais extensas, características dos municípios mais isolados do Acre como: Jordão, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus.


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Nessas áreas, aponta o estudo, a falta de médicos em muitas localidades tem relação com os péssimos indicadores sociais (Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, renda, escolaridade, saneamento, etc), baixa capacidade instalada de serviços de saúde, densidade populacional, extensão territorial e distância de centros urbanos, com consequente ausência de meios de transporte, deslocamentos difíceis, com distâncias muitas vezes contadas em horas ou dias e poucos meios de comunicação.


O secretário de saúde do município de Santa Rosa do Purus, Alancarde Araújo, confirmou a situação de penúria vivida pelas cidades isoladas. No município localizado na zona mais extrema da região do Alto Purus, existe apenas um médico para uma população de quase seis mil habitantes.


“Desde que assumimos que enviamos um pedido de parceria com o governo para contratação de mais um médico. Um profissional cobra salário liquído de R$ 20 mil para vir morar na cidade, isso representa 25% do orçamento mensal para toda saúde de Santa Rosa do Purus”, disse o secretário.


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O outro lado:


Procurados, os responsáveis pela rede estadual e municipal de saúde pública garantiram falar após o conhecimento do relatório.


A secretária municipal de saúde de Rio Branco, Marcilene Alexandrina Chaves, atendeu a reportagem por telefone, mas não retornou a ligação para marcar entrevista.


O presidente do sindicato dos médicos do estado do Acre, José Ribamar, vai atender a reportagem na manhã desta terça-feira (19).

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