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Empresa de Orleir Cameli é acusada pelo TCU de superfaturar obra na BR-317 entre Amazonas e Acre

O convênio para recuperação da BR-317 foi firmado em 2008, entre o Dnit e a Secretaria de Estado de Infraestrutura.


[ i ]  A Colorado é de propriedade do ex-governador do Acre, Orleir Cameli, e já foi condenada diversas vezes no Acre por irregularidades em licitações, obras inacabadas e superfaturamento.
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Manaus – O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades cometidas pela empresa Colorado na obra de pavimentação da BR-317, que liga o município de Boca do Acre, no Amazonas, ao estado do Acre, orçada em mais de R$ 76 milhões. Segundo o órgão, já foram pagos R$ 62 milhões e há desvio de R$ 25 milhões, principalmente em superfaturamento de matéria prima. Nesta quarta-feira (11), o senador Alfredo Nascimento (PR), foi à tribuna do Senado cobrar que a empresa devolva o valor para os cofres públicos.


O convênio para recuperação da BR-317 foi firmado em 2008, entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNit) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura, na gestão do ex-governador Eduardo Braga (PMDB). A Colorado é de propriedade do ex-governador do Acre, Orleir Cameli, e já foi condenada diversas vezes no Acre por irregularidades em licitações, obras inacabadas e superfaturamento.

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Os auditores do TCU identificaram, entre outros problemas, sobrepreço na compra de concreto betuminoso. Segundo relatório, o produto estava sendo comprado pelo dobro do preço praticado no mercado local.  Outro problema apontado é a baixa qualidade dos insumos utilizados na obra. Aliado ao atraso da obra, esses produtos estão levando a parte concluída da obra a se deteriorar antes da conclusão da mesma.


Alfredo cobra


Ex-ministro dos transportes, Alfredo Nascimento foi à tribuna do Senado, nesta quarta-feira (11), cobrar que a empresa devolva o dinheiro desviado, segundo auditoria do TCU. Segundo o senador, a empresa usou com má-fé na obra, tratou o convênio com desleixo e agora tenta romper o contrato, abandonado de vez a obra.


“Essa rescisão não pode acontecer, sob pena não apenas de os prejuízos serem mantidos mas, principalmente, a pavimentação da BR-317 não sair de jeito nenhum”, declarou o senador. “Não podemos cruzar os braços diante de tamanha desfaçatez. Onde foram parar os R$ 62 milhões aplicados nessa obra? Quem vai ressarcir os cofres da União? Quem fará a pavimentação da BR-317? Quando a obra será retomada e concluída?”, questionou.


Alfredo anunciou ainda, ainda, que vai encaminhar ao Ministério Público Federal pedido de inquérito por improbidade administrativa contra os controladores da empresa e contra os gestores do contrato na Secretaria de Estado de Infraestrutura.


Reproduzido do portal D24am.com


 


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