Luciano Tavares, da redação de ac24horas
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O pré-candidato a prefeito de Rio Branco, pelo PMDB, o economista e advogado Fernando Melo foi o segundo prefeiturável a participar do programa Gazeta Entrevista desta quarta-feira.
Melo começou sua participação falando sobre um de seus principais projetos: a Guarda Municipal da Paz, que segundo Melo trabalhará conjugado com os setores da educação, saúde e ação social.
“Nossa cidade precisa de paz. Todos querem paz”, disse o peemedebista, ao dizer ainda que a guarda da paz foi projetada com pessoas ligadas ao setor da segurança, como o seu pré-vice, o coronel Juvenal, que possui ampla experiência no setor.
E ao falar sobre o coronel Juvenal, Fernando Melo, teve que responder se tinha conhecimento sobre conversas de bastidores de que seu pré-vice, depois de ter sido anunciado na imprensa teria ficado chateado inclusive chegando a comentar que poderia desistir de ser vice do PMDB.
Melo disse não acreditar na hipótese de desistência de Coronel Juvenal. “O convite foi feito. Ele (Juvenal) tem um sentimento muito parecido com o meu. Ele me pediu um tempo para pensar. Acredito que ele vai aceitar. Vou lutar pelo Juvenal!” Continuou o pré-candidato.
Como já era esperado, Fernando Melo, teve que enfrentar questionamentos sobre sua saída do PT, e porque só agora depois que saiu da sigla, dispara criticas ao Partido dos Trabalhadores, o que não fez enquanto esteve do lado governo. Melo foi meio filosófico em sua resposta ao dizer que “quem pensa muda”. E acrescentou ainda exemplos do senador Sérgio Petecão, da ex-ministra Marina Silva e do deputado federal Gladson Cameli (PP), todos dissidentes da Frente Popular do Acre, que enveredaram por caminhos opostos ao do atual governo.
Ainda sobre política partidária, ao ser perguntado se não teme um possível golpe do Presidente do PMDB, deputado federal Flaviano Melo, que nas eleições passadas teria rifado as pré-candidaturas do seu partido para apoiar o pré-candidato do PSDB, Tião Bocalom, em troca de apoio a sua reeleição, Fernando Melo foi enfático e contundente defensor do cacique peemedebista. Disse que o maior desejo de Flaviano “é de ver o 15 nas ruas. Isso pra mim é controverso. Flaviano já foi senador, governador, deputado federal, prefeito, ele não faria isso”, defendeu Fernando Melo.
Sobre João Correia, Melo disse que já houve prévias e os filiados do PMDB o escolheram como pré-candidato, mas não vê problemas em disputar candidatura com Correia na convenção do partido.
Para o peemedebista, o servidor público municipal é “prioridade para qualquer administração”. Ele prometeu lutar para pagar o FGTS atrasados do servidores do municipal.
Melo criticou ainda a atual administração de Rio Branco pela falta de interesse em parcerias com governo federal, que poderia ajudar nas finanças de uma cidade pequena e com um caixa apertado como é o da capital acriana.
“Até esta data, 09 de maio, a prefeitura não recebeu dinheiro de convenio com a Presidenta Dilma. Isso não é possível. Falta interesse!”, diz.
O peemedebista não descartou a possibilidade de liberar o transporte de vans como alternativa para melhorar o serviço de transporte público de Rio Branco. “É inconcebível que a passagem em Brasília custe R$ 2,00 e aqui em Rio Branco custe R$ 2,40”, ressalta.
Sobre o processo que responde na Justiça Eleitoral de prática antecipada de campanha pelo Facebook devido a uma postagem de um eleitor seu, Fernando Melo disse que respeita as ações do MPE e da Polícia Federal, em casos eleitorais, mas utilizando-se de uma frase do ex-Ministro da Justiça, o jurista Márcio Thomás Bastos, o peemedebista disse que “isso é da democracia. O Ministério Público é uma instituição que tem que ser preservada. É uma instituição que ainda é adolescente. O senhores promotores são jovens que as vezes cometem excessos, como é o caso de querer fiscalizar agora uma rede com milhões de usuários com uma ampla liberdade”, alfineta Fernando Melo.
O pré-candidato destacou ainda a importância de melhorar o transito de Rio Branco. Melo criticou a falta de ações mais ágeis para melhorar o setor, que de acordo com ele não tem acompanhado o crescimento da frota de veículos. Ele citou como exemplo a morosidade na criação da zona azul que há mais de seis anos é projetada para ser implantada na área central de Rio Branco, mas que até hoje não saiu do papel.
“Há seis anos estamos ouvindo na Zona Azul, mas até agora nada de concreto aconteceu. Falta coragem para implantar a Zona Azul”, dispara.
Confira a próxima rodada de debate do Gazeta Entrevista
10/05: Luiz Calixto (PSL)
11/05: Airton Rocha (PPS)
15/05: Marcus Alexandre (PT)
16/05: Tião Bocalom (PSDB)
A participação do pré-candidato Leôncio Castro (PMN) não foi confirmada pela produção do Gazeta Entrevista.
As entrevistas vão ao ar a partir 21h30.
